domingo, 30 de novembro de 2014

Sócrates, Oliveira e Lima. Tudo bons rapazes. Uns gajos porreiros, até.

A conversa em torno do Sócrates já aborrece. Principalmente por haver da parte de quase toda a gente uma estranha comichão relativamente à maneira como o gajo foi detido, ao facto de ter ficado em preventiva, às duvidas acerca daquilo de que será suspeito, ao segredo de justiça alegadamente violado, à desconfiança que se tratará de mais uma cabala e, para muitos, a quase certeza da inocência do homem. Isto para além das inevitáveis menções aos perigos que a democracia estará a correr, às preocupações quanto às interferências da justiça na politica e mais uma porrada de coisas, todas em defesa do prisioneiro 44, que agora não me ocorrem.
Podem, os que assim divagam, estar absolutamente certos. Admito, até, que estejam carregadinhos de razão. Tenho apenas uma dúvida a inquietar-me o espírito. Por que razão não disseram, nem escreveram, o mesmo – ou, pelo menos, algo vagamente parecido – relativamente à detenção de outros políticos?! Um ex-secretário de Estado e um ex-líder parlamentar foram, num passado assim não muito distante, igualmente detidos sem que tenha havido uma expressão de estados de alma, sequer, comparável. E, assim de repente, não são conhecidas do grande público diferenças significativas entre os casos do Sócrates, do Oliveira e Costa ou do Duarte Lima.
Este quase consenso nacional, no que se refere ao tratamento à base de pinças do tema da detenção de José Sócrates, pode ter dois significados: O primeiro, o facto de o homem, pensam eles, ser de esquerda. Logo impoluto. Um ser genial e incapaz de ganancias como as que se soam e que, normalmente, são reservadas à execrável escumalha da direita. O segundo significado pode ter, quiçá, a ver com algo mais complicado. Assim do tipo, como escrevi há dias, com aquela coisa das labaredas a darem cabo das barbas do vizinho. É que quando o gajo do topo vai de cana, nem o fulano que se “engana” a contar as moedas da caixa das esmolas dorme tranquilo...

sábado, 29 de novembro de 2014

Emigrar à procura de um subsidio melhor

O facto de existirem uns quantos portugueses que foram para o Luxemburgo, ou para outros países europeus, viver à pala da generosidade das seguranças sociais respectivas não se me afigura, em nada, condenável. É, afinal, o que fazem outros povos oriundos de muitas outras paragens. Veja-se, por exemplo, o que está a acontecer no Mediterrâneo, diariamente atravessado por centenas de africanos e asiáticos, ansiosos por viver à custa dos fantásticos benefícios proporcionados pelo estado social europeu.
Toda esta gente está, apenas, a aproveitar a ingenuidade de quem criou um sistema que tem permitido, a consecutivas gerações, viver sem necessidade de trabalhar. Como era inevitável a coisa está a tornar-se insustentável e, mais dia menos dia, dará o berro. Só não deu ainda porque acabar com as inúmeras maroscas que contribuem para a sua falência não é politicamente correcto. Lá, tal como cá, é socialmente muito mais aceitável aumentar impostos...
Por isso, antes que a bolha rebente, é aproveitar. Nem sei por que raio a malta do governo não se lembrou deste esquema. Assim como aconselhou os jovens a emigrar podia, também, ter aconselhado os beneficiários do RSI a sair da sua zona e a procurar o conforto dos chorudos subsídios, luxemburgueses. Ficávamos todos a ganhar.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Free Sócrates! Libertem o novo Mandela, pá!

Com maior ou menor índice de jocosidade, as piadolas acerca da prisão do Sócrates são já mais do que muitas. Os momentos de pura diversão, proporcionados mais por protagonistas ridículos do que pela situação em si, têm-se sucedido a uma velocidade vertiginosa e, ou muito me engano, a comédia a puxar à risota ainda vai durar uns dias.
Hoje foi Mário Soares a contribuir para a hilaridade geral. Aquilo teve piada. Tanta que, por breves momentos, me arrependi dos nomes que lhe chamei – e, até, dos que ainda lhe hei-de chamar – quando pretendo estacionar na rua onde o gajo mora e a viatura oficial que lhe é destinada está estacionada “ao atravesso” a ocupar dois lugares de estacionamento em espinha. Isto perante o olhar condescendente – e de profundo aborrecimento, também – do policia que lhe guarda a porta.
Para além do anedotário nacional, a economia pode igualmente sair beneficiada com a detenção do individuo que governou – há quem insista em continuar a achar isso – o país durante sete anos. Para já é o senhor do café do outro lado da rua. Mas, ao fim de semana, se o tempo ajudar aquilo é capaz de animar. Auguro uma espécie de romaria. O que é bom. Nomeadamente para o gajo das castanhas ou para o dinâmico empresário que se lance no mercado das t-shirts. É que, confesso, estou um pouco desapontado por ainda não ter visto ninguém com uma camiseta a dizer “Free Sócrates! Libertem o novo Mandela.” Já foi feito com o Zico e resultou.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Deve ser aquela coisa das barbas do vizinho...

Compreendo muito bem que tantos se sintam incomodados com a prisão de um ex-primeiro-ministro. É natural. Se a justiça chega aos gajos do topo é porque, mais facilmente ainda, pode chegar aos outros. Aos do meio da tabela, digamos assim. E esses, alegadamente, serão mais que muitos. Tenham medo…

Alguém se lembrou do 25 de Novembro de 1975?

Acredito que poucos se terão lembrado da data que hoje se assinala. Um dos dias mais importantes da história recente do país. Outros acontecimentos – deploráveis, por sinal – encarregaram-se de fazer esquecer o dia em que foi travada a marcha forçada para uma nova ditadura. Uma injustiça para todos os que arriscaram o coiro pela nossa liberdade, este esquecimento.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Gratuito?! De borla? À pala?!

Não percebo. Uma autarquia cede, a titulo gratuito, um imóvel sua propriedade – público, portanto – para a realização de uma festa privada?! E pode fazê-lo?! Nomeadamente se a dita festa não constituir, de alguma forma, uma acção de relevante interesse social, cultural ou recreativo para a comunidade local? Nem vou especular acerca da natureza ou proveniência dos convivas mas, assim de repente, tenho algumas reservas que a dita comunidade tivesse algum interesse na realização da tal festa. Que, como foi amplamente noticiado na região, acabou precocemente e de forma quase trágica para alguns intervenientes.
De uma maneira geral – deixando de lado o caso acima – não falta, entre os autarcas nacionais, quem “trabalhe” assim. Pondo e dispondo a belo-prazer do património público como se fosse seu e sem que nos cofres públicos entrem as respectivas contrapartidas. Isto do “fosse seu” é, naturalmente, uma maneira de escrever. Ainda não se constou que nenhum tenha emprestado o próprio quintal ou a garagem para uma festa de ciganos. Nem para outra iniciativa qualquer.

domingo, 23 de novembro de 2014

Estacionamento tuga

Não me apetece escrever nem falar do Sócrates. Já foram produzidas alarvidades suficientes acerca da detenção do sujeito. Tantas que, dissesse ou escrevesse fosse o que fosse, dificilmente conseguiria ser original. E também porque, face àquilo que há anos, alegadamente, correrá por essa Internet fora, seria apenas uma questão de tempo até acontecer o que aconteceu. Deve ter sido por isso que o PNR abriu uma garrafa de champanhe lá para o Campus da Justiça...
Prefiro, hoje, discorrer acerca do estacionamento tuga. Desta vez o protagonismo vai para um profissional do protesto que entendeu por bem estacionar o popó, onde se deslocava a propagandear a realização de mais uma manifestação contra as coisas do costume, no lugar reservados aos deficientes. Deve achar que o pode fazer. Provavelmente por entender que, estando a praticar uma espécie de actividade politica, a policia não o vai incomodar. Com razão, de certo. Já se a paragem se destinasse a carregar um saco de batatas acabado de comprar no mercado era melhor não arriscar.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Eles ladram. São uns ladrões, portanto.

Esta trapalhada da subvenção vitalícia que desde ontem agita o país, está a suscitar, da parte dos defensores da medida, o desenvolvimento das mais inesperadas teses em defesa da opção entretanto retirada. Uma delas, talvez a mais rebuscada, é a de que os políticos merecem esta “atençãozinha” porque “largaram” tudo para se dedicar ao bem comum. O que quererá dizer – interpretação minha – que pelo facto de se terem dedicado à politica terão prejudicado a sua vida pessoal, a sua profissão ou negócio e descurado o seu conforto financeiro.
Se assim é, parece-me, estaremos perante uma análise muito enviesada da coisa. Se quisesse ser populista, demagogo ou evidenciar outro defeito que costumam atribuir a quem diz mal dos políticos, podia argumentar que eles não “largaram” nada. Eventualmente podem é alguns deles ter-se agarrado a qualquer coisita. Embora isso por cá nunca aconteça. Como todos sabemos é costume mais enraizado nalguns países longínquos.
O facto de não existirem ex-titulares de cargos políticos na pobreza também não abona a favor do argumentário evocado para defender a subvenção. Eu não conheço nenhum que depois de sair do cargo esteja pior do que quando entrou. Mas, admito, num dos tais países longínquos é capaz de haver um ou outro.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Assim que ganhou o Costa, a subvenção foi logo reposta...


Por algum motivo que escapa ao meu entendimento há quem insista em considerar que PS e PSD são, no essencial, diferentes um do outro. Faz-me espécie que não percebam que, indiferentemente de quem for o oportunista que os lidere, eles são como irmãos. Daqueles que até se podem esfolar mutuamente mas que, quando chega a hora, protegem a família e tratam do seus.

Isto sim, é que são reivindicações a sério...

Desconheço se o STAL – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local – representa, também, os trabalhadores das autarquias palestinianas. Igualmente não é do meu conhecimento – nem teria de ser, até porque nada tenho a ver com isso - se entre os seus filiados se encontrará um ou outro palestiniano que exerça por cá a actividade de funcionário autárquico. Nada disso impede que me sinta curioso acerca do que levará, a não se verificar nenhuma das condições acima mencionadas, um sindicato português a abraçar uma causa que não é sua, não diz respeito aos trabalhadores que alegadamente representa e que, muito provavelmente, nada diz à esmagadora maioria dos trabalhadores das autarquias. Que, convenhamos têm muitos mais assuntos com que se preocupar e muitas mais razões para se indignarem com o governo. Para exigir que este reconheça a Palestina está lá o PCP. Presumo que, sozinho, seja capaz de o fazer sem necessitar de recorrer aos satélites sindicatos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A lei é um empecilho do caraças.

A propósito das dificuldades em obter os vistos do Tribunal de Contas para contratos alegadamente essenciais ao funcionamento do município que dirige, a senhora presidente de uma das autarquias mais endividadas do país terá declarado, segundo relato de alguma imprensa, que teria de encerrar a Câmara.
Aprecio este tipo de afirmação. A sério. Só terá faltado dizer que atirava a chave ao rio. Ou, melhor, a engolia. É extraordinário que, perante a incapacidade de gerir uma instituição de acordo com as leis do país, se declare peremptoriamente que a solução é fechar a autarquia. A menos que se trate do arrendatário do espaço é óbvio que a criatura não tem legitimidade para fechar seja o que for. Em lugar de alarvidades do género tem é de governar cumprindo a lei e de acordo com os recursos financeiros que dispõe. Se não tiver competência, ou lhe faltar vontade para o fazer, então que se vá embora.
Seria bom que quem governa o país, uma câmara ou a agremiação recreativa lá do bairro, percebesse que está apenas mandatada para gerir algo que não é seu. É de todos. Está no lugar transitoriamente a cumprir uma missão que os seus eleitores lhe confiaram. Só e apenas isso.


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Que recorde fabuloso, daqueles que mais ninguém quer saber a não ser o assessor para os recordes, irá hoje bater o CR?


A selecção de futebol não me entusiasma. E não é só de agora. Nunca entusiasmou por aí além. Não consigo vibrar com aquilo e, a bem dizer, nada naquela equipa – seja a de hoje ou de há dez anos atrás – me puxa ao sentimento. Dou um salto com os golos do glorioso ou do CFE, mas com a equipa da federação não há músculo que se mexa. Nem banha, sequer. Prefiro os jogos da segunda melhor equipa do país. O Benfica B. 

domingo, 16 de novembro de 2014

Gorduras do Estado

Por mais que me esforce – e nesta matéria até me esforço muito – não consigo encontrar uma única justificação racional para as freguesias e municípios recorrerem aos serviços de professores de natação. Nem de nenhuma outra actividade desportiva, diga-se. Isso é coisa que compete aos clubes, associações e demais entidades organizadas da sociedade civil. Mas não. Os autarcas são lá capazes de ficar sossegados a tratar daquilo para que realmente foram eleitos. Fazer concorrência a quem está naturalmente vocacionado para estas práticas e arranjar lugar para os amiguinhos, camaradas ou outros interesseiros que seguram o pau de quatro em quatro anos, é que é bom. Depois, obviamente, vêm as taxas, taxinhas, impostos, cortes nos vencimentos e pensões...Mas, desde que o benemérito seja eleito, isso é coisa que não interessa nada.
Assessoria também é algo que dá sempre jeito. Nomeadamente para fazer coisas. Daquelas que se não fossem feitas ninguém lhes achava a falta. Como, por exemplo, promover actividades inúteis que justifiquem a sua contratação e encontrar formas de financiamento que a sustentem.

sábado, 15 de novembro de 2014

A taxa da vizinha...

O que eu me tenho rido com os comentários dos indefectíveis apoiantes do Costa a propósito das taxinhas que ex-ministro de Sócrates, futuro ex-presidente da câmara de Lisboa, próximo primeiro-ministro e um dia destes o gajo mais detestado por aqueles que agora lhe tecem loas, pretende cobrar a todos os que ousem por os pés no aeroporto ou os costados numa espelunca da capital...
Não contesto que se aplauda a medida. Ele há gostos para tudo, como se sabe. As mesmas opções – ou parecidas – são seguidas em muitos outros locais e, obviamente, não é por isso que o turista deixa de os visitar. Admito que possam existir pessoas que apreciem o facto de serem taxadas por tudo e por nada. Também não me parece mal que possa haver quem nutra especial simpatia por taxas e impostos se estes forem inventados por gajos da sua cor politica e os odeiem se os autores da ideia forem de outro partido. Admitir, admito. Tenho até, como dizia o outro, o maior respeito por todos eles. Mas dão-me vontade de rir, o que é que querem?!

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Eles têm sete vidas, lembram-se?!


Gosto de gatos. Talvez mais, até, do que de cães. Excepto, claro, dos que cagam no meu quintal. Mas mesmo esses ainda os vou tolerando. Não os mato, nem nada. 
Aprecio a personalidade forte destes pequenos felinos, o espírito de independência e a sua capacidade para sobreviverem sem os donos. Talvez por isso não me pareça bem que se alimentem os animais vadios, como farão os moradores da zona onde a foto foi obtida. Os gatos, desde que na plenitude das suas capacidades físicas, não morrem à fome. Alimentá-los assim, além de ilegal e de constituir um perigo para a saúde pública, é matar o seu instinto de sobrevivência.  

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Deve ser uma espécie de cúmulo do egoísmo...

Diz que sete em cada dez famílias europeias não têm filhos. Talvez seja verdade. As pessoas não estão para ter chatices a aturar gaiatos. Pelo contrário, os europeus preferem ser catraios a vida inteira. Uns pirralhos mimados, foi nisso que se tornaram as novas gerações. É muito melhor ter cães, viajar pelo mundo fora ou ter toda a mais recente tralha tecnológica. São opções de vida que vamos pagar caro. Principalmente quem as toma. Se calhar ainda não perceberam que ao não terem filhos não terão quem lhes pague as reformas. Por mim não me importo muito porque, em princípio, terei quem ma pague. Eles.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Possidónios do caraças!


Ao que escreve o JN de hoje, Menezes diz que só tem um quintal no Douro. Ora isto é uma coisa que me apoquenta. A ser verdadeira esta afirmação – e nada me leva a duvidar do ex-autarca de Gaia ou do jornal em questão – é deveras preocupante que alguém, depois de tantos anos a dar o seu melhor em prol das populações do concelho que governou, nada mais tenha de seu do que um quintal. Ainda que no Douro. Nem uma quinta, ao menos. Uma fazenda, vá. Nada, nadinha mesmo para além do quintal. Pobrezito. E ainda há populistas da treta a vociferar contra os rendimentos dos políticos… Um país de possidónios é o que é!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Os novos salteadores

Obviamente que não será por pagar vinte euros em taxas que uma família inglesa, alemã ou angolana deixará de vir passar um fim-de-semana prolongado a Lisboa. Nem essa é, quanto a mim, a questão principal. Chular os turistas, portugueses na sua maioria, não vai ser exclusivo do “Messias” Costa.  Já outros autarcas o fazem com uma imensidão de taxas e taxinhas – impostos, porque não são outra coisa - sobre dormidas e actividades turísticas diversas.
O que está errado é o princípio legislativo que permite este esbulho cujo limite parece ser apenas a prodigiosa imaginação de gastadores compulsivos que, por não saberem fazer mais nada na vida, necessitam da política para se governarem. Começam por taxar quem chega de avião a uma cidade mas, um destes dias, vão fazê-lo a quem chega de barco, comboio ou autocarro. Taxam as dormidas em hotéis mas, num futuro não muito distante, estenderão a cobrança a refeições em restaurantes, cafés e pastelarias. Ameaçam colocar portagens à entradas das cidades mas, mais cedo do que tarde, iremos voltar a pagar uma taxazinha pelo facto de possuirmos uma bicicleta… Não acreditam? Eu também não acreditava que um dia ia pagar imposto sobre os sacos de plástico.

Não sejas uma bosta, vota no Costa!


Gosto das propostas do Costa. A sério. Nomeadamente daquela de acabar com a sobretaxa de IRS. Se bem que a outra de repor os salários e pensões, nos valores anteriores à crise, seja igualmente bastante prazenteira. Falta só aquela de acabar com o horário das quarenta horas. Mas, pronto, o homem não se pode lembrar de tudo ao mesmo tempo e, embora não constando da lista, vai de certeza dar outra vez as trinta e cinco horas à malta. Ah, “ganda” Costa! O candidato de quem o povo gosta. Ainda que não me pareça menos verdade que com o Costa no poder os portugueses vão-se f****. 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Remate kruzado


O Glorioso, para a generalidade dos adeptos rivais e de grande parte dos comentadores desportivos, é sistematicamente beneficiado pelas arbitragens. Na douta opinião daquela rapaziada, toda e qualquer vitória do maior clube do mundo nunca se deve ao facto de ser melhor do que o adversário. Nem de - por vezes também acontece – ser bafejado pela sorte. Ou, vá, a maior parte dos adversários serem fraquinhos. Nada disso. As vitórias do Benfica são sempre, no dizer desse pessoal, obtidas à custa dos favores dos árbitros. Estaria, a haver justiça, para aí na quarta divisão distrital…

sábado, 8 de novembro de 2014

Somos todos muito tolerantes...desde que concordem com as nossas ideias!

Os portugueses, diz-se, são o povo mais simpático do mundo a menos que tenham um volante nas mãos. Ou, acrescento eu, tenham as unhas em cima de um teclado. Em ambos os casos desaparecem todos os sinais de simpatia, some-se a tolerância perante o erro ou a opinião alheia e transfiguram-se em verdadeiras bestas.
É assim, por exemplo, nos blogues. Gente aparentemente normal, de espírito aberto, tolerante, respeitadora da diversidade de opiniões, adepta da multiculturalidade e, em suma, intelectualmente muito avançada, é incapaz de aceitar uma critica ou uma opinião divergente da sua. Não que isso me surpreenda. Ou, ainda menos, me incomode. Pelo contrário. Na maior parte das ocasiões, para não dizer sempre, até me diverte.
Como, por exemplo, no caso do blogueiro – jovem, presumo – que me chamou uns quantos nomes por eu o ter contrariado quando, num post alusivo ao 25 de Abril por ele publicado, garantia que por alturas da Abrilada os miúdos do campo, na sua maioria, iam à escola descalços. Ou, também a propósito da mesma temática, uma senhora que se ofendeu por eu achar, num comentário que fiz a um texto do seu blogue, que em 1974 o facto de as portuguesas não se poderem ausentar do país sem a autorização dos maridos não era, para a generalidade das mulheres, aquilo que mais as preocupava. Vejam lá que me atrevi a sugerir que a guerra colonial era bem capaz de estar uns furos acima na escala das preocupações... Parvoíce minha, estava-se mesmo a ver.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Legalizar o roubo

Diz que uns quantos municípios se preparam para licenciar a actividade de arrumador. Daqueles que alegam zelar pela preservação da integridade das viaturas que estacionam na sua zona de acção caso os automobilistas acedam a dar-lhes a moedinha da praxe. Ou, se não contribuírem, arriscam ver pintura do carrinho devidamente assinalada.
Sabe-se que, regra geral, os cofres municipais estão depauperados. Por norma não resistem à indómita vontade de esturrar dinheiro que afecta quase todos os que enveredam pela carreira de autarca. Tudo, nestes tempos difíceis, para valer para sacar mais algum ao incauto cidadão. Até, pelo vistos, cobrar uns euros pelo licenciamento do roubo.
Espero que, à semelhança do que se faz relativamente a outros assuntos, alguém elabore e divulgue uma lista das localidades onde esta vigarice conta com o beneplácito autárquico. Serão, sem dúvida, terras a evitar.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

E que tal uma licenciatura em canalização? Ou um mestrado em marcenaria, quiçá...

Desconheço se Portugal tem ou não licenciados a mais, como garante a gaja que manda nisto tudo. Só sei que se por acaso necessitar dos serviços de um advogado devo ter pelo menos uma dúzia deles aqui na cidade. O mesmo se aplica a médicos das mais variadas especialidades, arquitectos ou especialistas vários nas mais diversas áreas do conhecimento cientifico. Isto numa cidade que terá, quando muito, oito mil habitantes. Já se por algum infortúnio a canalização, a instalação eléctrica ou a mobília cá de casa sofrerem um dano mais grave, pode ser que, com sorte, consiga encontrar um profissional com a agenda disponível para, num prazo razoável e por especial favor, resolver o meu problema.
Mas isto, reitero, não quer dizer que existam licenciados a mais. Provavelmente haverá é electricistas, canalizadores ou carpinteiros a menos...

A lógica que perspicazes autarcas não percebem


Segundo o INE a cidade de Borba é a segunda mais envelhecida do país. Daí que, em reacção a estes números, o presidente da câmara da vizinha localidade tenha manifestado a sua convicção que a construção de lares de idosos é muito mais necessária do que a construção de escolas. Pode ser uma verdade de La Palisse. Uma tirada, quase, à capitão Obvious. Será isso tudo e mais um par de botas. Mas revela que este autarca sabe em que terra vive. Ao contrário da maioria dos seus pares, que continuam a insistir em construir escolas onde apenas existem velhos.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Os xuxus da crise


Mais agricultura. Mas esta nem é bem da crise. Embora também pudesse ser. Neste caso o agricultor, como facilmente se depreende pela excelência da colheita, não sou eu. Nem a horta onde cresceram foi o meu quintal. O hortelão é o meu pai que na sua imensa sabedoria nestas artes consegue produzir estas maravilhas. E muitas mais que ainda lá estão por colher. A maioria com quatrocentas a seiscentas gramas. No supermercado custam cerca de dois euros o quilo. É, como dizia o outro, fazer a conta...

terça-feira, 4 de novembro de 2014

As batatas da crise


Pouca coisa vai medrando cá pelo quintal. Decididamente a crise também se abateu sobre a agricultura da crise. Apesar de todos os cuidados que foram dispensados ao incipiente projecto de horta, os resultados insistem em não aparecer. Agora foram as batatas. Tubérculos com este aspecto deplorável e pouco digno de um tubérculo. Estou frito. 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

E consequências?! Não há...Estamos em Portugal!!!!!




Foi a investir que chegámos a isto...

Investimento público. Parece ser esta a única solução que o fulano que todos acham vai ser o próximo primeiro ministro tem para apresentar. E que, estranhamente, merece o aplauso de uma imensa faixa de pessoas que, pasme-se, acreditam piamente que aquilo que nos atirou para a crise é o que nos pode tirar dela. Sim, porque hoje só um tolo – e lamentavelmente ainda por aí há muitos, como demonstram as ultimas sondagens – não percebem que foi o investimento público que rebentou com isto tudo.
O país não precisa que o Estado esturre o dinheiro que não tem. Não precisamos de mais estradas, pontes, centros culturais, nem de outras merdas que não servem para nada a não ser elevar os egos e as contas bancárias de quem as promove. Nada disto traz emprego. A não ser a ucranianos e africanos, como muito bem disse Manuela Ferreira Leite. Criatura que, recorde-se, é hoje muito citada quando se comentam decisões governativas.
Do que necessitamos com urgência é de quem saiba gerir o que existe. Que não invente. Que esqueça essa coisa do investimento público, que tenha coragem de meter o investimento privado na linha e, sobretudo, que não queira fazer do país um “tubo de ensaio” para ideias parvas. Mas isso, se calhar, é pedir demasiado. O esclarecido eleitorado português jamais elegeria alguém que apresentasse um programa assim. O pessoal quer é investimento. Depois queixem-se...

domingo, 2 de novembro de 2014

Mas só eu é que tenho de pagar impostos?


Há gente que se indigna por tudo e mais alguma coisa. Parece a história do velho, do rapaz e do burro. Nunca estão satisfeitos. Pela Internet anda meio mundo enfurecido pela fiscalização da Administração tributária realizada a quem vendia flores à porta de um ou outro cemitério. Onde está o mal?! Por mim apenas no facto destas acções, nos cemitérios ou noutro lado qualquer, constituírem a excepção e não a regra... 

sábado, 1 de novembro de 2014

Dia das bruxas?! Isso, ao certo, é o quê?


Ontem à noite andaram uns quantos gaiatos a fazer barulho aqui pela rua. Na altura estranhei. Assim, aparentemente, não me parecia haver motivo para festejar. Ainda pensei que fosse por causa da vitória do Benfica. Ou de outra coisa com um grau de importância quase parecido. Afinal não. Diz que era o dia das bruxas. Nem sei como me fui esquecer desta ancestral tradição portuguesa...

Putas jihadistas

Tenho o maior respeito pelo sofrimento dos pais das moçoilas jihadistas. Compreendo que movam este mundo e o outro para as trazerem de volta. Posso, até, concordar que o seu regresso seja permitido pelas autoridades nacionais. Mas, apesar desta pouco vulgar abertura de espírito, será absolutamente intolerável que o seu eventual retorno ao país não tenha consequências. Para elas, evidentemente. A sua viagem terá de ter como destino a prisão e, de preferência, mantidas longe da restante população prisional. Coisa que se afigura muito pouco provável atendendo à justiça que por cá se pratica.
Ao que se sabe estas jovens foram para aquele fim do mundo – para lá de onde Judas perdeu as botas – de livre vontade. Porque lhes apeteceu. Agora que a coisa, para elas, terá perdido a graça quererão voltar. Os pormenores desta súbita mudança ainda não são publicamente conhecidos – talvez sejam revelados na próxima entrevista do ministro dos negócios estrangeiros ou Marques Mendes os divulgue na SIC – mas seria de todo o interesse que fossem divulgados. Até para desmotivar outras de seguir o mesmo caminho. 

Coisas aparentemente não relacionadas. E sublinho aparentemente.


Não tenho por hábito dissertar sobre assuntos desta natureza, mas o drama que um casal português está a viver no Dubai recorda-me duas coisas. Que o serviço nacional de saúde não é tão mau como insistem em pintá-lo e que, num passado assim não tão distante, um governo socialista pagou a trasladação para Portugal de uns quantos empresários que, em viagem privada, tinham ido ao Brasil dar, portanto, uma volta. Ou mais, que de ir tão longe para dar só uma é manifestamente pouco.