sexta-feira, 25 de setembro de 2009

As ideias parvas de uma certa esquerdalha

Quando leio ou ouço a maioria das propostas eleitorais de uma certa esquerda pós modernaça, evoluída e cheia de conceitos fundamentais e determinantes – seja lá isso o que for – sinto-me meio assarapantado. Um turbilhão de sentimentos contraditórios percorre-me a mente e é com esforço que consigo evitar que sejam revelados nas páginas deste blogue.
Há, de facto, ideias que não lembram a ninguém. Nacionalizar a banca e mais umas quantas empresas ditas estratégicas será uma delas. Principalmente quando nada se diz do que se faria com os milhares de pequenos accionistas que investiram as suas poupanças na compra de títulos das sociedades que pretendem nacionalizar. É que, por mais que custe a alguns que parecem ter um bloco de qualquer matéria no lugar da cabeça, são muitos os trabalhadores, os reformados e os pequenos e médios aforradores que seriam atingidos por uma medida tão escabrosa como a que é proposta.
Os planos poupança reforma são outro alvo da fúria de uma certa esquerdalha. Para essa cambada a poupança fiscal conseguida é vista quase como um crime e o montante com ela conseguido, em lugar de permanecer no bolso dos contribuintes, deveria passar através do Estado para essa malta do rendimento mínimo que certamente saberia muitíssimo melhor como o aplicar. Nomeadamente em droga, que parece ser coisa do agrado da maralha que propõe estas coisas.
Mesmo nas questões mais comezinhas não se coíbem de igualmente explanar as suas teorias. Só para não ficarem calados. Porque se realmente acreditam naquilo que nos querem fazer crer então o caso não terá tanto a ver com a habitual demagogia politica mas antes com um qualquer problema do foro psiquiátrico. É por isso que acho que existem certos candidatos e candidaturas que nem se deviam apresentar às eleições. Não vale a pena. Além de não terem nada de interessante ou sequer coerente para transmitir ao eleitorado, face aos resultados que obtém – com sorte o quarto lugar – nem vale a pena ocuparem um tempo de antena que podia estar ao serviço da população e da massificação do acesso aos meios de comunicação social.

3 comentários:

  1. Foi precisamente por causa dessas propostas no programa eleitoral que o Louçã levou uma tareia do Sócrates no debate que tiveram frente-a-frente.
    Aposto que a maioria do pessoal que vota neste tipo de esquerda (CDU incluída) nem faz ideia do que estes partidos fariam se chegassem ao poder.

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  2. Não haja dúvida que o "ambiente" é 1 tema actual, mundial e agora aproveitado por arrasto às "campanhas" eleitorais apelando aos "Verdes", "Ambientalistas e a todos os reciladores do mundo...
    É pobre este pensamento e esta utilização!
    Mas de certa maneira já está a ser enviado para o lugar certo: LIXO!
    MFCC

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  3. E eu acrescento: Louçã e Jerónimo criticam com veemência os lucros da banca, etc.
    É fácil esta politica do bota-a-baixo.
    A conclusão a que chego é que eles queria quer os bancos fossem todos á falência como nos EUA que lá vão quase 100, ou que tivessem resultados negativos.
    Não seria mais interessante terem uma politica positivista? Que tal se incentivassem as empresas a adoptar as estratégias da banca? Trabalharem mais e melhor para alterar os resultados.
    Será que ter lucros é errado?
    Manuel Costa

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