quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Um dia o resort virá abaixo...

Sempre que escrevo acerca do resort das Quintinhas despoleto a ira de uns quantos visitantes que não se coíbem de manifestar a sua indignação e intolerância perante as posições por mim expressas acerca do assunto. Embora, diga-se, goste de receber por aqui gente indignada e intolerante não é por isso que hoje volto ao tema. É apenas porque me apetece.
Para este local está prevista a construção de um lar de terceira idade, no terreno delimitado pela vedação, do quartel da Guarda Nacional Republica e, provavelmente, passará também por ali uma futura ligação à zona industrial. Estes investimentos aliados à magnifica localização do terreno, situado junto a uma zona comercial, perto do acesso ao IP2, a curta distância do centro da cidade e de equipamentos como o centro de saúde, escolas e parque desportivo, farão com certeza disparar o seu valor podendo proporcionar ao Município e aos proprietários dos terrenos vizinhos igualmente prejudicados pela existência do resort, um significativo encaixe financeiro ou, se não for essa a opção, a utilização para outra qualquer finalidade que contribua para elevar a qualidade de vida dos habitantes de Estremoz ou para a elevação da riqueza produzida no concelho.
Por esta altura já alguns, poucos reconheça-se, espumarão de raiva enquanto se interrogam quanto ao destino a dar aos que por ali resolveram construir a sua habitação, armazém ou sede do seu negócio. Sinto-me tentado a dizer que não se faria nada e que cada um fosse à sua vida. Mas não o farei. Existem muitos edifícios devolutos dentro da cidade que serviriam na perfeição para acolher aqueles residentes e que os actuais proprietários seguramente não se importariam de vender a preços mais ou menos em conta. Quase ao preço de um Audi...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Semasiologia...

Apesar de ter feito a tropa - Paulo Portas apenas haveria de ser Ministro da Defesa e desobrigar os jovens portugueses dessa tortura que era o serviço militar obrigatório vinte anos mais tarde – sempre detestei armas, nunca suportei comportamentos militaristas e ainda hoje detesto alguma linguagem mais belicista que de vez em quando é empregue mesmo em situações que pouco tem a ver com a “arte” da guerra.
Claro que também não sou nenhum pacifista. Pelo menos daqueles que, entre um e outro charro, espatifam montras ou correm policias à pedrada nas cidades onde se realizam as cimeiras do G8, do G20 ou de outra coisa qualquer que envolva lideres políticos ocidentais. Que, como se sabe, são os grandes responsáveis por tudo o que de mau acontece no planeta.
Defendo, isso sim, que algumas expressões que envolvem um potencial conteúdo bélico deviam ser eliminadas do nosso vocabulário. “Contar espingardas” é uma delas. Usa-se quando alguém, ou uma organização, pretende conhecer os apoios de que dispõe e com que pode contar numa qualquer disputa. Reparem como evitei usar as palavras batalha, peleja ou contenda e façam-me o favor de não me recordar que quem disputa não mede bem as palavras...
É por isso que faço questão de saudar as forças politicas que ultimamente tem organizado almoços, jantares, lanches, ceias ou seja lá o que for que envolva comezaina. Por mais discussão que o numero de comensais presentes em cada um dos repastos suscite entre os apaniguados, pelo menos num aspecto estamos já a dar uma lição ao mundo. Por cá não se contam espingardas. Fazemos algo de muito mais saudável, civilizado e que, ou muito me engano, ficará na história. Contamos talheres.

domingo, 27 de setembro de 2009

Euforia socialista

Afinal, tendo em conta as projecções de resultados eleitorais avançadas pelas diversas televisões e as reacções eufóricas a que assistimos, pode concluir-se facilmente e sem qualquer margem para erro que até os militantes, apoiantes e dirigentes do partido socialista estavam fartos da maioria absoluta agora, tudo o indica, morta e enterrada.
Festeje-se pois - e os socialistas já o estão fazer - o fim da maioria absoluta.

Apaixonado(a) anónimo(a)

Na paisagem urbana os contentores de resíduos sólidos indiferenciados são bastante procurados para fazer passar as mais diversas mensagens. Cartazes a anunciar grandiosas corridas de touros, propaganda partidária e publicidade a bruxos capazes de operar milagres daqueles verdadeiramente milagrosos, de tudo é possível encontrar colado a estes objectos.
É-me no entanto difícil imaginar um local mais improvável para escrever uma declaração de amor. Apesar de o amor ser uma cousa muito linda e um sentimento capaz de ultrapassar inúmeras barreiras, não me parece que declara-lo num contentor do lixo seja das atitudes mais românticas. Pior ainda. Esta mania de andar por aí a fazer declarações de amor anónimas é altamente condenável e só revela o baixo nível de quem as faz. Uns palermas é o que é. Quase tanto como os gajos que escrevem em blogues e não assinam por baixo. Ou inventam nomes parvos. Os palhaços.
Mesmo assim espero que a FiFi – ou o FiFi, sabe-se lá – tenha lido, identificado o autor da mensagem, nem que para isso tivesse sido necessário recorrer a sofisticados testes de caligrafia, e correspondido com idêntico ímpeto sentimental. E que vivam felizes para sempre. Ou pelo menos até começarem a reciclar.

sábado, 26 de setembro de 2009

Reflexões

Hoje é dia de reflexão. Reflictamos pois. Não tanto sobre o que se passou nos últimos quinze dias, ao longo dos quais se desenrolou uma campanha desprovida de interesse que para além da má educação de alguns candidatos e apaniguados das forças em presença em nada terá contribuído para alterar o sentido de voto da esmagadora maioria do eleitorado, mas sim acerca do que foram os quatro anos e meio que durou a legislatura.
Reflictamos se, tal como o outro que alegadamente terá acabado os seus dias pregado numa cruz, vamos perdoar o mal que nos fizeram e oferecer a outra face. Reflictamos também na situação profissional que vivíamos há quatro anos e na que vivemos hoje, nos vínculos que então possuíamos e nos que temos agora ou, para não perdermos muito tempo com reflexões, reflictamos apenas se o país em que vivemos é, nesta data, melhor do que era há quatro anos atrás.
Em caso de dúvida, ou de desempate, façamos o nosso exercício reflectivo na companhia das últimas declarações de irs. É capaz de ser esclarecedor para os mais indecisos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

As ideias parvas de uma certa esquerdalha

Quando leio ou ouço a maioria das propostas eleitorais de uma certa esquerda pós modernaça, evoluída e cheia de conceitos fundamentais e determinantes – seja lá isso o que for – sinto-me meio assarapantado. Um turbilhão de sentimentos contraditórios percorre-me a mente e é com esforço que consigo evitar que sejam revelados nas páginas deste blogue.
Há, de facto, ideias que não lembram a ninguém. Nacionalizar a banca e mais umas quantas empresas ditas estratégicas será uma delas. Principalmente quando nada se diz do que se faria com os milhares de pequenos accionistas que investiram as suas poupanças na compra de títulos das sociedades que pretendem nacionalizar. É que, por mais que custe a alguns que parecem ter um bloco de qualquer matéria no lugar da cabeça, são muitos os trabalhadores, os reformados e os pequenos e médios aforradores que seriam atingidos por uma medida tão escabrosa como a que é proposta.
Os planos poupança reforma são outro alvo da fúria de uma certa esquerdalha. Para essa cambada a poupança fiscal conseguida é vista quase como um crime e o montante com ela conseguido, em lugar de permanecer no bolso dos contribuintes, deveria passar através do Estado para essa malta do rendimento mínimo que certamente saberia muitíssimo melhor como o aplicar. Nomeadamente em droga, que parece ser coisa do agrado da maralha que propõe estas coisas.
Mesmo nas questões mais comezinhas não se coíbem de igualmente explanar as suas teorias. Só para não ficarem calados. Porque se realmente acreditam naquilo que nos querem fazer crer então o caso não terá tanto a ver com a habitual demagogia politica mas antes com um qualquer problema do foro psiquiátrico. É por isso que acho que existem certos candidatos e candidaturas que nem se deviam apresentar às eleições. Não vale a pena. Além de não terem nada de interessante ou sequer coerente para transmitir ao eleitorado, face aos resultados que obtém – com sorte o quarto lugar – nem vale a pena ocuparem um tempo de antena que podia estar ao serviço da população e da massificação do acesso aos meios de comunicação social.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"Vamos votar"

O Rossio Marquês de Pombal é utilizado por muitos caravanistas como local de pernoita ou mesmo de aparcamento durante um ou dois dias enquanto aproveitam para visitar a cidade. Seja qual for o caso dos ocupantes desta auto-caravana, a mensagem toscamente pintada no veículo parece não deixar dúvidas que estão a caminho do local onde pretendem exercer o seu direito de voto e que fazem questão de – ao intento – o partilhar connosco. Porque quanto ao voto isso é lá com eles.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pequenas preocupações com ordenados ainda mais pequenos

As pequenas e médias empresas despertam entre todas as forças políticas concorrentes ao próximo acto eleitoral uma inusitada paixão. Por alguma estranha e obscura razão há quem acredite que fazer promessas de apoio aquele sector da economia sob a forma de benefícios fiscais e benesses de vária índole constituirá uma forma de garantir a simpatia de um segmento do eleitorado bastante significativo.
Por mim desconfio. É bom recordar que estamos a falar dos pequenos e médios empresários que, como todos sabemos, não são propriamente conhecidos – na sua imensa maioria, porque alguns haverá que contrariam esta ideia – pela gestão transparente, lisura de processos e honestidade fiscal e mesmo pessoal com que gerem as suas empresas. Tenho por isso dúvidas mais que fundamentadas se entregar dinheiro público, de todos os contribuintes, a este tipo de gente será uma opção inteligente porque exemplos de utilização de incentivos em benefício próprio são coisa que, alegadamente, não falta.
Já em relação aos pequenos e médios ordenados não parece haver igual preocupação entre as forças em campanha. Graças ao novo Código Contributivo, a partir de Janeiro do próximo ano, os trabalhadores portugueses vão ver os seus vencimentos reduzidos por força do desconto para a Taxa Social Única que vai passar a incidir sobre remunerações até agora excluídas do âmbito desta tributação. Nomeadamente o subsídio de refeição, abono para falhas, despesas de representação ou outras gratificações e prémios. Mas isso não interessa nada. Afinal são apenas pequenos e médios detalhes.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vale-esmola

Eu não queria ser negativista. Juro que não queria. Mas “eles” não me deixam outra alternativa. É que quando alguém gasta na aquisição de uma prótese dentária umas centenas de euros, outro tanto na compra de um par de óculos e passados seis meses recebe da Administração Regional de Saúde uma compensação pela despesa efectuada no valor de um euro e sessenta e cinco cêntimos, não sou capaz de encarar isso como um facto positivo ou olhar de forma positiva para as politicas de saúde que se praticam no meu país. E, para que conste, quem adquiriu estes bens não o fez por vontade de ficar mais belo, por vaidade pessoal, não gostar dos dentes de origem ou achar que o uso de óculos o tornaria mais charmoso. Fê-lo porque não conseguia mastigar nem enxergar em condições compatíveis com uma qualidade de vida minimamente aceitável.
O desprezo pelos utentes, ou vergonha pela quantia irrisória enviada, vai ao ponto de nem sequer comunicarem a que se deve tão generosa comparticipação. Não sabe assim o utente se a esmola é para a prótese dentária, para os óculos ou para as duas. A ARS limitou-se a meter um vale de correio num envelope e a despacha-lo para a morada do utente. Simplex e baratex.
Argumentarão alguns, os do costume, que tem sido feito um elevado esforço financeiro para comparticipar estas e outras despesas de saúde e que tempos houve em que o Estado nem um cêntimo comparticipava em situações como esta. Até pode ser verdade. Acredito piamente que estejam a fazer um esforço mas, das duas uma, ou se esforçam mais ou o melhor é irem descansar…

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Questões pertinentes

Ao contrário do que se possa pensar a leitura dos programas eleitorais dos partidos políticos nem sempre constitui um exercício maçador e desagradável. Por vezes é também penoso. Mas, quando menos se espera, é possível encontrar algo que pode deixar o leitor surpreendido. Nomeadamente quando em lugar das aguardadas promessas se encontram perguntas pertinentes. Como as que constam deste excerto retirado do programa eleitoral do PND.
Uma coincidência: a imigração islâmica e a sua dinâmica demográfica:
A par do declínio demográfico do Ocidente, ocorre a imigração islâmica para a Europa com uma dinâmica demográfica que terá, e nalguns países (Alemanha, França Holanda, Bélgica, Reino Unido) já começa a ter, consequências sociais e políticas que não podemos ignorar.
Do ponto de vista político levantam-se questões pertinentes já conhecidas em países de maioria muçulmana, pelo impacto que o islamismo tem na ordem política e na lei civil: como será o poder político e a lei, daqui a 10, 20, 30 anos, quando as comunidades e as lideranças islâmicas sentirem que podem tomar o controle político de territórios europeus? E os europeus, como vão sobreviver nessa ordem política? Não poderão alguns países europeus transformar-se num Líbano, numa faixa de Gaza, num Irão, num Iraque, num Egipto, numa Líbia ou numa Argélia, num Hezbollah ou num Hamas?
Soluções para a ordem política do Ocidente:
Garantir que o poder político permanece em mãos ocidentais.
Garantir que as comunidades imigrantes aceitam a ordem política e os princípios do Direito vigentes no Ocidente.

domingo, 20 de setembro de 2009

Plagiadores

Deparo-me de vez em quando com textos publicados no “Kruzes Kanhoto” reproduzidos noutros blogues sem que seja feita qualquer menção ao seu autor ou à fonte de onde foram recolhidos. Pelos vistos há quem goste tanto do que eu escrevo – isto há gostos para tudo – que não resiste a publicá-lo no seu próprio blogue e a assinar por baixo assumindo-o como seu.
O último a fazê-lo foi este blogue pró-comunista, de Alpiarça ou lá perto, que deve achar ser um elementar direito democrático de qualquer aprendiz de blogueiro apropriar-se dos escritos dos outros e publicá-los como sendo de sua autoria. Assim uma espécie de nacionalização ou de apropriação colectiva dos meios blogosféricos.
Provavelmente ao “Primo do Tomé” faltarão temas acerca dos quais possa dissertar. Ou então atravessa uma preocupante crise de inspiração. Experimente fazer um pequeno esforço e vai ver que basta um pouco de imaginação, uma pitada de inteligência – não abuse neste ponto não vá mudar de partido - e sobretudo estar atento ao que nos rodeia, para que as coisas fluam facilmente. Sem necessidade de copiar posts alheios. E se tiver de copiar escolha daqueles bem escritos e não a primeira parvoíce que vê na net.
P.S - Para que não existam duvidas acerca de quem plagia quem, atente-se no tipo de letra utilizado num e noutro blogue, nas horas a que foram feitos os comentários ou nos antecedentes daquele blogue…

Autárquicas

A proximidade de datas entre os dois actos eleitorais tem, muito por culpa dos média, retirado protagonismo às eleições autárquicas de onze de Outubro. O que é pena. Enquanto nas primeiras eleições os candidatos com hipótese de chegar ao poder são tão deploravelmente parecidos que até chateia, nas segundas teremos, pelas características muito peculiares de que se revestem, uma panóplia de candidaturas capazes de animar o país pelas suas propostas mirabolantes, projectos de deixar qualquer um de queixo caído ou ideias parvas que não são capazes de guardar apenas para si. Pelo menos é o que se espera e deseja.
Enquanto no acto eleitoral de Setembro escolheremos entre candidatos cinzentos, sem graça e que a julgar pelo discurso parecem que nunca estiveram no poder, em Outubro teremos o país real, os candidatos exóticos, esquisitos e capazes de nos animar quer pelo comportamento exuberante ou o discurso entaramelado. Poderemos apreciar a ingenuidade de alguns que, coitados, ainda têm idade para pensar que são capazes de mudar o mundo e a manhosice de outros que sabem muitíssimo bem ao que vão. Isto a par de muitos, quero acreditar a maioria, que estão genuinamente dispostos a dar tudo pelas suas terras e a contribuir para o progresso e desenvolvimento das mesmas.
Claro que num blogue pouco dado a coisas sérias como este serão os únicos – os exóticos e afins - a ter destaque. Contudo as coisas não estão correr nada bem. Por mais que pesquise não encontro propostas verdadeiramente revolucionários, sequer inovadoras, nem mesmo ideias daquelas tão estapafúrdias que nos deixam cheios de inveja pela capacidade imaginativa que revelam os seus autores. Não consigo esconder a minha decepção por, a título de exemplo, ninguém ter inscrito no seu programa eleitoral autárquico, em nenhuma autarquia do país, a construção de um espaço de acolhimento aos visitantes de outros planetas. Considero deplorável e fortemente criticável que os aspirantes a autarca estejam a negligenciar uma vertente que muito podia contribuir para o progresso das suas terras e, nomeadamente no interior do país – no Portugal profundo, vá – constituiria um importante factor de desenvolvimento. Para além de até poder dar azo à constituição de mais uma empresa municipal que se encarregaria de gerir as relações intergalácticas e promover eventuais geminações com outras autarquias do espaço sideral.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Incómodos

Na ausência de melhor assunto – e também de pior, diga-se – regressemos hoje ao tema da merda de cão. Foi graças a ele – tema – ou a ela – merda - que este blogue ganhou fama, ainda que má como toda a gente sabe, havendo por isso que não descurar a abordagem a uma temática tão sensível quanto esta. Principalmente quando se trata da matéria através da qual este espaço ganhou notoriedade. Há, em resumo, que manter o nível. Baixo, como convém.
Claro que este é um assunto que divide opiniões. Um ou dois leitores aplaudem e consideram que é uma óptima ideia mostrar a javardice que vai pelas ruas das nossas cidades. Uns quantos ficam indignados, porque afinal os cães gozam do direito de cagar onde muito bem lhes apetece e os malandros dos técnicos de limpeza urbana estão lá para limpar porque é para isso que lhes pagam. Outros, mudam de blogue e enviam pelo menos dez comentários a enaltecer o candidato da sua preferência ou a denegrir o da sua antipatia, na esperança vã de influenciar o resultado dos próximos actos eleitorais.
O Kruzes Kanhoto, muito mais que um simples blogue local, sem que isso envolva qualquer desconsideração para os que o são, é um sítio visitado por leitores de todo o país e até do estrangeiro. Teve, inclusivamente, uma vez um visitante de Badajoz. Assim sendo não faria sentido não mostrar o comportamento de donos de cães de outras localidades que, reconheça-se, são tão porcos quanto os estremocenses que têm canitos. A demonstrá-lo o exemplo desta “senhora” que passeava dois belos exemplares caninos, um deles de grande porte, sem que evidenciasse qualquer preocupação em recolher os cagalhões que os bicharocos iam largando. A única coisa que pareceu incomodar a criatura foi a presença de uma máquina fotográfica. De tal maneira que se posicionou sempre de forma a que não lhe fotografasse a cara. O que conseguiu. Mas também não se perdeu grande coisa.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Rendimentos

Paulo Portas tem manifestado com exuberância a sua oposição relativamente à atribuição do rendimento social de inserção de forma indiscriminada a um largo sector da população que se especializou em viver à conta de todos sem despender esforço maior que ir levantar o cheque à estação dos Correios mais próxima. Trata-se, na esmagadora maioria dos casos conhecidos, de um subsídio à preguiça e, por mais que a malta do social conteste esta designação e argumente a favor do actual estado de coisas, é uma prestação social causadora de injustiças relativamente a quem trabalha e que recebe o salário mínimo enquanto muitos dos seus beneficiários arrecadam montantes significativamente superiores sem “bulirem uma palha”.
Apesar de a intenção que esteve na criação do Rendimento Mínimo Garantido ser louvável, a generalização que se seguiu desvirtuou e descredibilizou o que podia constitui uma excelente medida de combate à pobreza e exclusão social. Hoje são de todos conhecidos exemplos, nomeadamente em terras pequenas como Estremoz, de pessoas que ou vivem em exclusivo desta prestação ou a utilizam como meio para complementar os rendimentos que obtém em actividades – de vária ordem – que exercem à margem do sistema fiscal. De positivo apenas que estas pessoas não são de guardar o que recebem debaixo do colchão e depressa o “investem” no bar do supermercado Modelo e noutros estabelecimentos similares, o que sempre vai contribuindo para dinamizar a economia local e simultaneamente promover a animação da cidade.
Pena que o líder do CDS-PP não manifeste igual indignação acerca dos agricultores, a sua espécie protegida, ou empresários que utilizam os subsídios estatais e comunitários em benefício próprio em lugar de os aplicarem no desenvolvimento e modernização das suas explorações agrícolas ou empresas. Estranho sentido de coerência o deste magano.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Asfixia democrática

A expressão "asfixia democrática" entrou recentemente no léxico nacional e - de forma injusta quanto a mim - está a ser associada a atitudes consideradas mais ou menos cobardes de quem, detendo algum poder sobre outrem ou alguma coisa, o utiliza para pressionar e intimidar com o intuído de daí tirar proveito pessoal - a maioria dos casos - ou para a causa que professa. O que no fundo é praticamente o mesmo.
Não posso estar mais em desacordo com este conceito. Acho até uma injustiça admitir que quem o faz se trate de um cobarde. Considero mesmo que a actividade de pressionar, intimidar e ocupações correlativas não está suficientemente valorizada e, em meu entender, constitui um verdadeiro acto de coragem. Já alguém pensou na dose de valentia que é necessário reunir numa só pessoa – que apesar de deter algum tipo de poder até pode ser um lingrinhas – para chegar junto de outro, suponhamos um calmeirão, e dizer-lhe de forma determinada e ameaçadora que não deve dizer ou escrever isto ou aquilo sob pena de ter umas quantas chatices?! Convenhamos que não é coisa para qualquer um.
Sabe-se que a generalidade das pessoas, excepto talvez meia-dúzia, não gosta de ser pressionado nem intimidado e a esmagadora maioria não aprecia a ideia, mesmo que vaga, de uma eventual asfixia. É até coisa para reagir mal. Principalmente se for um matulão e o candidato a asfixiante não passar de um reles magricela.
Por estas e por outras tenho alguma dificuldade em acreditar no muito do que por aí se publica, nos mais variados meios de comunicação, acerca de pressões asfixiantes. Seja onde for ou venham elas de onde vieram. Ou então somos um país de cobardes. A haver tantos “pressionadores” porque é que ainda não há notícia de algum já ter sido pendurado ou, no mínimo, ter levado um murro nos cornos?!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Só os burros não mudam de ideias

No último debate televisivo Sócrates tentou por diversas ocasiões confrontar Manuela Ferreira Leite com aquilo que considerou serem alterações da sua posição consoante o seu partido está no governo ou na oposição. Pena a senhora, com manifesto mau jeito para debater seja o que for, não ter recordado ao candidato socialista a célebre tirada de Mário Soares quando este, confrontado com as suas próprias incoerências, afirmou que apenas os burros não mudam de ideias.
Durante o debate Sócrates não se cansou de repetir que “nós sempre propusemos…”, “nós sempre defendemos…” Ou seja nunca alterou o rumo ao seu pensamento como, aliás, tivemos ocasião de constatar ao longo dos últimos quatro anos e meio em que governou o país. O que não deixa de ser surpreendente. Principalmente quando se vê por aí tanto asno a converter-se a outros ideais e a mandar às urtigas o exemplo de coerência do agora amado líder.

Negativismo...

Olha olha... outro negativista!!!

domingo, 13 de setembro de 2009

Pragas urbanas

A par dos cães, os pombos constituem uma das principais pragas das cidades. Estão por todo o lado e são cada vez mais atrevidos. Para já limitam-se a passear pela estação mas não constituirá grande surpresa se, um destes dias, começarem a viajar de metro. De realçar que o bicharoco parecia conhecer os perigos do local onde se encontrava e teve o cuidado de não ultrapassar a marca amarela…

sábado, 12 de setembro de 2009

"Lamine"

Professores e quejandos são coisa que não falta por aí. Nomeadamente quejandos. Alguns até farão verdadeiros milagres ou, pelo menos, é o que prometem. Apresentam-se com nomes sugestivos, garantem resultados infalíveis contra as maleitas, seja da carne ou do espírito, e sempre atentos ao mercado e às suas necessidades anunciam agora que também intervêm no sentido de dar sorte nas candidaturas.
É esse o caso do “Professor Lamine”. O auto intitulado grande vidente pode até não passar de um pitosga nessa coisa de espreitar o futuro ou revelar-se um desastre na capacidade de o influenciar, mas lá que escolheu um nome deveras genial – especialmente pela pronúncia do mesmo – lá isso escolheu.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O ataque do investimento estrangeiro

Constitui uma ideia amplamente aceite que existe um claro deficit de investimento no Alentejo. Costuma igualmente afirmar-se que, cá por estas bandas, não há quem queira arriscar na criação do seu próprio negócio e que as pessoas preferem partir para outras paragens em busca de uma vida melhor, porque esta – o Alentejo - é uma terra condenada a, num prazo relativamente curto, ficar deserta, sem gente e onde qualquer forma de vida apenas subsistirá mediante o apoio do Estado ou das autarquias.
Nada mais errado. O Alentejo é uma terra de oportunidades. Necessário é saber escolher o ramo de negócio onde se investe e divulgá-lo de maneira adequada. Mulatas com corpos de playboy, gostosonas todas boas, sereias bonitas e charmosas de boca fogosa desde que meigas e sem pressas, parecem ter o futuro assegurado nesta região. Os exemplos são apenas de Estremoz e da novel cidade vizinha mas, nas páginas de classificados dos jornais de âmbito nacional, é fácil constatar que este ramo de actividade económica – seja lá qual for o produto que estas senhoras vendam ou o serviço que prestam - está em franca expansão também no Alentejo.
Claro que não há negócio que se aguente se não houver procura e, neste caso, as necessidades do mercado ultrapassavam a oferta disponível. De tal forma que o investimento estrangeiro está a atacar em força e, pode dizer-se, tem já uma posição dominante. Resta saber se do muito dinheiro que a actividade movimenta algum ficará na região ou, em meia dúzia de cliques, atravessa o oceano.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

“Sei o que fizeste enquanto foste ministra”

A senhora líder do PSD e candidata a primeira-ministra prometeu hoje, caso seja eleita, travar um tenaz combate à despesa pública com o objectivo de conseguir margem para baixar os impostos. Seria, no entanto, bom que Manuela Ferreira Leite dissesse desde já qual o tipo de despesa que pretende cortar e que impostos tenciona reduzir com a folga obtida. Mas nem precisa de o fazer. Não é difícil adivinhar que vai sacrificar ainda mais os funcionários públicos, como já o fez na sua anterior passagem pelo governo, e baixará assim que puder os impostos que incidem sobre as empresas sob o argumento que estas, com os recursos gerados por este alívio fiscal, investirão no seu desenvolvimento e criarão mais postos de trabalho.
Provavelmente qualquer economista garantirá que se trata da opção correcta. Quanto a mim, profundo ignorante também nesta matéria, hesito em concordar. Com menos dinheiro no bolso os portugueses – sim, porque se os funcionários públicos tiverem vencimentos congelados ou reduzidos os outros trabalhadores terão a mesma sorte – consumirão menos, procurarão produtos mais baratos ou em mercados “alternativos” e por consequência a actividade económica e a receita fiscal ressentir-se-ão de forma dramática. Quanto à redução de impostos sobre as empresas servirá apenas, salvo uma ou outra excepção, para meter mais dinheiro no bolso dos empresários que certamente o vão “investir” em brasileiras e outros bens de primeira necessidade sem os quais poucos podem passar.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Desordem no estacionamento

Por força da realização das festas da paróquia, cerca de metade do espaço do Rossio Marquês de Pombal tem estado encerrado ao trânsito. O que, para além das inúmeras situações de “toca e foge” e dos bloqueios de quem tem o azar de estacionar primeiro, tem provocado o caos em termos de estacionamento no centro da cidade. Não espanta por isso que cada um se tente desenrascar como pode e procure qualquer espaço livre para arrumar a viatura. Foi o que fizeram os militares da GNR que na ausência de melhor alternativa – pior, se a houvesse, também lhes teria servido, digo eu – optaram por estacionar o carrito na praça de táxis enquanto procediam a uma diligência. Vendo bem até parece razoável. Afinal uma das funções principais destas viaturas das forças da ordem é o transporte gratuito de pessoas desfavorecidas, socialmente excluídas e marginalizadas pela sociedade capitalista, entre a residência e o tribunal. Ou, quase sempre, vice-versa.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Números

Estamos numa altura em que se discutem números - de toda a espécie – e em que cada um faz deles a leitura que mais lhe convém ou que melhor serve os seus interesses. Sejam eles – os números e os interesses – quais forem. Quanto a mim estes foram os que mais me agradaram e, a bem dizer, os únicos que nos últimos dias me interessaram. Embora reconheça que aquele “nove” da radiação ultra violeta não constitui um indicador que me deixe por aí além muito tranquilo. Desconfio que a culpa é de um qualquer anterior executivo ou dos imperialistas americanos…

domingo, 6 de setembro de 2009

O resort da polémica

O “Resort” das Quintinhas parece estar mais uma vez no centro da polémica na blogosfera estremocense. A abertura de concurso para a construção do quartel da Guarda Nacional Republicana numa parcela de terreno propriedade municipal ocupado ilicitamente para outros fins, tem motivado um conjunto opiniões nem sempre concordantes quanto ao que deve fazer a autarquia quando, ou antes, das obras terem inicio. A resposta à questão não podia ser mais simples. Não deve, como é óbvio, fazer nada. Os motivos que me levam a pensar assim são, entre outros, os seguintes:
- O terreno em causa é suficientemente grande para nele ser instalado o quartel da GNR e, mesmo que tenham de ser demolidas algumas “habitações”, ainda sobra espaço para a edificação de novas “barrecas”;
- Nada indicia que muitos dos habitantes do lugar pretendam sair dali. Se fosse esse o seu desejo há muito que o podiam ter feito porque basta ver as viaturas por ali estacionadas e o ouro que as moradoras ostentam ao pescoço para se perceber que dinheiro não é problema para alguns que ali moram;
- Provavelmente o “problema” estará a ser levantado agora, em virtude da época eleitoral que atravessamos, como tentativa de “picar” os candidatos e levar algum deles a prometer que constrói habitação para aquela malta. Sabendo-se que essa nunca foi, e bem, a politica autárquica cá do sítio, força politica que faça tal promessa – é certo e sabido – fica automaticamente excluída da escolha dos eleitores;
Quanto à alegada discriminação que alguns alegam existir da parte dos estremocenses relativamente aos ciganos, é bom que se lembrem da história de vida do “Rafinho” – só para citar um exemplo sobejamente conhecido por cá - antes de abrirem a boca ou, principalmente, de porem um dedo em cima do teclado.
P.S - Para quem não sabe “Resort” é um lugar usado para relaxamento ou recreio, situado fora do centro urbano, com áreas não edificadas de terreno, voltado especialmente para actividades de lazer e entretenimento. Como resultado, as pessoas procuram um resort para passar feriados ou férias. Ou até mesmo para se esconderem da Justiça.

sábado, 5 de setembro de 2009

Fui de férias

Se tudo correu como previsto regresso de férias daqui a umas horas. Todos os posts, incluindo este, publicados aqui no blogue desde o último Sábado foram previamente escritos e a sua publicação agendada para decorrer ao longo da semana que passou. Isto, claro, se o blogger não nos pregou nenhuma partida.
Recorri a temas “intemporais” e o material que agora viu a luz do dia foi, em alguns casos, escrito há bastante tempo atrás. Não houve, portanto, nenhuma hipótese de escolher timings relativamente a coisa nenhuma e se, por acaso, algum post revelar uma estranha actualidade, isso não passou de uma dessas coincidências fantásticas que de vez em quando acontecem na blogosfera estremocense e não passa disso mesmo. Coincidência. Assim uma coisa quase tão estranha como o facto de estar a escrever no presente acerca de acontecimentos futuros que quando isto for publicado já farão parte do passado.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A pronuncia do norte

A necessidade das pessoas do norte, muito em especial da região do grande Porto, pronunciarem, ou berrarem estridentemente talvez seja mais adequado, em cada frase pelo menos um palavrão, ou até mesmo mais, é coisa que não constituindo para mim nenhuma novidade não deixa de, apesar disso, me continuar a chocar e em algumas circunstâncias a incomodar.
Uma extremosa mãe de família terá mesmo necessidade de guinchar para os seus rebentos um sonoro "Bamos à iágua, car...."?! Ou no regresso à toalha soltar um sonoro "Fouda-se, car…, tava mesmo boa, não tava, car..."??!?!
Noutros tempos eu costumava resmungar que não se fala com a boca cheia, mas muitos olhares de soslaio e esgares de espanto depois, deixei-me disso. Receio que o sentido de humor deles não vá mais longe que as piadas do Fernando Rocha.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Prioridade à tatuagem

Apesar de não gostar de tatuagens não tenha nada contra que as faz. Não virá grande mal ao mundo por alguém resolver fazer uma pintura – ou até mesmo muitas - mais ou menos esquisita no seu corpo. Ao que consta o custo destas coisas não é barato e, dependendo da complexidade do trabalho, poderá atingir valores de largas centenas ou até mesmo milhares de euros. Consta-se, repito, porque não me recordo de alguma vez ter visto um preçário destes serviços.
Ora, a ser assim, surpreende-me ver tanta gente com estas pinturas – alguns pintados de alto a baixo – e simultaneamente com grandes barrigas, valentes pneus e dentes de meter dó. É evidente que cada um sabe de si e terá prioridades diferentes do outro. Todas elas são válidas e não as tenciono questionar. O que, garanto, me causa uma enorme repulsa é ver uma moçoila toda anafada, com uma dentição num estado lastimoso e uma tatuagem de dimensão razoável no peito, assegurar que não ter dinheiro para tratar dos dentes e que era uma vergonha a segurança social não pagar o tratamento que a que a criatura necessita recorrer para restaurar o faqueiro. Bem visto bem visto ainda há-de querer uma banda gástrica à borla…

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Burkini

E se, por cá, começasse a haver gente assim vestida a banhar-se nas nossas praias e piscinas?! Seria, obviamente, ridículo e com certeza pensaríamos que tínhamos feito uma viagem no tempo que nos levou de volta ao século dezanove. Mas não. Estamos apenas na Europa moderna, tolerante e submissa aos caprichos de outros povos para quem uma palhaçada destas é, não só perfeitamente normal, mas indumentária indispensável e no limite do decente para alguém do sexo feminino mergulhar nas águas do oceano ou de uma piscina. E, ao contrário do que se possa pensar, tal nem sequer visa proteger a criatura assim vestida dos raios solares e evitar os malefícios que estes provocam à pele. Pretende-se apenas esconder o corpo dos olhares dos outros frequentadores. Inteligente, sem dúvida, e por demais revelador dos valores de uma civilização e dos seguidores de uma ideologia politica a que teimam em chamar religião.
Não é por mal, mas perante coisas destas dá mesmo vontade de discriminar…E também de perguntar o que pensam disto o SOS Racismo, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista, as feministas, o Clube dos Direitos Humanos e outros defensores de causas parvas e totalmente desprezíveis.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O burro intelectual

A reorganização administrativa do país é um tema que seguramente estará em cima da mesa na próxima legislatura. Se em relativamente à regionalização tenho hoje mais dúvidas do que quando do referendo onde esta opção foi rejeitada pelos portugueses, já quanto à redefinição do quadro autárquico não hesito em concordar com a urgência da sua reformulação.
A este propósito surgiram já algumas ideias. Umas mais viáveis outras menos, muitas absolutamente delirantes e umas quantas apenas parvas. Vindas, estas últimas, de verdadeiros bichinhos do betão para quem o país se resume a dois círculos imaginários de reduzido diâmetro traçados a partir do Terreiro do Paço e da Avenida dos Aliados. Um destes visionários defendia há poucos dias no blogue de que é co-autor e que constitui uma referência na blogosfera lusitana, a extinção dos municípios com menos de vinte cinco mil eleitores ou área inferior a duzentos e cinquenta quilómetros quadrados.
Para quem está sentado a uma secretária com um computador à frente, esta até pode parecer mais uma das muitas ideias brilhantes que diariamente lhe passam pela mente. Desconhecerá o iluminado idiota que, na prática, isso traduzir-se-ia por exemplo, na extinção dos concelhos de Borba e Vila Viçosa e na manutenção do Alandroal como Município. Ou, no Distrito de Portalegre, a continuação do concelho de Arronches e o fim do de Campo Maior. Mas isso, para ele, não será nada de preocupante. No fim de contas, no seu entender, o interior não passa de uma reserva de índios cuja manutenção fica caríssima aos contribuintes portugueses.
Obviamente esta é uma reforma que não pode ser adiada por muito mais tempo. Há, contudo, que ter prudência e bom senso nos critérios e no modelo que se pretende implementar, sob pena de esse ser o passo que falta para acabar de vez com o interior do país. Exemplos de outras “reformas” já anteriormente levadas a efeito em diversas áreas ou opiniões daquelas que são capazes de influenciar decisões e que se vão lendo por aí a propósito desta matéria, não auguram nada de bom.