sábado, 21 de março de 2015

Agora é definitivo. Seja isso o que tempo que fôr. Resolvidos os problemas com a migração - que, afinal, até era uma coisa fácil - esta vai ser de agora em diante a nova e única morada do Kruzes Kanhoto

quinta-feira, 19 de março de 2015

País de alarves!

Portugal está cheio de gente que se indigna facilmente. Mesmo que não perceba nada acerca do assunto causador da indignação. Hoje está tudo ofendido com a Ministra das Finanças. A senhora teve o desplante - o topete, quiçá - de partilhar com os seus concidadãos a satisfação por, segundo afirmou, o Tesouro ter os cofres cheios. A tugalhada, obviamente, não gostou. Prefere, como gente esperta que é,  ter os cofres vazios. Sem cheta. Assim é que é bom e bonito. Ter “algum” guardado é coisa de idiota, como todos sabemos.
Neste contexto não admira que as intenções de voto nos mesmos que esvaziaram os cofres estejam em alta. É isso que um povo ignorante - nomeadamente em termos financeiros - espera de um governante. Esperar que o conjunto de alarves a que se convencionou chamar portugueses perceba que “cofres cheios” significa ter assegurado as necessidades de financiamento para os tempos mais próximos é, manifestamente, pedir em demasia a criaturas que nem sequer percebem o motivo pelo qual se deve sempre pedir factura.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Lista? Mas qual lista?!

Parece que afinal não existe nenhuma lista vip do fisco. Apesar disso demitiu-se o gajo que, caso a tal lista existisse, a poderia ter feito. Mas, mesmo não existindo a lista que toda a gente garante que existe, a sua demissão continua a fazer sentido. Ainda era gajo para a fazer. Caso, claro, isso fosse coisa que pudesse existir.  

E o crescimento, pá?!

Tenho dificuldade em perceber as criticas que li e ouvi em relação ao mega-edifício que vai, de hoje em diante, albergar a sede do BCE. Terá custado, ao que parece, mais de mil milhões de euros. Uma pipa de massa mal gasta, na opinião dos críticos da obra. E na minha, também.
Por mim acho que é um desperdício. Mas isso sou eu que também considero essa lengalenga do “investimento para o crescimento” uma estupidez do tamanho do mundo. Ora o que me intriga é serem precisamente os defensores dessa politica que criticam o dinheirão esturrado no prédio.
Estou a revelar inesperadas dificuldades em perceber a lógica dos argumentos da malta que defende a necessidade de “investir” para “crescer”. É que, tendo essa estratégia como boa para Portugal não estou a ver como pode ser má noutro lugar...

Blogger vs Sapo

Durante quase um mês testei os blogues do sapo. Tinha em vista uma eventual transferência para aquela plataforma nacional. Exceptuando a migração do conteúdo integral do blogue, que não foi possível realizar, a experiência até nem estava a correr mal. Mais visibilidade junto da restante comunidade, maior facilidade de edição e uma área de gestão bastante mais intuitiva, estavam a fazer com que me sentisse tentado a mudar a morada deste blogue. Como senão apenas as actualizações dos blogues favoritos. Lá não existe essa funcionalidade. Ficam os links e pronto, não há informação de cada vez que um deles é actualizado.
Ontem a fase experimental terminou. Abruptamente. Recebi um aviso do blogger informando-me que estaria a violar as directrizes desta coisa. O problema, comunicam-me, era o script a redireccionar os visitantes deste blogue para o Sapo. Que, avisavam, a continuar na altura do próximo rastreamento teria como consequência a eliminação do Kruzes. Um bocadinho ditatorial, acho eu. Mas se essas são as regras há que cumpri-las. Pelo menos por enquanto este espaço vai continuar por aqui...  

terça-feira, 17 de março de 2015

Então e essa coisa da vontade do freguês?!

Constitui para mim um mistério inexplicável que não se vendam computadores sem sistema operativo instalado. Se há, nunca os vi. Isto apesar de em inúmeras ocasiões e outras tantas lojas – grandes e pequenas – da especialidade, ter questionado os funcionários – colaboradores, vá – acerca do assunto. Sem sucesso, diga-se. Obtive apenas respostas parvas de quem não fazia a mais parva ideia acerca do eu estava a falar.
Não consigo entender que tenha de pagar por algo que não quero e que não pretendo usar. Recorde-se que a licença do Windows custará cerca de cento e cinquenta euros. Valor que está incluído no preço da máquina. Sendo utilizador do Linux, um sistema operativo gratuito, que inclui software para tudo o que preciso, não me parece razoável ter de pagar uma espécie de tributo à Microsoft. Para mais quando não vou usar nenhum programa produzido por essa empresa.
Por alguma obscura razão é tema que parece não preocupar ninguém. O Governo, a Deco ou o Bloco de esquerda, nomeadamente. Nem, mais estranhamente ainda, aos consumidores em geral. Devem ser todos ricos. 

Diz o roto ao nu...

António Costa sobre Passos Coelho: “Não aprendeu nada com o passado”. O Presidente da Câmara de Lisboa pode, até, ter razão. Nisso e em mais um rol infindável de acusações que queira fazer ao primeiro-ministro. Mas, antes de falar em termos de aprendizagem com acontecimentos idos, era bom que se olhasse ao espelho. Mas parece, por estas e por outras, que objectos reflectores de imagem pareçam não abundam lá para o Largo do Rato. Devem ter-se partido todos. Coisa para dar uns sete anos de azar. A nós, claro.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Desemprego verde

Só um tonto acredita que o fisco vai arrecadar quarenta milhões de euros com a receita proveniente do imposto sobre sacos de plástico. Apenas um idiota não percebe que uma medida desta natureza terá, inevitavelmente, reflexos nos postos de trabalho das empresas do sector. Somente os ecologistas, que conseguem ser tontos e idiotas em simultâneo, pouco se importarão que mais uns quantos portugueses vão para o desemprego e vejam as suas vidas destroçadas por causa de meia dúzia de gaiatos que têm a mania de brincar com coisas sérias.
Para além dos ecologistas e do ministro com ar alucinado há muita gente a aplaudir este imposto que, na prática, determina a extinção dos sacos de plástico. Daí que, se calhar, ninguém se importe que umas quantas pessoas fiquem sem trabalho. Danos colaterais, dirão, em nome de um bem maior. Pois sim. Um dia sereis vós as vitimas da revolução verde.


domingo, 15 de março de 2015

Não vendo!


O sector imobiliário foi o mais afectado pela crise. Devido ao crescimento desmesurado durante anos a fio, era inevitável que se verificasse um ajustamento. Acredito que, um dia destes, possa começar a recuperar mas nada nesta actividade voltará a ser o que já foi. E ainda bem.

Vai havendo, contudo, um ou outro sinal de retoma. Veja-se, por exemplo, o caso deste prédio situado no centro de uma capital de distrito. A procura deve ser tanta que o proprietário se viu forçado a avisar publicamente que não está disposto a vende-lo. Ele lá sabe.

sábado, 14 de março de 2015

A culpa (também) é do PREC!

 

Há quem goste de culpar o Cavaco por tudo e mais um par de botas. Nomeadamente os que não reconhecem a responsabilidade dos governos socialistas por este triste estado de coisas. Para esses tristes quem rebentou o país não foram nem o Sócrates nem o Guterres mas sim Cavaco Silva que, dizem, terá destruído a agricultura, a pesca, a indústria e mais umas quantas cenas que, dependendo do que fumaram antes, na ocasião lhes ocorram.

Não gosto do Cavaco e odeio as politicas socialistas. Mas estes três estarolas, por mais trágica que se tenha revelado a sua governação, não passam de meninos de coro quando comparados com a tragédia provocada pelo Partido Comunista e seus sequazes durante o chamado PREC. Um processo criminoso contra a economia do país, que teve inicio em onze de Março de 1975 e acabou em 25 de Novembro do mesmo ano, cujas sequelas chegam até hoje. Disso, curiosamente, ninguém fala. Deve ser falta de memória. Ou ignorância.

 

Desenrasquem-se, pá!

Porra, pá – que é uma bela de uma expressão que uso amiúde – esta gente quer tudo. Deve pensar que vive num país com dinheiro suficiente para pagar três dividas externas. Ou mais. Agora são os pais que – coitados – têm o gravíssimo problema de, nos espaço público, não ter onde mudar a fralda aos seus infantes. Isto por o fraldário, na maioria dos edifícios, estar na casa de banho das senhoras. O mesmo drama ocorre quando as piquenas necessitam de usar o WC e os papás as têm de levar aos lavabos dos homens. Reclama-se hoje, por isso, que o Estado olhe para o assunto e trate de arranjar condições para que todos - independentemente do género, como agora se diz - possa limpar o rabiosque ao seu rebento.

Será que os portugueses perderam aquela fantástica capacidade de, em qualquer circunstância, se desenrascarem?! Acham que se justifica o investimento neste tipo de coisas quando o Estado está falido e as empresas nem conseguem manter postos de trabalho?! Nomeadamente quando a tendência para um acentuado decréscimo dos nascimentos é cada fez mais evidente. Porra, pá. Desenrasquem-se e deixem de ser mariquinhas, pá!

sexta-feira, 13 de março de 2015

Diz que foi uma espécie de greve

Hoje foi dia de greve na função pública. Presumo que a adesão, na perspectiva dos sindicatos, ronde uns avassaladores cento e dezanove por cento. Já na óptica do governo os funcionários que hoje faltaram ao trabalho não foram mais que dois. Ou três, se entretanto tiver morrido algum que ainda não tenha sido abatido ao efectivo.
O habitual, portanto. Embora os hábitos tenham mudado. E muito. As greves de hoje nada têm a ver com as de outros tempos. Nos anos seguintes ao vinte cinco do A e até aos anos noventa era predominantemente no sul, em particular no Alentejo, que os seus efeitos se faziam sentir. Agora, a julgar pelas noticias, é no litoral e também a norte que as greves terão uma maior adesão. Por cá não se dá por nada.
Entretanto tudo vai continuar como antes. Mário Nogueira vai, daqui a pouco, dizer coisas a que ninguém liga. Jerónimo de Sousa vai manifestar a sua solidariedade com a luta heróica dos trabalhadores e, mais uma vez, exigir a demissão do goverrrrrrrrno. Já António Costa garantirá que não pode anunciar medidas mas que, quando governar, vai satisfazer todas as pretensões de toda gente. Deve ser por isso que os alentejanos já não fazem greve...



Charters de autarcas


Excelente a ideia de envolver as autarquias nessa coisa dos vistos gold. Assim fica afastada a imagem de alegada corrupção que envolvia esse programa e torna a captação de investidores muito mais transparente. Será, também, um mundo de oportunidades que se vai abrir para as agências de viagens. Já estou a ver charters de autarcas a caminho da China...

quinta-feira, 12 de março de 2015

O consporco. Javardote, vá.

Presumo que, pelo menos desde o fim da escravatura, em todos os locais de trabalho existam meios de controlar a assiduidade e pontualidade dos trabalhadores. Ou, sejamos modernaços, dos colaboradores. Tal como este conceito, também a maneira de fazer o controlo é cada vez mais moderna. O que nem sempre é boa ideia.
Quando comecei a trabalhar – ou a colaborar, sei lá - era o livro de ponto. Com uma esferográfica presa por um cordel não fosse alguém mais distraído metê-la ao bolso. Não querendo partilhar, por não saber onde é que o colega que tinha assinado antes andou com as mãos, cada um podia assinar com o seu próprio material escrevente.
Veio, depois, o relógio de ponto. Os primeiros exemplares produziam, a cada utilização, uma chinfrineira do camandro quando se introduzia o cartão mas, no âmbito da promiscuidade, eram exemplares. Nada de misturas. Cada um só mexia no seu e não precisava de tocar na máquina. Muito menos na ranhura.
Mais tarde inventaram um mecanismo em que os colaboradores são identificados pelas impressões digitais. Uma javardice. Todos colocam o dedo no mesmo espaço de dois centímetros quadrados. Isto depois de o dito dedo ter passado sabe-se lá por onde. Há, até, quem o lamba – ao dedo – quando a máquina manifesta notórias dificuldades em o identificar.
Deve ser por isso, ou por outra razão parva qualquer, que existe sempre um outro colaborador mais intrépido que parte para a agressão ao mecanismo. Acredito que não obterá daí grandes proveitos mas, pelo menos, não o conspurca. Como o outro consporco.



segunda-feira, 9 de março de 2015

A petição do lagartedo

Não constitui novidade para ninguém que na Internete fora dela também, mas isso agora não vem ao caso se publicam as maiores alarvidades. Este blogue é disso um bom exemplo. Mas, depois, há o resto. O que está para lá da parvoíce e, mesmo, da estupidez. Que deixa para trás qualquer réstia de lucidez e se aproxima da indigência moral e da inconsequência mental.
A patética petição dos alegados adeptos do Sporting, pretendendo que os adversários de outro clube não sejam expulsos, reúne todas essas características. Parece, apesar disso, que já contará com umas quantas assinaturas. Bem-visto o pior nem sequer é essa coisa da petição. Mau é que isto é gente que vota e tem os mesmos direitos das pessoas normais. E, desgraça das desgraças, respira.



O bispote


Presumo que este utensílio domestico, vulgarmente conhecido como vaso de noite, tenha visto muita coisa. Umas boas outras nem tanto. Mas isso é, como diria o outro, da vida. Apesar de aparentar ainda um relativo bom estado a sua utilidade no campo sanitário terá chegado ao fim. Ou não. Dado que pouco tempo depois – e ainda antes do lixo ser recolhido - já não estava no local é possível que, por esta altura, esteja a contemplar outras paisagens. Numa feira de velharias qualquer, provavelmente.

sábado, 7 de março de 2015

Metem dó estes urbano depressivos...


O que não falta por aí é gente a recalcitrar contra quem pede factura. Dizem que é bufaria, que “eles” o que querem é saber onde gastamos o dinheiro e mais um conjunto de desculpas parvas que me escuso de comentar. Curiosamente os novos deuses dos esquerdosos e urbano depressivos bem pensantes – os Siryzas, que mandam na Grécia – resolveram fazer mais ou menos a mesma coisa. Ou, provavelmente, pior. Mas, para a legião de fãs Siryzistas que abundam por estes lados não é nada que mereça um reparo, um dichote ou, pelo menos, uma piadola jocosa. Como aideia foi desse tal Varoufakis trata-se de uma coisa muito bem feita. É assim o pagode de esquerda. Mete dó.

Obviamente já se devia ter demitido


Ninguém gosta de pagar impostos. Por isso mesmo é que há a necessidade do seu pagamento nos ser imposto. Se não fosse pela via da imposição, de certeza, não havia quem os pagasse. E o mesmo se aplica a todas as outras taxas, taxinhas e demais roubalheiras a que os governos têm de recorrer para alimentar o monstro.
Nisto se incluem também as contribuições para a segurança social. A não ser os que já estão reformados, poucos valorizarão este contributo cívico para o sustento dos que deixaram de trabalhar. Principalmente as novas gerações. Estas dão como adquirido que, no futuro, não terão os mesmos direitos dos actuais pensionistas e é com muito desagrado que olham para o esbulho que é feito aos seus parcos rendimentos. Exigir a um jovem recém-licenciado, pago a recibo verde, que dos seiscentos euros – ou menos – que aufere, retire cento e vinte seis para a segurança social - isto para além, claro, do IRS - se não é crime, não sei o que lhe chame.
Esperava eu que o caso do primeiro ministro servisse, entre outras coisas, para também debater esta problemática. Mas não. A guerrilha politica parece ser mais importante. Quanto ao resto, e como que quem manda tem de dar o exemplo, não tenho dúvidas que o homem já se devia ter demitido.





quinta-feira, 5 de março de 2015

Afinal onde é que é a porra do churrasco?!

Acabo de ler num blogue que “Estremoz já está arder”. Ora sendo Estremoz a minha terra, esta afirmação deixou-me alarmado. Mesmo sem enxergar fumo a elevar-se aos céus nem o meu nariz sentir o cheiro a esturro não fiquei descansado sem descobrir que espécie de tragédia se estava a abater sobre a cidade.
Esmiuçando a noticia conclui-se que a mesma é manifestamente exagerada. Trata-se, afinal, de um alegado arrufo entre gajos que gostam de touros em que parte deles não terá gostado que a outra parte tivesse ficado a cagar estacas na praça onde torturam os ditos. Podemos, portanto, dormir tranquilamente. A cidade não vai ficar reduzida a cinzas. Duvido, até, que tão parva questiúncula seja capaz de, sequer, acender um fogareiro. Ninguém quer saber. Nem os bois, coitados.



quarta-feira, 4 de março de 2015

Plástico bom e plástico mau

O ministro que supostamente tutela a área do ambiente continua a insistir que o Estado vai mesmo arrecadar os quarenta milhões de euros previstos em sede de orçamento, com essa coisa da taxinha sobre os sacos de plástico. Deve ir deve. Meu não leva nem um cêntimo e, acredito, bem poucos serão os que se vão sujeitar a pagar essa taxa absurda.
O problema é que o stock de sacos de plástico cá de casa começa a cair para níveis perigosamente baixos. Está, por assim dizer, a chegar ao fim. Significa isso que terão de ser encontradas alternativas para o acondicionamento dos resíduos domésticos. Daí que tenha dado uma vista de olhos pela oferta disponível no âmbito dos artigos destinados a forrar o balde do lixo. Ora essa actividade deixou-me algures entre o estupefacto e o irritado. Constatei que, afinal, o preço de cada saquito – daqueles vendidos aos rolos - anda pelos seis a oito cêntimos. Quase o mesmo preço dos outros que antes eram de borla. O que acarretará uma despesa anual de 22 a 30 euros.
Ainda mais irónico é que, para não prejudicar o ambiente, passei a usar sacos reutilizáveis para transportar as compras. Entre as quais, talvez um dia, se incluam os sacos de plástico para o lixo.



terça-feira, 3 de março de 2015

Pulga maldita

O pulguedo é lixado. Tramado, mesmo. Do piorio, a bem dizer. E ataca quando menos se espera e sem olhar a quem. Nem o lugar. A vitima, desta vez, terá sido José Sócrates. As pulgas terão efectuado um ataque surpresa e concertado que, alegadamente, deixaram o homem cheio de comichões. Algo deveras incomodativo, convenhamos. Entretanto, enquanto a coisa não se resolve, ele que se vá coçando. Tempo para isso não lhe falta.
Por falar em afanípteros. O que cresceu que nem isso foram as empresas do amigo do ex-primeiro ministro. Trintas e tantas, ao que parece. Um homem que revela um inusitado dinamismo empresarial, o Carlinhos. Capaz mesmo de ombrear com outros vultos do nacional empreendedorismo. Curioso, curioso – mas, se calhar, só isso – é a clientela. Câmaras municipais, na sua maioria. Para as quais as ditas empresas projectam, executam e fiscalizam obras como se não houvesse amanhã. O que a mim, que não sou de intrigas, me deixa com a pulga atrás da orelha.





segunda-feira, 2 de março de 2015

Eu pagava, tu pagavas, ele pagou agora...



A doutrina divide-se. Para uns terá sido um lapso. Para outros um esquecimento. Por mim prefiro somar. A essas duas desculpas apetece-me juntar mais duas. Manivérsia e vigarice. Isto a multiplicar por cinco. Que terão sido os anos que o senhor se esqueceu de subtrair a devida contribuição para a segurança social aos seus rendimentos. Tudo isto alegadamente, claro.

Mistérios na agricultura da crise


Há coisas estranhas a crescer no meu quintal. Estas, que as imagens documentam, nomeadamente. Assim, ao primeiro olhar, quase sou tentado a pensar que se tratam de cabelos. Alguém que, por exemplo, após remover as pilosidades excessivas as tivesse depositado no espaço reservado à minha lavoura. Que, esclareça-se, de momento está em pousio. Mas não. Analisado mais de perto aquilo não são resquícios de depilações. Minhas ou alheias. Fica o mistério. Ou a ignorância quanto ao que efectivamente é esta coisa.




domingo, 1 de março de 2015

Austeridade e falta de memória (II)

Falar ou escrever sobre assuntos de que nada percebemos, por norma, dá asneira. E o que não falta é gente por aí a mandar bitaites acerca de coisas de que não percebe a ponta de um corno, como se diz por cá. Muitos, até, com responsabilidades na vida pública e que, por isso mesmo, deviam ter algum recato quando se pronunciam sobre temas que não dominam.
Veja-se o caso da divida portuguesa. Que, os números confirmam, está agora muito maior do que quando a troika chegou. Ora, se isto é verdade, não é a história toda. Convinha que se dissesse – entre outras coisas que podem justificar esse aumento - que o perímetro da divida foi substancialmente alargado. Ao contrário do que acontecia antes, o valor apurado passou a integrar a divida das empresas públicas e das empresas municipais. Para onde, recorde-se, anteriores governos tinham empurrado muita da despesa pública.
Mas, convinha também que alguns dos novos experts soubessem disso, a coisa ficou ainda pior. Actualmente integram igualmente o conceito de divida todas as participações do Estado. Ou seja. Basta uma autarquia deter uma participação, por exemplo numa cooperativa, para a divida dessa instituição passar a conta para o volume da divida pública.
Percebo que filósofos, médicos, juristas, jornalistas e o povo em geral gostem de discutir estas coisas. Podiam era fazê-lo depois de se informarem. Digo eu que uma vez dissertei sobre cozinha tchetchena e, naturalmente, saíram uns quantos disparates.



sábado, 28 de fevereiro de 2015

Austeridade e falta de memória

Convém recordar aos mais esquecidos que a austeridade não começou com o Parvus Coelho. Talvez tenha é atingido a esmagadora maioria dos actuais indignados durante o seu governo. Foi no governo do Partido Socialista – de que António Costa era o número dois – que foram tomadas algumas medidas profundamente injustas. Lembro, só a titulo de exemplo, o corte no abono de família a quem ganhava o fantástico ordenado de setecentos euros. Medida que não suscitou nenhum pedido de inconstitucionalidade, ao contrário que sucedeu quando os atingidos pelos cortes foram aqueles que detinham rendimentos bem superiores. Mas percebe-se. Isto há que atender aos que conseguem fazer mais barulho.
Por mim sou e sempre foi contra este tipo de politica. Está escrito nas páginas deste blogue. E também de outros. Onde, por causa desta posição aqueles que agora se indignam com as medidas austeritárias e que antes as defendiam com a mesma arrogância com que agora as criticam, já me chamaram de tudo. Menos pai, acho eu.  

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Colinho e palmadas no rabiosque

Na comunicação social escrita, falada e televisionada reina um estranho consenso em redor de dois assuntos. O governo e o Benfica. Relativamente ao primeiro não há comentador – ou são raríssimos – que não desanque em todos os ministros e em cada medida que o governo toma ou deixa de tomar. Isto enquanto, na falta de opositores de jeito cá dentro, vai endeusando o Syriza, o Tsirpas e o Varoufakis. Gente de reconhecida competência, prestes a passar a certidão de óbito ao país que lhes confiou o poder. Mas isso é lá com eles. São gregos, entendam-se.
Também o Benfica, para os jornaleiros e comentadeiros de serviço, constituiu uma espécie de saco de pancada. Principalmente desde que perceberam que o lagartedo, como é hábito, não vai a lado nenhum e o clube do putedo, apesar dos charters de espanhóis e dos contentores de euros despejados no estádio do Ladrão, está a ter dificuldades inesperadas para ganhar alguma coisa.
Quanto ao Benfica tenho a certeza que a canzoada a quem é dado tempo de antena na comunicação social não convence ninguém. Já quanto ao governo não sei. Mas ou muito me engano ou ainda é capaz de provocar efeitos contrários ao pretendido. É que isto às vezes tanto se bate no ceguinho que a malta fica com pena...





quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pois que não posso crer!

Diz que a Câmara Municipal de Alandroal terá recebido a visita de uma equipa da Policia Judiciária. A diligência dever-se-á, segundo as palavras da presidenta da autarquia publicadas em diversos órgãos de informação da região, a investigações que visarão esclarecer matérias que terão a ver “essencialmente com a realização de obras por parte da câmara, com funcionários, com recursos humanos da câmara e com recursos materiais, máquinas e viaturas da câmara ao serviço de particulares, neste caso na realização de obras que segundo está denunciado, seriam obras realizadas em propriedades privadas e é isso que se está a tentar apurar”.
Lamentável perda de tempo e esbanjamento de recursos públicos é o que me apraz escrever sobre o assunto. Refiro-me, como é óbvio, à investigação. Toda a gente sabe que este tipo de procedimentos não é praticado pelos autarcas. Nunca acontece. Ou quase nunca. Bom, vá, pode acontecer de forma muito ocasional numa ou noutra câmara lá do norte… Mas nunca, como sabemos, por estas planícies.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Foi bonita a festa, pá...

Podia ser cínico e escrever que tenho alguma curiosidade acerca do argumentário que vão utilizar, de ora em diante, os socialistas, bloquistas, António Costa e a restante multidão de admiradores do Syriza. Mas não. Não tenho mesmo curiosidade nenhuma. De certeza que não serão capazes de me surpreender. Nem, o mais provável, de tirar as devidas ilações da situação grega. Que por mais que se esforcem por dourar a pílula é, assim mal comparado, uma espécie de vacina para as promessas que alguns vendedores de amanhãs radiosos têm andado por aí a distribuir.
De repente muita gente acreditou que mesmo sem dinheiro continuaria a haver palhaços. Quando muito haverá ilusionistas. E muitos a deixarem-se iludir.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Se bem me lembro a culpa era do lucro dos bancos...

Sou do tempo em que os lucros escandalosos dos bancos eram asperamente criticados. Causa apontada pela generalidade da populaça que se gosta de pronunciar sobre estas coisas da economia, da finança e do estado do país em geral, como um dos grandes males que então nos afectavam.
Estranho que meia dúzia de anos depois, várias falências pelo meio e um sistema bancário periclitante – quase à beira do colapso, segundo alguns – estejamos ainda pior do que na altura dos alegados lucros. Curioso, curioso é que ainda não dei por ninguém se retratar. Ou, pelo menos, admitir que estava ligeiramente enganado. 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Socialistas syrizados


Há, já dizia o outro fulano, muita falta de memória na politica e nos políticos. Mas não só. Nos portugueses, em geral, também. De repente parece que todos esquecemos o que aconteceu antes de 2011. Olhamos para o presente como se não existisse passado e o mundo tivesse começado nessa altura. Daí que não reconheçamos nos criminosos – em termos políticos, bem entendido - que nos trouxeram até este triste estado, nenhuma responsabilidade. Pelo contrário. Somos idiotas, mas tão idiotas, que nos preparamos para os eleger. Logo a eles, um bando de hipócritas que em lugar de se solidarizarem com o partido irmão que levou uma valente coça eleitoral na Grécia, não se coíbem de manifestar o seu contentamento pela derrota dos seus congéneres socialistas. Estou mesmo a ver que caso – se os portugueses perdessem o pingo de vergonha que, presumo, ainda lhes resta – o Bloco de Esquerda ganhasse as eleições, o povo socialista saía para a rua a festejar...

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A taxinha dos sacos de plástico (V)


Afinal não se aplica em todo o lado. Hoje, no mercado cá do sitio, os sacos de plástico continuavam a ser de borla. Porreiro, pá. 

Exportar está dificil...


Está a revelar-se uma tarefa muito difícil exportar o Kruzes Kanhoto do blogspot para o Sapo. Deve ser mau jeito. Coisa que, obviamente, importa. Ao contrário do tamanho, ao que dizem. No caso a coisa coloca-se ao contrário. É que a quantidade de matéria a importar é tão grande que ao Sapo apenas chegam os links dos posts...Do resto, népia. E isso importa. Ainda que apenas a mim.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Afinal essa coisa do amor à pátria é só para exibir à janela...

Um daqueles estudos de utilidade e resultados duvidosos acerca de coisas parvas diz-nos que os portugueses, na sua esmagadora maioria, não estariam interessados em pegar em armas e defender o país em caso de conflito armado. Parece que, ainda segundo o mesmo estudo, apenas vinte e oito por cento estariam dispostos a dar o coiro ao manifesto pela pátria.
Mesmo conhecendo a nacional admiração pelo pacifismo tenho muita dificuldade em acreditar nestes resultados. Os portugueses amam o seu país como poucos. Veja-se a parafrenália de bandeiras, bandeirinhas e bandeirolas que penduraram nas janelas e nos lugares mais improváveis como forma de expressar o seu patriotismo por altura do euro 2004. Quem assim age seguramente também depressa pega numa arma para expulsar um qualquer invasor que se atreva a tentar conquistar esta terra. Digo eu, que sempre achei isso das bandeiras uma manifestação hipócrito-parola do mais básico mau gosto.
Nesta alegada pouca vontade de defender o seu país os portugueses não estão sozinhos. Quase todos os europeus pensam da mesma maneira. Ao contrário do que acontece com as populações do norte de África ou do médio oriente. O que explica muita coisa. E nenhuma boa, convenhamos.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

E a sátira, pá?



Carnaval sem sátira nem gajas nuas pode, até, ser uma coisa muito bonita. Bem feita, bem organizada e tudo o mais que queiram. Para mim é como um jogo de futebol em que não entre o Benfica. Pode ser muito bem jogado mas não tem interesse nenhum. 

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A taxinha dos sacos de plástico (IV)

Não há quem, de tão embevecidos que andam com a taxinha, se preocupe com os gajos - e as gajas, que eu não sou de discriminar ninguém - que trabalham nas fábricas que fazem sacos plásticos e que em breve irão engrossar as estatísticas do desemprego.  Esses não contam. São, digamos, assim uma espécie de danos colaterais. Aqueles que temos de sacrificar em nome de um futuro glorioso e mais verde.
Glorioso e verde são coisas que não combinam. Misturá-las na mesma frase só pode ser do adiantado da hora. 

domingo, 15 de fevereiro de 2015

A taxinha dos sacos de plástico (III)

De todos os argumentos em defesa deste imposto aquele que mais gosto é que “no estrangeiro os sacos do lixo também se pagam”. Não sei de que “estrangeiro” estarão a falar. Nem isso me interessa. Até porque no estrangeiro fazem-se as coisas mais estranhas e não é por isso que nós, quero acreditar, as vamos importar para o nosso dia-a-dia. Como, por exemplo, prender os Madoff's desta vida...

A taxinha dos sacos de plástico (II)


Dez cêntimos cada saquinho. Barato. Vinte escudos, mais coisa menos coisa. O que m'atormenta nem é o preço. Até porque não tenciono comprar nenhum. Mas, esclareço desde já, que não é para não pagar impostos ou por ser forreta. Nada disso. Trata-se apenas de uma questão de solidariedade. Não quero arranjar chatices ao Lelo das t-shirt's nem ao ti Manel das alfaces. Como é que eles depois se arranjavam para cumprir as obrigações fiscais decorrentes da utilização dos sacos de plástico no seu negócio?! 

sábado, 14 de fevereiro de 2015

A taxinha dos sacos de plástico

Uma estranha unanimidade percorre a sociedade portuguesa relativamente à implementação da taxinha sobre os sacos de plástico. Nem, estou em crer, o Parvus Coelho esperaria tanto consenso. Deve ser dessa coisa politicamente correcta de salvar o planeta e os peixes que se engasgam com os ditos sacos que, dizem, poluem os oceanos. E, presumo, também atrapalham a circulação dos submarinos.
Embora não pelas mesmas razões que tenho lido e ouvido, mas sim, admito que é uma boa medida. Logo por ser uma taxa – imposto, é capaz de ser mais apropriado – que só paga quem quiser. Depois porque constitui, ainda que poucos tenham referido este aspecto, mais uma arma de combate à evasão fiscal.
Desconfio é que em relação ao ambiente, pelo menos àquele que nos está mais próximo, os contras sejam maiores que os prós. Não estou a ver a maioria das pessoas a comprar sacos para o lixo. Ou muito me engano ou vai começar a ser tudo deitado ao molho nos contentores. Com as consequências para a saúde pública que não são difíceis de antecipar.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Vejo-me grego para entender esta gente...

De repente todos são muito solidários com os gregos. Ai de governante ou de qualquer um que ouse exprimir opinião contrária. Nomeadamente atrevendo-se a sugerir que aquela malta já teve perdões de divida suficientes, paga juros a taxas comparáveis às nossas e que era capaz de não ser má ideia alterar aquilo de apenas um grego em cada quatro ser pagante de impostos.
Não é que me importe com isso da solidariedade. Cada um solidariza-se com o que muito bem entende. Há, no entanto, uma coisa que me inquieta. Vi hoje - a propósito da noticia que o governo admite o regresso às trinta e cinco horas de trabalho para os trabalhadores das autarquias - que a generalidade dos tugas não são nada solidários com os referidos trabalhadores e criticam veementemente essa hipótese. Não poupam nos insultos nem nos impropérios que lhes dirigem. Assim sendo, a pergunta impõe-se. Será que nesta solidariedade com a Grécia estão incluídos os funcionários públicos gregos? Vejam lá, não se me desgracem, olhem que eles têm privilégios - como vocês gostam de dizer – que por cá nem a CGTP se atreve a reivindicar. 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Aquela coisa da mulher de César é capaz de fazer algum sentido...

A capacidade gastadora dos autarcas nacionais é sobejamente reconhecida. Não faltam livros, artigos em jornais e trabalhos televisivos a enaltecer as suas manifestas qualidades nesta matéria. Já no que diz respeito à generosidade que evidenciam no perdão das dividas dos seus eleitores, o reconhecimento tarda em surgir. Um injustiça a que, quanto antes, urge pôr fim.
Segundo os dados da DGAL, públicos e disponíveis na Internet para quem os quiser consultar,  a divida de clientes no conjunto das trezentas e oito autarquias ascendia a mil cento e trinta e cinco milhões de euros. Coisa que, obviamente, pouco incomodará os autarcas. Importunar os eleitores com cobranças coercivas é demasiado aborrecido e, já se sabe, eleitor chateado é gajo para votar na oposição.
Presumo que o montante da divida atrás mencionado será, maioritariamente, constituído por facturas de água por pagar. Como se sabe este é um problema recorrente em muitos municípios. Nomeadamente lá para o norte. A infinita bondade de quem vai perdoando os caloteiros apenas serve para promover a injustiça e desigualdade entre os cidadãos e empresas que pagam e os que não pagam. Ou será que alguém acha razoável que uma empresa não pague a factura da água mas deduza o IVA da mesma? Ou que um individuo que não paga as facturas as veja  contribuir para as suas deduções no IRS? A mim parece-me que não.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

E o cuzinho lavado com água das malvas, talvez...

Ainda relativamente ao post de ontem – uma espécie de continuação, portanto – acho muito bem que a IGAI trate de investigar a actuação dos agentes da PSP que, alegadamente, não terão recebido da melhor forma os cidadãos – jovens, ainda para mais – que ordeira e pacatamente invadiram uma esquadra da policia. Nem, ao que parece, tiveram a atenção de lhes oferecer um café, um chá, uns biscoitos ou, sequer, uma água. Não se faz. É, há que dizê-lo com toda a frontalidade, uma maneira rude e intolerável de receber quem invade um posto policial. Demonstra claramente que a nossa policia ainda tem muito que aprender no âmbito das invasões e que os seus profissionais necessitam de muita formação no campo da etiqueta. Se fosse eu pedia o livro de reclamações...

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Finórios e outros patifes.

Uma vergonha. Das autênticas. É o que de mais simpático me ocorre para qualificar a actuação da policia que impediu um grupo de jovens – quando se trata de alegados delinquentes, são sempre jovens – de visitar um amigo detido na esquadra. Não se faz. Trata-se de uma desumanidade inqualificável. Para o detido e para os amigos. Separados, pelos menos, há meia-hora. Uma eternidade, reconheça-se.
A situação ainda é mais criticável quando a mesma regra não é aplicável a outros detidos e outros visitantes. Certo que entrar posto policial dentro a mandar vir com os agentes não será uma conduta especialmente bem educada. É coisa, digo eu, para aborrecer a autoridade e despoletar alguma reacção mais musculada, chamemos-lhe assim. Já visitar o presumível meliante e à saída ofender tudo e todos parece uma atitude muito mais elegante. Merecedora de aplausos, até. Coisas de gente fina. Ou finória, digamos. 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Descubra as diferenças




A politica é feita essencialmente de frases feitas e desprovidas de qualquer conteúdo que servem apenas para iludir uns quantos parolos. É assim em todos os partidos. Estes chavões, por exemplo, querem dizer exactamente o quê? E, já agora, porquê patriótica e não nacionalista? Ou o contrário. É que ambas as palavras significam o mesmo... Ou será por o nacionalismo ser vulgarmente conotado com a direita, ainda que sendo a mesma coisa que o patriotismo? Só coisas que me atormentam... 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Os críticos da austeridade de hoje são os seus apoiantes de ontem...

Ando desde tempos imemoriais a manifestar o meu desagrado com a austeridade. Ainda muitos dos que hoje a criticam eram seus indefectíveis adeptos.  Por essa altura, governava o agora preso 44 do Estabelecimento Prisional de Évora, não faltava quem defendesse as medidas austeras que os sucessivos PEC´s iam impondo. Eram, também, em grande número os que rebatiam os meus argumentos, que garantiam ser esse o único caminho a seguir e que -  os mais simpáticos - me achavam completamente burro por não perceber uma coisa tão evidente. Tratava-se, para os mais esquecidos, de aumentar impostos, reduzir vencimentos, encerrar serviços públicos e retirar, entre outras coisas, o abono de família a quem ganhava setecentos euros. Tudo uma barbaridade agora mas, na época,  um conjunto de intenções virtuosas.
Simultaneamente fui sempre manifestando a disponibilidade de dar a mão à palmatória se, por acaso, essas opções acabassem por resultar.  Lamentavelmente parece que nunca o chegarei a fazer. Continua por provar o seu bom resultado como, presumo, concordarão os que então me criticavam.
O que sempre defendi é algo muito diferente. Chama-se rigor. Trata-se, apenas, de usar da parcimónia na gestão do dinheiro dos contribuintes. Conceito que nada tem a ver com austeridade mas que é todos os dias ostensivamente ignorado por centenas ou milhares de decisores  políticos. A imagem que acompanha o post é só um pequeníssimo exemplo disso. Uma atrocidade financeira  entre as muitas  que nos vão empobrecendo. Mas é disto que o povo gosta...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Prefiro ser solidário com as vitimas. É daquelas coisas inexplicáveis que não lembram a ninguém.

Tenho pouca paciência para essa coisa do politicamente correcto. Daí que aceite com dificuldade a lengalenga do costume quando se fala – ou escreve, o que dá no mesmo – acerca dos marginais. Não há cá justificações. São delinquentes porque querem. Optaram por isso. Assumam, depois, as consequências. Sejam elas quais forem. Nomeadamente o alegado estigma que dizem carregar.
São feios, porcos e maus. Umas bestas, mesmo. E o pior é que são cada vez mais. Multiplicam-se que nem ratos de esgoto – no fundo não são muito diferentes – fazendo disso modo de vida o que a breve prazo irá provocar, nomeadamente em localidades de reduzida e envelhecida população, conflitos cuja dimensão não é difícil prever. Mas, claro, ninguém faz nada. O que está na ordem do dia são os apoios sociais. Isso é que é bonito e fica bem. Depois, quando num dia não muito distante vos forem para as trombas, admirem-se.
Com os “solidariozinhos” - não sei se a palavra existe mas pareceu-me razoavelmente ofensiva – estou apenas de acordo num ponto. Não são, de facto, todos maus. Conheço uns quantos bastante bons. Estão no cemitério.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A coligação PSD/CDS vai ganhar as eleições. Só pode.

Acho piada à aversão que a generalidade da populaça tem aos funcionários públicos. A sério. Diverte-me ler os comentários que uns quantos javardotes se dão ao trabalho de escrever sempre que no centro da noticia está alguma coisa relacionada com a função pública. Inveja, ódio, parvoíce e estupidez destilada em dose industrial por gente que, na maior parte das circunstâncias, não sabe nada acerca do que escreve. Nem de outras coisas, muitos deles.
A julgar pelo entusiasmo com que são acolhidas as medidas governativas relativamente aos trabalhadores do Estado, é licito acreditar que o Parvus Coelho só vai perder as próximas eleições por não ter castigado ainda mais severamente os funcionários públicos. Não deixa de ser curioso que qualquer declaração da criatura, por mais inócua que se revele, suscita um coro de indignação. Mesmo decisões governamentais sem importância de maior – coisas corriqueiras, por vezes – são capazes de despertar no mais pacato dos cidadãos uma ira contra o governo, a Merkel, o Cavaco ou a troika, passível de rebentar com o mais potente dos irritómetros. Já se a coisa for no sentido de prejudicar a função pública, então, o aplauso é garantido.
Deve ser, digo eu que não sou de intrigas, por não terem conseguido um lugarzinho para si ou para os seus na administração pública. Se calhar foi por não se terem esforçado o suficiente. A estudar, como era nos tempos de antanho, ou, nos mais recentes, a lamber os tomates ao gajo certo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A cultura não passa aqui...


Por estas “Portas” passam todos os dias muitas centenas – milhares, quiçá – de automóveis e um ou outro transeunte daqueles que, para curtos trajectos, entende que não vale a pena usar o carro. Estão, como as imagens mostram, num estado lastimoso. A degradação é tal que, desconfio, a segurança de quem ali passa poderá estar em risco. Ainda assim o proprietário – o Estado português, conforme indica a placa no local - não faz as obras necessárias para repor a segurança e a dignidade do monumento. Não faz nem deixa fazer. Ou, mas isso sou eu a especular, ainda não apareceu a empresa com as qualificações apropriadas para efectuar a recuperação da edificação. Ou com o dono certo. Sim, pois falta de dinheiro não é de certeza. O financiamento de um ou dois filmes daqueles que ninguém vê deve ser mais do que suficiente. 
Entretanto, talvez assustado pelo cenário, um automobilista resolveu dar uma ajuda. Pelo menos na parte da demolição. Que, a nada ser feito pelos gajos que mandam nessa coisa do património nacional, bem pode constituir a solução para o caso. É tudo uma questão de tempo.   

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Alguém que faça o funeral ao bicho!

Acredito que o dono deste canito esteja inquieto com a sua ausência. Não saberá, ainda, que ele faleceu. O cachorro, vitima de atropelamento ou acometido de uma qualquer doença súbita, jaz, frio e abandonado na caldeira de uma árvore, na avenida Rainha Santa.
Pode também dar-se o caso – hipótese meramente académica, como é óbvio, de tão idiota que é - de o animal ter sucumbido numa das duas circunstância acima enunciadas e o dono ter retirado a trela colocando, de seguida, os pés ao caminho para bem longe dali. Mas isso, reitero, é apenas uma suposição parva. 

sábado, 31 de janeiro de 2015

Música celestial. Ou municipal, sei lá.

A música é uma coisa importante. A felicidade também. E os autarcas, como sabemos, gostam de ver os seus eleitores felizes. Daí que uma autarquia gastadora e visivelmente empenhada em aumentar o nível de satisfação dos munícipes tenha decidido criar uma academia de música. Daquelas à séria, com professores e tudo. Pagos, como seria de esperar, com o dinheiro dos contribuintes.
Pode, assim ao primeiro olhar, nem ser a pior maneira de esturrar o graveto que nos sai das algibeiras. Qualquer um se lembrará, sem grande esforço, de outras quinhentas e vinte e duas formas bem piores. A questão nem é essa. É, antes, o poder politico a imiscuir-se naquilo que não lhe diz respeito. A intrometer-se nas competências da sociedade civil e a espalhar os seus tentáculos por áreas das quais se devia afastar. Por muitas razões. A começar pela transparência e independência de que estas actividades deviam gozar face à politica.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Vá, expliquem-lhes lá isso de não pagar a divida...

Nos últimos dias muitos têm sido os capitalistas nojentos – disfarçados de cidadão comum e reformado na maioria dos casos – que se dirigem aos balcões dos correios para comprar divida do Estado. Tratantes e patifes, também conhecidos por mercados. Gananciosos da pior espécie, diria. Uns malandros especuladores que sacam os recursos do país e com os quais urge correr.
Teria tido piada ouvir a opinião dos defensores do não pagamento da divida, da sua renegociação ou, até mesmo, dos mais moderados que defendem somente que não se paguem os juros. A sério. Gostava de os ouvir explicar aos velhotes que ali aplicaram as poupanças de uma vida de trabalho e, de uma maneira geral, a todos os que viram no produto financeiro em causa uma forma de rentabilizar as suas economias, as vantagens de não verem o seu dinheiro de volta. Era capaz de ser hilariante.    

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Mas isso sou eu que não acredito em bruxas...tenho é tendência, perante alguns fenómenos mais inexplicáveis, a acreditar em bruxedos!

Vai por aí uma estranha indignação por causa das reportagens do jornalista da RTP que fez a cobertura das eleições gregas. Os Charlies de pacotilha, a esquerdalha em geral e os muitos amiguinhos que, de repente, os gregos granjearam por cá, ficaram ofendidos com o conteúdo do trabalho jornalístico que foi emitido. Não gostaram, pelos vistos, de saber que os gregos elaboram os mais sofisticados estratagemas para escapar aos impostos, fazem falcatruas para receber subsídios e que subornam ou aceitam subornos sempre que precisam ou podem. Noticias que os nossos sensíveis ouvidos, habituados à linguagem politicamente corrente dominante, não estavam preparados para ouvir.
Dizer que os políticos são todos corruptos e com práticas manhosas é coisa mais ou menos valorizável ou que, pelo menos, se tolera. Nomeadamente se os políticos forem de direita, já que os de esquerda, por um qualquer toque divino, estão todos envoltos num manto de pureza que os mantém afastados dessas tentações. Já sugerir que o povo que os elege e, no fundo, de onde eles saem é igualmente dado às mesmas práticas constituiu uma espécie de blasfémia difícil de engolir.
Não sei se tudo o que foi reportado pelo jornalista de serviço corresponde ou não à verdade. Não me custa nada admitir que sim. Até porque, salvaguardando algumas diferenças, as coisas por cá talvez não sejam assim tão diferentes.  Quiçá sejam apenas um pouco menos “democráticas”. Ou, porventura, mais discretas. 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Unidos pelo pote

Tinha artilhado um post onde apelava ao esclarecimento dos motivos que levam tanta gente a exultar com a vitória de uma coligação de extrema-esquerda, confessa admiradora de assassinos vários e ditadores sanguinários diversos, enquanto meia dúzia de votos em partidos da extrema-direita motivam reacções aparentadas com a histeria.
Tempo perdido, vejo agora. É que, afinal, os extremistas de direita e esquerda coligaram-se. Deve ser o cheiro do poder a unir as suas convicções. Aguardo com expectativa os tempos que se seguem. Mas, ainda que os meus dotes adivinhatórios não sejam nada de especial, já estou a imaginar as - até agora - mais improváveis coligações a governar por essa Europa fora. E, também, por cá. Um governo liderado por Paulo Portas e Catarina Martins afigura-se-me como algo perfeitamente normal...

domingo, 25 de janeiro de 2015

Crise?! Sabem lá eles o que é isso!

Pouco me importa como cada um gasta o que tem ou o que não tem. Tanto me faz que o esturre em pastéis de nata ou, simplesmente, limpe o cú às notas. Agora o que me desagrada é a lamuria, o queixume e a pieguice. O constante lamento da crise, da austeridade, da carga fiscal e do camandro. Isto, naturalmente, quando vindo de pessoas cujo comportamento evidencia tudo menos viverem dificuldades de ordem financeira.
É o caso das larguíssimas centenas de milhares de pais – e de avós, provavelmente, que nestas coisas gostam sempre de dar uma ajudinha - que despenderam algumas centenas de euros para proporcionar às suas crias a ida a um espectáculo musical por estes dias realizado em Lisboa. Folgo que tenham disponibilidade para o fazer. Ainda bem. É lá com eles e, reitero, nada tenho a ver com isso. Mas, porra, calem-se com isso de estarem a ser roubados, que não aguentam mais austeridade e que não têm nada de vos ir ao ordenado ou às reformas para pagar a crise. Calem-se não vá, como dizia a minha avó, Deus castigá-los. Seja ele – o Deus – qual for.

sábado, 24 de janeiro de 2015

O turismo como desígnio nacional

Somos um país vocacionado para o turismo. Temos sol, praia, gastronomia e paisagens fantásticas. Há, também, outros segmentos que mais recentemente começámos a explorar como o turismo religioso, o enoturismo ou o surf. O futuro será seguramente melhor se todos estes campos, e outros que entretanto surgirem, forem explorados com inteligência e imaginação de forma a trazer até nós charters de turistas. Endinheirados, de preferência.
Não menos importante será apostar no mercado interno. Aqui a inteligência e a imaginação terão de ser ainda muito maiores. Haverá, até, de recorrer à esperteza. Que, como se sabe, tem pouco a ver com as qualidades antes enunciadas. Mas, reitero, a tudo se deve recorrer para reforçar a aposta turística e dinamizar a economia.
Nesta vertente Câmaras e Freguesias já fazem o que podem – e às vezes o que não podem, mas isso é outra história – levando os seus munícipes ao “Preço certo”, a Fátima e, de uma maneira geral, a passear por esse país fora. É, por assim dizer, o turismo eleitoral.
Com a prisão de Sócrates abriu-se uma nova janela de oportunidades para o sector turístico. O turismo prisional. Depois de muitos já o terem feito de forma individual, vai amanhã realizar-se a primeira excursão organizada à cadeia onde se encontra engaiolado o antigo primeiro ministro. Para já serão mais de cem os excursionistas que rumarão a Évora. Mas isto é só o principio. Trata-se de um segmento que poderá crescer a um ritmo de fazer inveja a qualquer país emergente. Potenciais novas atracções, alegadamente, não faltam.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Eh pá, tratem-se...

O Fuçasbook é um “lugar” estranho. Assim tipo uma parede de casa de banho pública onde cada um escreve as parvoíces que quer. Sobejam, entre outras coisas igualmente parvas, as sugestões de partilha das causas mais ou menos idiotas. Uma delas é a sugestão da criação de hospitais veterinários públicos. Isto é, pagos com o dinheiro dos portugueses que pagam impostos. O mesmo dinheiro que, recordem-se as recentes noticias sobre o assunto, não existe para tratar convenientemente as pessoas.
Percebo que os donos do cães – ou de outros bicharocos – prezem o bem-estar dos seus animais nem me surpreende que muitos tenham dificuldade em suportar os custos associados ao tratamento das suas maleitas. Não devem é sugerir que sejamos todos a pagar. Tratem, por exemplo, de fazer um seguro de saúde para a bicharada lá de casa. Ou, caso não encontrem seguradora disposta a fazê-lo, peçam ao veterinário para passar a receita em nome de outro membro do agregado familiar. Abate no IRS e, com sorte, ainda ganham um carro das finanças.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Somos todos Syriza...

A expectativa da vitória do Syriza nas eleições gregas está a deixar muita gente entusiasmada. Até a mim essa quase certeza me deixa à beira da euforia. Não tanto como Marine Le Pen ou Mário Soares, é verdade, mas o meu nível de entusiasmo não deve andar longe dos evidenciados por essas duas figuras que, afinal, terão mais em comum do que aquilo que suspeitávamos. Pensávamos que, ambos, teriam um qualquer problema na área do raciocínio lógico e da coerência de ideias. Mas não. A coisa é, pelos vistos, muito pior. 
Para mim a vitória dos esquerdistas radicais gregos agrada-me por ir provar uma de duas coisas. Ou corre tudo mal e ficamos, de uma vez, vacinados contra as teses da esquerda ou, pelo contrário, o programa resulta e temos ali um exemplo a seguir. Cá e por toda a Europa.
Só uma coisa me apoquenta. Diz que os gajos do tal Syriza não querem pagar a divida e, ao que parece, o Estado português está entre os credores. Mais mil milhões de euros que poderão nunca mais voltar. Assim como um ou dois bancos nacionais o serão também e de uma quantia igualmente simpática. Ora se eles não pagarem desconfio que, por cá, alguém vai ter de calafetar o rombo que o calote provocará nas nossas contas. E, assim de repente e sem vir a propósito, ocorre-me que esse valor corresponde, aproximadamente, à despesa com o subsidio de natal da função pública... 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Costa, por que não te calas?!

Se bem que a mudança de governo – dada, há muito, como certa - pouco vá alterar a vida dos portugueses, começo a duvidar que venha realmente a acontecer. O PS não dispara nas intenções de voto, o distanciamento da direcção em relação Sócrates se foi o mais sensato também foi o pior para a mobilização dos socialistas e, por último, de cada vez que António Costa fala a coisa não parece melhorar.
Agora deu-lhe para repescar o tema da regionalização. Que, recorde-se, foi rejeitado em refendo já lá vão uns anitos. É, poucos são os que não vêem, a pior altura para relançar o tema. Para além das escassas vantagens que tal processo traria parece-me que ainda menos seriam os que estariam na disposição de a pagar. Sim, por que regionalizar iria sair-nos muito, mas mesmo muito caro. E, ao contrário do que afirmam os seus defensores, as poupanças existiriam somente no domínio da fantasia.
Regionalizar significa criar mais um enorme número de lugares políticos, de assessoria e de administração. Será um alagar do campo de acção de interesses que todos, uns mais que outros, conhecemos ou, pelo menos, suspeitamos. Daí que, acredito, seja uma medida que desagrada à imensa maioria dos eleitores. Mais um tiro no pé, portanto.