terça-feira, 11 de novembro de 2014

Os novos salteadores

Obviamente que não será por pagar vinte euros em taxas que uma família inglesa, alemã ou angolana deixará de vir passar um fim-de-semana prolongado a Lisboa. Nem essa é, quanto a mim, a questão principal. Chular os turistas, portugueses na sua maioria, não vai ser exclusivo do “Messias” Costa.  Já outros autarcas o fazem com uma imensidão de taxas e taxinhas – impostos, porque não são outra coisa - sobre dormidas e actividades turísticas diversas.
O que está errado é o princípio legislativo que permite este esbulho cujo limite parece ser apenas a prodigiosa imaginação de gastadores compulsivos que, por não saberem fazer mais nada na vida, necessitam da política para se governarem. Começam por taxar quem chega de avião a uma cidade mas, um destes dias, vão fazê-lo a quem chega de barco, comboio ou autocarro. Taxam as dormidas em hotéis mas, num futuro não muito distante, estenderão a cobrança a refeições em restaurantes, cafés e pastelarias. Ameaçam colocar portagens à entradas das cidades mas, mais cedo do que tarde, iremos voltar a pagar uma taxazinha pelo facto de possuirmos uma bicicleta… Não acreditam? Eu também não acreditava que um dia ia pagar imposto sobre os sacos de plástico.

2 comentários:

  1. Claro que já autarquias a cobrarem e só gostaria de saber onde aplicam o dinheiro, na volta é no Tony das Camionetas:):):)

    Essa dos sacos de plástico é de doidos. Mas já imensos "vendedores de tudo" que cobram o saco. Por exemplo nas Farmácias nunca trago o saco ou saquinho, vai tudo para uma sacola que tenho e que toda dobradinha cabe na carteira:):):):)
    É o país que temos...gamam-nos à descarada e no entanto é só burlas e corrupção de milhares de milhões por todo o lado.

    Beijocas

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    1. Mas isto ainda não é nada... Com um novo governo virá aí um novo ciclo de esbanjamento - aquilo a quem eles chamam de politicas de crescimento - que mais tarde seremos novamente chegados a pagar. E se para pagar o ciclo de esbanjamento anterior aumentaram-se brutalmente os impostos e inventaram-se taxas e taxinhas imagine-se o que vais ser preciso para pagar o próximo

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