domingo, 1 de janeiro de 2012

A queima


Entre ontem e hoje autarcas e governantes regionais queimaram – literalmente – alguns milhões de euros. Vá lá saber-se porquê, há quem ache tratar-se de um bom negócio rebentar fogo de artificio em determinadas circunstâncias. Para as pirotécnicas sê-lo-á, de certeza absoluta. Para os cofres públicos não me parece. Até porque se o fosse, estas actividades já estariam privatizadas há muito. E se até agora não o foram é porque à iniciativa privada estoirar milhões em foguetório não se afigura como algo lucrativo ou que traga qualquer tipo de retorno. Coisa que não interessa nada quando o dinheiro a incendiar, por ser de todos nós, não tem dono.
Poucas horas antes também eu me dediquei a queimar coisas. Sem custos. Para além dos fósforos que atearam o fogo. Claro que o fogaréu não atingiu as proporções de outros eventos. Foi o que se pode arranjar. Serviu apenas para queimar a porcaria que sobrou das limpezas da courela da família. Exactamente o contrário daqueles que iluminaram os céus de algumas cidades. Esses apenas nos trazem mais porcaria. É só esperar pela factura.

2 comentários:

  1. E vamos pagar este foguetório todo com língua de palmo!

    Um grande grande ano para ti com tudo de bom
    Um abraço.

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  2. Algo que detesto e o som ainda mais...e como é óbvio teremos de pagar.

    Quanta estupidez, bolas!

    Bom ano para ti e faço votos que a tua horta de tê algum lucro:):):)

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