segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Uma questão de fé.


Provavelmente fruto da época, de repente, os portugueses ficaram mais optimistas. Pelo menos uma parte deles. Parece que alguém os convenceu - ou se convenceram eles sem necessidade de intervenção externa – que, afinal, “isto não vai ser assim tão mau como para aí andam a apregoar” e “lá mais para o fim do ano as coisas começam a melhorar”. Já perdi a conta às vezes que nos últimos dias ouvi estas e outras frases onde se pretendia exprimir esta ideia. A menos que estas pessoas acreditem que vão ganhar o euro milhões, estejam à espera de receber uma herança avultada ou planeiem assaltar um banco, não estou a ver no que fundamentam o seu optimismo. Será, talvez, uma questão de fé.
Por mim não vou fazer mais previsões quanto ao que penso vai suceder nos próximos tempos. E não não é por medo de errar. Antes pelo contrário. Tenho é um certo receio de acertar. O que, diga-se, nem constituiria nem grande proeza. Basta desconfiar da existência do pai natal, ou ter umas leves suspeitas que o coelhinho da Páscoa nunca existiu, para ter uma razoável certeza quanto ao nosso futuro próximo. A ver vamos se os milagres existem.

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