quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Dia Mundial da Poupança

"Uma boa reforma da administração pública pode contribuir para gerar poupanças, por exemplo através da definição de objectivos, da redução de despesa e da eliminação de duplicações de procedimentos inúteis". A afirmação pertence, segundo a "Lusa", citada pela "Agência Financeira" a José Tavares, director-geral do Tribunal de Contas, que se pronunciava a propósito do Dia Mundial da Poupança que hoje se comemora. Portanto, vá lá, a partir de agora não dupliquem. Façam um procedimento inútil apenas uma vez.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O comentador desgraçado

Salvo raras excepções, todos os que tem um blogue gostam de receber comentários e de ter bastantes visitas. Até mesmo daqueles que sob a capa de uma pretensa superioridade cultural - apenas reconhecida por eles e desprezada pelos outros - questionam e desvalorizam as opiniões do autor. Foi o caso de um desgraçado que, coitado, perdeu alguns minutos do seu tempo a escrever 12 (doze!!!!) linhas de um comentário tão jeitoso acerca de um post anterior. Seria uma falta de respeito imperdoável não publicar o texto da criatura que, diga-se, está quase tão mal escrito como a maior parte dos posts deste blogue. Talvez tenha sido isso que me tenha feito gostar do comentário. Gostei tanto, mas tanto, que o vou publicar. Um destes dias, claro. É que também gosto de ter visitas e, quase de certeza, ele vai cá voltar para se certificar se o comentário já foi publicado.

sábado, 27 de outubro de 2007

Audiências

A visibilidade dos blogs alojados no Sapo é algo que me surpreende. A primeira versão do Kruzes Kanhoto, apesar de raramente actualizada tem muito mais visitas que as outras duas versões em conjunto. Também nas pesquisas nos diversos motores de busca aparece com um número bastante superior de resultados, nomeadamente em pesquisa de imagens. Deste facto resulta uma conclusão óbvia. Quanto menos escrevo mais os leitores gostam.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Vernissage

Vá lá saber-se porquê, uma distinta e honorabilissima organização de caracter social e humanitário insiste em convidar-me para as suas "vernissages". Logo a mim. Um gajo sem cultura geral, que só lê "A Bola" e, mesmo assim, apenas quando o Benfica ganha. É por isso que, apesar da gentileza do convite, vou continuar a dignificar as vernissages com a minha ausência.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

A fome presente e a fartura futura

Afinal, ao contrário do que chegou a ser noticiado por alguma comunicação social, o orçamento de Estado para 2008 não contempla para as populações do interior uma redução de impostos, nomeadamente em sede de irs. O documento apenas prevê que tal redução se aplique ao irc, que baixa para 15% ou 10% consoante se trate de empresas já existentes ou que se venham a instalar no Portugal profundo. É claro que esta medida é, em termos orçamentais, perfeitamente inócua. Baixar a taxa de um imposto que ninguém paga não traz às finanças públicas grande prejuízo. Argumenta o governo que não há margem de manobra para reduzir o irs. E possivelmente, este ano, não haverá. No entanto, como as autarquias também podem prescindir de parte da receita deste imposto a favor dos seu municipes, daqui por uns meses somos capazes de começar a ter boas novidades nesta matéria. E a dobrar!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Espelho meu...Quem é mais vândalo que eu?

Apesar de aparentemente inofensivos os sinais de trânsito são um alvo frequente da fúria de uns quantos energúmenos que por aqui vão vivendo a sua vidinha inútil, miserável e à qual, para bem da sociedade, se recomenda que ponham urgentemente um fim. Triste de preferência.

Desta feita coube a um espelho, colocado num cruzamento da cidade, ser atacado. As causas do ataque são desconhecidas mas, calcula-se, que reflectiu uma imagem de que alguém não gostou. Oxalá tenha sete anos de azar. Ou até mesmo mais!

domingo, 21 de outubro de 2007

Diz que é uma espécie de racismo positivo

Diz-se, mas provavelmente será mentira, que os membros de uma minoria étnica fortemente implantada entre nós, apesar de conduzirem tão mal como os restantes portugueses, não pagam multas de trânsito. Ou raramente o fazem. Consta que haverá - coisa em que não acredito - alguma relutância em autuar esses cidadãos, que como todos sabemos são pessoas educadas, com boas maneiras e que irradiam simpatia, respeito pelos outros e pelas leis do país. No entanto, se por um infeliz acaso algum deles é detectado, com o seu Mercedes, BMW ou outro veiculo topo de gama, a cometer uma infracção e o agente não pode de todo em todo "fechar os olhos", o autuado é, ao que parece, de imediato informado, pelo próprio autuante, que deve dirigir-se à primeira assistente social que encontrar para que esta ateste a sua condição de pobreza por forma a que a multa seja considerada sem efeito. Diz-se, mas provavelmente será mentira. Até porque a ser verdadeira, esta situação de clara discriminação, há muito que teria merecido a denuncia de organizações como o SOS Racismo, do Bloco de esquerda e de outras associações de defesa das minorias.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Lisboa profunda

A expressão “Alentejo profundo” utilizada quase sempre sem nexo, por ignorantes armados ao pingarelho, irrita-me solenemente. Aborrece-me, desagrada-me e é uma coisa que me chateia.

Mais uma vez, a propósito de um estudo recentemente divulgado e que associa a pobreza à desertificação, é dado o exemplo, em várias análises que se fizeram ao dito trabalho, de “S. Bento de Ana Loura freguesia do concelho de Estremoz, lá no Alentejo profundo...”.

Desconheço que unidade de medida é utilizada por estas bestas para medir a “profundidade” de um determinado local ou região do país, desconfio no entanto que, seja ela qual for, não está normalizada. Ou então nunca foi utilizada em zonas como o Bairro do Cabrinha, Musgueira, Chelas, Cova da Moura, Quinta do Mocho e outras lá para os lados da Lisboa profunda...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A mala

A expressão "Quem me dera a mala..." caiu, definitivamente, em desuso. Por aqui, pelos vistos, há quem não queira a mala e a abandone nos locais mais improváveis. Talvez à espera que alguém lhe deite a mão...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Os blogs que ninguém lê

Ninguém lê blogs. Não. Os motivos são mais que muitos e todos válidos. Desde um comedido “Não costumo ver...”, um depreciativo “isso é coisa para quem não tem mais nada que fazer!” até ao arrogante “Não perco tempo com essas coisas!”, todos vão encontrando uma ou outra razão para desmentir os contadores que a generalidade dos bloggers tem instalado nos seus espaços na internet.No entanto muitos factos que são expostos na blogosfera quase de imediato são corrigidos. Vá lá saber-se porquê. É que ninguém lê blogs. Mas se calhar vêem os bonecos.

domingo, 14 de outubro de 2007

Fervor comercial

Nunca apreciei muito um certo fervor nacional que ciclicamente parece afectar os portugueses, nem os símbolos nacionais me fazem ir às lágrimas. Frases como "contra os canhões marchar..." não me dizem muito e não tenho dúvidas que perante qualquer coisa que disparasse faria uma apressada retirada estratégica.
Obviamente que os respeito e gosto de ver respeitados. Desagrada-me por isso vê-los associados à promoção de produtos ou espaços comerciais e que um símbolo colectivo seja usado em beneficio próprio e de interesses que não são os da comunidade que representa e neles se vê representada. Pior ainda quando usados da forma que esta imagem, captada hoje dia 14 de Outubro de 2006, demonstra. É que não me consta que seja dia de luto nacional.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Transgressão

Se olharmos com atenção para a fotografia constatamos a existência de uma flagrante violação às normas de trânsito. A viatura branca, do lado esquerdo, está a virar para o centro da cidade sem sinalizar a manobra. Uma vergonha!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Consumidor protegido

s consumidores portugueses estão cada vez mais atentos e fazem

Os consumidores portugueses estão cada vez mais exigentes e atentos, fazendo valer os seus direitos sempre que se sentem lesados. Há até mesmo quem, não sendo atendido da forma que lhe parece mais correcta, parta o equipamento do comerciante, destrua a mercadoria exposta, dê uma sova no empregado, um enxerto de porrada no patrão, distribua uns valentes tabefes pela restante clientela e, antes de sair, no uso dos seus direitos de cidadania, exiga o livro de reclamações.

É claro que o pacato consumidor pode sempre contar com o apoio da familia e das autoridades, caso o comerciante se arme em parvo e se lembre de recalcitrar.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Rivalidades

alidade entre vizinhos, sejam pessoas, localidades ou inst

A rivalidade entre vizinhos, sejam pessoas, localidades ou instituições, sempre existiu e, a menos que surge uma significativa mudança no comportamento humano provocada pelas alterações climáticas ou qualquer outro problema da moda, continuará a existir enquanto o homem povoar o planeta.

Argumentarão alguns que essa rivalidade é salutar e mostra que as pessoas amam aquilo que é seu e valorizam-no aos olhos dos outros. Pode ser. No entanto o passado ensina-nos que esse sentimento nunca trouxe nada de bom.

Não faz por isso qualquer sentido que se fomentem estas rivalidades, principalmente quando os motivos para rivalizar são pouco mais que ridículos e não vão além da mercearia que fia mais que a outra, da tasca da esquina que tem os melhores coiratos dos arredores ou do campo de berlinde que tem os buracos mais fundos.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Abaixo o irs

Numa iniciativa aparentemente simpática, alguns municípios tem vindo a reduzir a sua participação no irs, aliviando assim os contribuintes residentes na sua área de jurisdição de algumas dezenas ou, conforme os rendimentos ou o valor da redução, centenas de euros.

Esta medida não se deve ao facto de os cofres municipais estarem sem espaço para acomodarem mais notas nem, ao que se sabe, à situação financeira das autarquias ter evoluído de tal forma que exista um excedente de receita.

O argumento mais frequentemente utilizado é o do combate à desertificação e à necessidade de fixar população ou, até mesmo, chamar novos habitantes seduzidos com uma redução do imposto que pode chegar até ao cinco por cento.

A bondade desta medida não poderá ser constatada a curto prazo. Parece no entanto pouco provável que os jovens, terminados os estudos, se fixem na sua terra se esta em vez de emprego apenas tiver para lhes oferecer uma redução de impostos. Ou que um trabalhador, daqueles que pagam impostos, faça a sua opção profissional em função dessa variante.

Arrisco-me a prever que esta medida nos municípios onde for tomada, contribuirá para fazer retornar à sua terra, pelo menos em termos de morada oficial, muitos dos recém reformados que, em busca de melhores condições de vida ou, simplesmente, porque lhes apeteceu, a abandonaram enquanto jovens. O que até nem é necessariamente mau.

uma iniciativa aparentemente simpática alguns municípios tem v

domingo, 7 de outubro de 2007

Os não derramados

Alguns municípios anunciam como pretenso incentivo ao investimento privado, na área do seu território, a não cobrança do imposto municipal conhecido como derrama. É uma opção política legitima devidamente enquadrada em termos legais. No entanto seria bom que, em nome da transparência das decisões dos órgãos autárquicos, prestassem contas no ano seguinte do impacto que essa medida teve, não só nas finanças da autarquia mas também e principalmente da relação custo beneficio que daí resultou para as populações que os autarcas servem. Possivelmente seria pedir muito, mas também era bom sabermos quem, e quanto, é que deixou de pagar. PS (De post scriptum) - Não me estou a referir a nada nem a ninguém em particular e estas considerações são apenas feitas em termos gerais e abstractos.

sábado, 6 de outubro de 2007

O "atravessamento"

O "Brados do Alentejo" faz capa na sua última edição com um tema que, infelizmente, ainda não mereceu da parte das autoridades que superintendem estas coisas a atenção que merecia. O acesso à Fonte do Imperador. Já foram algumas as mortes e inúmeros os acidentes que ali ocorreram e a imagem que é publicada no jornal é bem elucidativa do perigo constante que quem ali mora enfrenta diariamente. Repare-se que, para obviar a exposição ao risco que representa ter quase colado à sua traseira um veiculo daquelas dimensões, o automobilista é obrigado a cometer uma transgressão.
(Foto de Bruno Calado Silva - Publicada no Jornal Brados do Alentejo e que pode ser vista aqui)
É inacreditável que num país onde se constroem rotundas nos locais mais inesperados não haja mais um bocadinho de défice para construir a porra de um cruzamento!

A separação

Durante alguns meses, mais propriamente desde a migração do Sapo para o Blogspot, que este blog teve um clone. Como medida de segurança fui fazendo uma espécie de backup aqui. No entanto, por razões que não vale a pena dissecar, de agora em diante os dois blogs vão separar-se. O outro vai adoptar o nome de KontraFactos & KontraFeitos, terá conteúdo próprio mas manterá o mesmo endereço. Apesar desta mudança representar trabalho a dobrar vou - é uma ameaça - tentar que ambos se mantenham regularmente actualizados. E desinteressantes como até aqui.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Os cultos...Ou não!

Desde o seu inicio que este blogue tem vindo a publicar imagens da má educação e do elevado grau de estupidez de muitos estremocenses. Quase todas elas foram recolhidas num raio que não excede os cinquenta metros a contar da minha porta. O que quer dizer que os javardos moram por perto. No Bairro da Salsinha, Quinta das Oliveiras e Monte da Razão. Estes locais são habitados, maioritariamente, por pessoas de bem, pretensamente educadas e com um nivel social médio ou médio elevado. Apesar disso fazem às ruas da sua cidade o que as imagens, mais uma vez, demonstram. Possivelmente nem no Bairro das Quintinhas se encontrará tamanha javardice. O que não surpreende. A cultura cívica está ao mesmo nível.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Uma questão de tamanho

Pela primeira vez em vinte anos a taxa de desemprego em Portugal é superior à verificada em Espanha. O que vem dar crédito à teoria que, para além dos preservativos, em Portugal há outras coisas maiores que as existentes do outro lado da fronteira.

E não só maiores, mas também melhores. Atente-se no caso em apreço, o desemprego. O nosso é bem melhor. Dura muito mais.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Pasmaceira blogosferica

É opinião praticamente unânime que a blogosfera local atravessa uma das suas piores fases. Blogues sem interesse - como este - e ausência de temas fracturantes que suscitem polémicas levaram a este estado de pasmaceira. Apesar de uma ou outra "picada" não se vislumbra uma mudança da situação que nos ponha ao nível, em termos de debate e participação, de outros concelhos nossos vizinhos. Este post não é, obviamente, uma acusação a ninguém. É antes um assumir a quota-parte de responsabilidade de quem sempre deu preferência aos temas facturantes.