sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Muito fraquinho ao nível da corência

Durante meses mutualizar a divida do país era uma ideia da qual apenas uns poucos parvos – entre os quais me continuo a incluir – se atreviam a discordar. Mas isso sou eu, que não consigo ser solidário com quem esturrou o dinheiro que não tinha e que no fim acha ser obrigação dos outros contribuir para o pagamento da conta.
Ora, quando o governo resolveu fazer a mutualização da divida autárquica, em lugar de um generalizado aplauso está a ser alvo de ásperas criticas. Nomeadamente daqueles que defendiam idêntica solução para o país. Ou seja. A Alemanha pagar a divida portuguesa era uma coisa boa. Sintra pagar a divida do Alandroal é uma coisa má.
Por mim, reitero, sou contra toda a espécie de “vaquinha” para saldar contas de maus pagadores, esbanjadores inveterados e malucos diversos. Daí considerar uma aberração que, por exemplo, os munícipes do meu concelho se vejam espoliados de mais de um milhão de euros para pagar o desvario dos outros. E, pior ainda, para que esses outros possam continuar a fazer a mesma vidinha...

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Olha-me este...

Claro que não. Mas então alguém, em seu perfeito juízo, se ia lembrar de acusar um homem que, nos últimos trinta e nove anos, esteve trinta e oito à frente de uma autarquia de ser o responsável pela “falência” da mesma?! Nem sei de onde é que a criatura foi tirar a ideia de que alguém podia pensar numa coisa tão descabida.
Às tantas a responsabilidade ainda há-de ser minha. Mesmo que nem saiba ao certo – nem tão pouco ao incerto – onde fica tão endividada terra. 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

"Meet"?! Falem como deve ser, porra!

Escapa-me a lógica que está associada – sim, porque presumo que alguma deve ter – àquilo que chamam “meet” e que tem estado ultimamente na ordem do dia. Logo a começar pelo nome. Deve ser uma necessidade parva qualquer de usar palavras e expressões estrangeiras que afecta muita gente. Por mim prefiro chamar-lhe ajuntamento. Que, parece-me, é o mais adequado para designar uma quantidade de pessoas juntas.
Ajuntamentos destes há muitos. Gente desocupada, sem nada de útil para fazer e que se junta em locais onde incomodam os outros. Para conviver, dizem. Que, convenhamos, até constitui uma actividade prazenteira. Tal como faziam, ainda há poucos anos, muitos “jovens” da margem sul que combinavam ajuntamentos em piscinas de algumas localidades alentejanas. Faziam. Já não fazem. Foram criadas determinadas condições pelas respectivas autarquias que lhes limitou a vontade de conviver naqueles locais. De um modo inteligente, legal e extremamente simples. É só os gestores de outros espaços seguirem a ideia...

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Especialmente dedicado aos que "compreendem" os porcos jihadistas...



As opiniões veiculadas por alguns portugueses nas caixas de comentários dos jornais online, em blogues e nos locais onde o tema é debatido, enojam-me tanto – talvez mais, até – do que as acções dos fundamentalistas islâmicos. Inacreditavelmente são muitos a defendê-los e não faltam os que demonstram uma profunda compreensão pela sua causa. Há,igualmente, os que percebem a gravidade da coisa mas que, ainda assim, preferem realçar a culpa do ocidente e fazer comparações, geralmente parvas, com outros conflitos.
Aos olhos de muita gente aquelas bestas de duas patas serão assim a modos que uns terroristas fofinhos. Principalmente porque desafiam o poder do mundo ocidental. Coisas de gente de esquerda ou com uns ideais de vida um bocado manhosos. Mas, ironia das ironias, este pagode que tanto os admira são os gajos que os fundamentalistas mais detestam. Um destes dias, quando eles chegarem aos nossos quintais, vão ser os primeiros a perder a cabeça. Literalmente

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Perguntas irrelevantes do dia


A partir de que valor é que aumentar impostos passa a ser inconstitucional? Quando, ao comprar uma coisa o valor pago por ela for inferior ao valor do imposto a que a coisa está sujeita? E aquilo do enriquecimento sem causa, ou lá o que é, não se pode aplicar ao Estado?

domingo, 24 de agosto de 2014

Pois...Isto há que ser sério!


Estas declarações, proferidas por quem alegadamente as proferiu, são capazes de provocar um ataque de riso até ao mais sisudo dos portugueses. Querem ver que não é isso que os socialistas têm andado a fazer?! 

sábado, 23 de agosto de 2014

Inquietações

Será efeito do álcool ou de outra coisa qualquer. Certeza, apenas, que é uma javardice da autoria de uns quantos javardos desocupados em demasia e com dinheiro em excesso na algibeira. Sim, porque se fossem realmente pobres, vitimas da crise ou outra lamechice igualmente em voga, não tinham guito para adquirir o material que lhes permite fazer estes rabiscos. Ou, se tivessem, talvez o utilizassem em algo útil.
Há uns quantos parvos que garantem – sem se rirem quando o dizem, o que é ainda mais estranho – que estas coisas são uma forma de protesto de uma juventude inquieta. Seja lá o que for que signifique esse conceito. Pena é que a inquietude só lhes dê para sujar o que está limpo e não para limpar o que está sujo. Por mim estou como dizia a minha avó. Que, diga-se, era uma sábia senhora: “Estão é com comichão no lombo”. E não há quem lho coce. Lamento eu com uma certa inquietação. 

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A ovelha urbana


Há, que eu já ouvi, quem reclame pela falta de arranjo urbanístico deste espaço situado num bairro residencial da cidade. Que deviam fazer assim, que podiam fazer assado ou que cozido ainda ficava melhor. Por mim, longe de qualquer ironia, pode – e deve – continuar como está. Prefiro deparar-me com esta paisagem bucólica, logo pela manhã, enquanto me desloco para o trabalho. Gosto ainda mais quando, como hoje, é a ovelha negra do rebanho que escolhe aquele recanto para tomar o pequeno almoço. Parques há muitos. Todas as terras, terrinhas e terreolas têm. Agora ovelhas a pastar, nem todas se podem gabar de ter. Ah, pois é...

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Andam nas nuvens...

Essa coisa da chamada lei da “cópia privada” parece-me, assim de repente, um bocadinho parva. Mais ainda porque constato que o pessoal da cultura está ansioso pela sua aprovação. O que não augura nada de bom dado que essa malta costuma viver num mundo à parte onde os unicórnios proliferam, os elefantes são cor-de-rosa, os cheiros estranhos predominam e o dinheiro jorra de rotativas que trabalham sem parar.
Embora admita que o caso pode não ser tão grave como alguns pintam, não me agrada pagar mais uma taxa. Mesmo que pequena – quase insignificante, até – como garantem os defensores de mais este esbulho. Obviamente os direitos dos autores devem ser defendidos. Claro que piratear seja o que for não é um comportamento aceitável. Mas taxar tudo o que possa servir para armazenar dados em nome da cópia privada vai para lá da idiotice.
Como quase sempre acontece quando se aperta com o contribuinte, pode muito bem acontecer que à grande receita esperada se siga uma enorme decepção. Até porque a oferta de espaços de armazenamento virtual é já bastante significativa e a hipótese de os consumidores optarem ainda mais por esta solução, em detrimento dos discos físicos, não é de descurar. E nesse caso sempre quero ver que imposto inventam a seguir...

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

E ainda andam por aí uns parvos a insistir nessa coisa da crise...

Segundo os dados publicados no site da autarquia, a divida do município de Lamego ronda os trinta milhões de euros. Esta câmara, à semelhança de outras igualmente endividadas e incapazes de honrar atempadamente os seus compromissos, recorreu à ajuda do Estado materializada através da adesão ao celebre PAEL. Nada que impeça os empenhados – no progresso da sua terra, entenda-se – autarcas lamecenses de continuar a investir. Contra o nosso bolso, no caso.
O entrudo será, quero acreditar, algo deveras importante por aquelas bandas. Tanto que a autarquia local vai dedicar-lhe um museu. E, como se isso não bastasse, acompanhado de um centro interpretativo da máscara ibérica. Seja lá isso de centro interpretativo e essa coisa da máscara ibérica o que forem. Sabe-se é que tudo isso vai custar-nos cerca de um milhão de euros. E ainda dizem que estamos em crise...
Quem esteja atento aos noticiários sabe que os diversos municípios copiam-se uns aos outros. Seja nas iniciativas ditas culturais ou de animação e nas obras que cada um faz no seu território. Desconfio por isso que, depois do museu do entrudo de Lamego, qualquer dia vamos assistir, noutra terriola qualquer, ao lançamento da primeira pedra do “museu do cabeçudo e centro interpretativo da matrafona”. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Gorduras do Estado. Sebo, talvez.

Os responsáveis de uma câmara municipal, por sinal aqui da região, terão ficado abismados quando descobriram que, entre os documentos de despesa justificativos de uma determinada actividade associativa, subsidiada pelo município, se encontravam facturas de aquisição de bens que nada teriam a ver com a finalidade para que foi atribuído o subsidio. Pensos higiénicos, toalhetes para bebé e frango fresco, entre outros artigos, terão sido alegadamente adquiridos pela associação e pagos com o dinheiro dos contribuintes.
Nada de muito surpreendente, diga-se. Atrevo-me mesmo a imaginar que poderá ser prática mais ou menos corrente um pouco por todo lado. Trata-se de uma actuação condenável mas que, no fundo, serve a todos. A uns porque conquistam votos e garantem a manutenção no poder e a outros porque são oportunistas, mal-formados, vigaristas e estão sempre dispostos a sacar algum. Em proveito próprio ou simplesmente para armarem ao pingarelho.
O dinheiro público desbaratado nestas brincadeiras não é, ao contrário do que muitas vezes se pretende fazer crer, tão pouco quanto isso. O conjunto dos trezentos e oito municípios portugueses tinha em 2012, segundo dados públicos, publicados e disponíveis no site da Direcção-Geral das Autarquias Locais, compromissos registados no valor de 1.055.938.078,01 euros destinados a transferências e subsídios. Mais de mil milhões de euros, portanto. Depois venham para cá esses badamecos das televisões vomitar teorias sobre a necessidade imperiosa de cortar nos vencimentos e pensões...

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Trabalhadores?! Empreendedores no âmbito do gamanço, quando muito.

Não estou a ver bem a coisa. Será problema meu, na certa, mas desde quando é que “arrumador de automóveis” é uma profissão?! Refiro-me, obviamente, aos marginais que andam por aí a extorquir moedas – ou notas, os mais atrevidos – nos parques de estacionamento.
Chamar “posto de trabalho” à actividade desenvolvida por aquela gente parece-me completamente despropositado. E logo o “Correio da manhã” que não tem qualquer espécie de prurido em catalogar como criminoso o mais azarado dos meliantes. O que este pessoal faz é assaltar os automobilistas. Perante a passividade destes e a conivência das autoridades.
Nunca, até hoje, dei dinheiro a estes fulanos. Procuro evitar os locais frequentados por eles e, logo que os topo, procuro outro lugar para estacionar. O mais longe possível. Nem que para isso tenha de andar umas centenas de metros. As poucas vezes que estacionei em território dominado por estes bandidos ou me escapei à abordagem ou simplesmente recusei-me a ser roubado. Tem sido sorte, reconheço, mas até agora nenhum me danificou o carro.
É o nosso medo que alimenta o negócio e faz crescer o número de arrumadores. Se ninguém lhes desse nada, a não ser uma carga de porrada, de certeza que esta actividade criminosa – sim, pois é de um roubo que se trata – não seria tão apelativa. Assim, aquilo é dinheiro fácil. Livre de impostos.

domingo, 17 de agosto de 2014

Isto só lá vai com uma espécie de PREC...

Criar emprego é, nas doutas palavras de António Costa, a solução para o problema da segurança social e da sustentabilidade do sistema de pensões. Não sei se o senhor terá descoberto a solução sozinho mas, a julgar pelo discurso, essa deverá ser uma das bandeiras eleitorais do próximo primeiro ministro e, por ora, candidato a candidato pelo Partido Socialista.
A ideia é capaz de arrebatar alguns seguidores. Muitos mesmo, acredito. Seria, no entanto bom que o homem fosse adiantando como é que pretende concretizar tão miraculosa solução. Da qual, pasme-se, ainda ninguém se tinha lembrado.
Desconfio que o homem vai criar empregos por decreto. Coisa que alguns garantem não ser possível a menos que o patrão seja o Estado. O que não corresponde de todo à verdade. António Costa, quando chegar ao poleiro, pode sempre repristinar uma disposição legal qualquer do tempo do companheiro Vasco que estabelecia como competência dos sindicatos agrícolas determinar o número de trabalhadores que deviam laborar em cada herdade. É só uma questão de adaptar a lei às novas realidades. Por exemplo: Um sindicato chegava a um hipermercado e dizia que para aquilo funcionar em condições seriam necessários o triplo dos colaboradores. E o Belmiro, tal como os lavradores da época, não tinha outro remédio senão contratá-los. E assim sucessivamente em todos os outros sectores. Quem não quisesse? Fácil, nacionalizava-se a empresa. Num ápice todos os problemas do país ficam automaticamente resolvidos. 

sábado, 16 de agosto de 2014

Do ponto de vista do TC o Benfica ganhar os jogos todos deve ser um principio constitucional. Agrada-me.

Desde tempos imemoriais que aqui escrevo contra os cortes nos vencimentos e pensões. Acho mal. Pouco ou nada resolvem e existem muitas alternativas. Basta ver o sitio na Internet onde são publicados os contratos celebrados pelos organismos públicos.
Há, apesar desta minha opinião, algumas questões que me inquietam. Uma delas é o papel do Tribunal Constitucional relativamente a estas questões. Tudo o que implique redução de despesa é, pelos vistos, inconstitucional. Ou, mais espantoso ainda, pode ser constitucional hoje, mas daqui por um ano - a mesmíssima lei - já não é. Assim, convenhamos, é difícil perceber aquela dúzia de homens e mulheres vestidos de negro.
Depois há aquele conceito fantástico, muito enraizado entre nós, que o Estado tem sempre dinheiro. Para os Juízes do Constitucional deve, presumo, ser até um principio consagrado na Constituição da República. O pior é que, embora alguns não saibam, há outra vida para além alem da Constituição. Nomeadamente a daqueles jovens que ganham o salário mínimo – a recibo verde – e têm de pagar, para uma segurança social que não é a deles, cento e vinte e quatro euros e nove cêntimos. Todos os meses. Ficam, liquido, com o fantástico ordenado de trezentos e sessenta euros e noventa e um cêntimos. Estão a adquirir o direito a serem pobres toda a vida. Fica-lhes a satisfação de contribuírem para que outros mantenham os seus direitos há muito adquiridos.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O que se faz a um português quando nasce? Atira-se contra a parede: se colar, vai ser estucador; se cair, vai ser ladrilhador.

Vi hoje muita reacção indignada a propósito de uma análise à maneira como os estrangeiros vêem, nos seus países, os portugueses que para lá emigram. Quase sempre como trabalhadores das obras, os homens, e empregadas de limpeza, as mulheres. Isto para além de outros considerandos pouco abonatórios acerca da inteligência dos portugueses que, nomeadamente no Brasil, outros povos tecem a nosso respeito.
Não sei, sinceramente, por que motivo tanta gente se abespinhou. Como se em Portugal não fosse também assim. E nem me refiro a estereótipos criados em relação aos estrangeiros que por cá habitam. Leiam-se e ouçam-se os disparates que são escritos e ditos acerca dos alentejanos. Muitos, provavelmente, com origem nos bacocos que agora se indignam com os adjectivos usados pelos outros para os rotularem. Não gostam? Aguentem. Eu também não gosto, enquanto alentejano, de ser o protagonista parvo e pouco amigo de trabalhar das anedotas de alentejanos e tenho de aturar as bestas que as contam.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Retirada artística. Que é como quem diz, não há dinheiro não há palhaços

Desconheço em pormenor, pois não me dei ao trabalho de ler as entrevistas que a propósito deram à comunicação social, o que terá levado Fernando Tordo, Rui Veloso e Agata, a emigrar, fazer uma pausa ou abandonar a carreira. Nem, a bem-dizer, me interessa muito. Presumo que poderá ter a ver com a drástica diminuição de rendimentos que, eventualmente, os possa estar a afectar. E que afecta, talvez de forma muito mais dramática, a maioria dos portugueses.
A ser assim, pode dizer-se, é uma boa noticia. Nomeadamente para os contribuintes. Significa que as autarquias – que nos últimos anos têm constituído um verdadeiro maná para os artistas nacionais – ganharam finalmente algum juízo e estarão hoje a esturrar muito menos dinheiro em festarolas. Não era sem tempo. Muitos e muitos milhões depois felizmente alguém começa a pensar em aplicar os escassos recursos disponíveis de forma séria. A pagar dividas, por exemplo.
O que não deixa de ser curioso é a reacção que, a este propósito, muitos vão manifestando. Como se a decisão dos artistas fosse culpa do governo. Também acho que o governo – este e os outros que lá estiveram antes – tem a culpa de quase tudo o que de mal nos está a acontecer. Mas, que diabo, disto?! Até porque nem estou a ver que transtorno é que estes abandonos nos possam causar...O Eusébio também deixou de jogar à bola e o Benfica continuou a ganhar! E, depois, é como diz o outro. Não há dinheiro, não há palhaços. Se as Câmaras não os contratam, vão para a estrada e façam espectáculos por conta própria. Exceptuando os últimos vinte anos, em que quase tudo se oferecia à população, sempre foi assim. 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Deve-se comer muito bem por aqui...até é preciso reservar mesa!



Gosto de piqueniques. A sério que gosto. Ainda que só muito raramente me dedique a essas actividades. O que não suporto mesmo nada são os chicos-espertos que espalham toalhas pelas mesas do parque – seja ele qual for – e depois vão à sua vidinha. Para bem longe do local, quase sempre. Deve ser uma espécie de código que funciona como reserva ou marcação de lugar e que, por mais incrível que pareça, toda a gente parece aceitar. Uma cambada de parvos, uns e outros!

sábado, 9 de agosto de 2014

Estacionamento tuga


Habitualmente a luta é por um lugar ao sol. Por cá, nomeadamente quando chega o Verão, é ao contrário. Procura-se, a todo o custo, um lugar à sombra. Mesmo que isso implique ignorar uma quantas regras de trânsito. Como é o caso deste alegado prevaricador. Deve ter medo de assar o rabo quando voltar para o monte...

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Apoio ao cliente?! Tá bem, tá...


Acontece aos melhores. E a este – que, coitado, nem é desses - também aconteceu. Mas já passou. Perdoei-lhe logo de seguida. O que não perdoo é ter de ligar para um número de telefone manhoso, daqueles começados por 707, para recorrer à assistência em viagem. Uma exploração. Um esbulho, diria. Ou, apenas, a confirmação de que um azar nunca vem só. 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Quando ouço falar em cultura agarro-me logo à carteira...

Há quem goste de dizer que os tempos de crise são também de oportunidades. Talvez sejam. Pelo menos para um empresário da área do espectáculo, nas palavras do próprio, estarão mesmo a ser. O homem, com a concorrência desleal das autarquias muito menos activa, estará a facturar bastante mais do que em anos anteriores. O que, sem dúvida, são boas noticias. Para ele e para os contribuintes.
Nunca percebi o motivo por que as Câmara Municipais entendem que se devem armar em promotoras de espectáculos. Felizmente a tendência está em quebra acentuada mas, ainda assim, há quem persista na ideia. Parva, diga-se. E também claramente intrusiva num campo que devia ser ocupado em exclusivo pela iniciativa privada. Onde, tal como noutros aspectos, o mercado terá de funcionar.
É que isto dançar sem música debaixo de um jacto de água, como vi já lá vão uns anos, pode ser muito bonito e de grande intensidade cultural se o espectáculo for à borla e o município suportar o cachet dos “artistas”. Com entradas pagas, desconfio, é capaz de ser ligeiramente diferente. Assim mais do tipo “os palermas esqueceram-se de ligar a música e isto tinha mais piada se fosse a eleição da miss t-shirt molhada”. 

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Alarves!

Aldeias essas onde ainda se afogam os gatos bebés, onde se bate nos cães só porque sim, onde se alimenta os cães com ossos...”
Encontrei esta alarvidade por aí. Deve, presumo, ter sido escrita por algum auto proclamado defensor dos animais. Uma daquelas criaturas citadinas para quem as pessoas do campo são todas uma cambada de atrasados mentais.
Não sei que aldeias conhece esta besta que anda por aí a consumir o nosso precioso oxigénio. Também não desconfio que método é hoje utilizado para controlar a proliferação de gatos indesejados e se, seja ele qual for, é diferente consoante o gato nasça numa cidade, numa vila ou numa aldeia. Mas, caso seja o mencionado, acho mal. Seria preferível fazer a interrupção da gravidez à gata. Aí, quase de certeza, o urbano depressivo autor da tirada já estaria de acordo. Ou, no mínimo, proporia um referendo.
Ignoro igualmente se a violência contra os animais será maior no campo do que na cidade. Provavelmente não existirão dados que permitam concluir alguma coisa. Contudo, se tivermos a violência doméstica como indicador, a coisa deve andar ela por ela. Por mais que isso custe aos javardolas que se acham muito evoluídos por morarem na cidade. Que, no pequeno cérebro e enorme ego daquela gentinha, significa Lisboa e arredores...
A parte a que achei mais piada, apesar das anteriores também serem jeitosas, foi o regime alimentar que o fulano acha que se pratica nas aldeias e que, diga-se, nada tem de mal. Os meus cães sempre comeram ossos e os meus gatos as espinhas do peixe. Adoravam, nunca tiveram problemas de saúde por causa disso e - a maior parte deles – morreram de velhice.
Este tipo de gente – arrogante, parvo e profundamente ignorante – deve pensar que sempre existiu, desde os tempos imemoriais, ração para animais de companhia. Desconhece que isso é uma invenção relativamente recente e que, mesmo existindo, cinquenta anos as pessoas não tinham dinheiro e as prioridades eram outras. Nomeadamente conseguir comida para os filhos. Depois, se sobrasse, então comiam os animais. Prioridades.

domingo, 3 de agosto de 2014

Geninhos, vocês são os maiores!


Ficamos sempre satisfeitos quando as autoridades competentes o são realmente. Mais ainda quando se trata de pôr fim a actividades criminosas perpetradas por perigosos delinquentes. Foi o caso recente de corajosos soldados da GNR – também, carinhosamente, conhecidos por Geninhos – que detiveram, em flagrante delito, um individuo que se dedicava a apanhar pássaros. Pardais, no caso. Daqueles que há por aí às paletes a destruir colheitas. Mais. Conseguiram até, talvez com o risco da própria vida, salvar um pardal que se encontrava aprisionado nas armalhidas montadas pelo malvado caçador furtivo. Brilhante, sem dúvida. São coisas como esta que me fazem ter orgulho nas nossas forças de segurança. 

sábado, 2 de agosto de 2014

Decidam-se, porra!

Ainda não passaram muitos anos – meia dúzia, talvez – em que se gritava que a culpa da crise era do sistema bancário e dos seus lucros fabulosos. Obscenos, quase. Mudaram os tempos e os imensos ganhos da banca transformaram-se em gigantescos prejuízos. O que, face ao argumentário vigente, faria prever o fim da crise. Mas não. Quando era expectável exactamente o contrário, por os lucros astronómicos da banca terem chegado ao fim, o que aconteceu foi a agudização da crise. Portanto a culpa será sempre da banca. Quando dá lucro é culpada e quando dá prejuízo também.
Acredito que toda a gente bera do mundo escolheu fazer carreira na área financeira. Provavelmente os piores de entre os piores dedicaram-se à banca. Enquanto isso, do lado dos bons, estão todos os outros. Os que vêem a luz, os que foram abençoados pelo dom de verem a verdade que outros não alcançam e que são, em suma, verdadeiros ícones da perfeição.
Ao que se vai sabendo muitos dos que circulam pela alta finança serão, alegadamente, verdadeiros patifes. Mas, desconfio, não estarão sozinhos nisso das alegadas patifarias. É que para negociar, pelo menos, são precisos dois. Seja qual for o negócio. E podem ser muitos. Lícitos, ilícitos e assim-assim. Com muita gente. Até, se calhar, com o cidadão comum que agora anda por aí a vociferar contra aqueles com quem ainda um dia destes negociou...