segunda-feira, 30 de junho de 2014

Uns malvados, esses banqueiros manhosos...

Tenho dificuldade em aceitar que muitos dos que estão hoje mega- endividados sejam pessoas com fraca literacia financeira. Umas vítimas da voracidade do sistema bancário como, quase sempre que se fala nestes assuntos, nos pretendem fazer acreditar. Mas não são nada disso. Antes pelo contrário, sabem-na toda.
A evidência do seu esclarecimento acerca destes assuntos manifesta-se pelo recurso a financiamento junto de instituições financeiras que a generalidade dos cidadãos nem desconfia que existam. Algumas nem sequer fazem publicidade em Portugal. Eu, que não me considero mal informado de todo quanto a estas matérias, nunca ouvi falar de sociedades de crédito que, com inusitada frequência, aparecem a reclamar as dividas deste pagode. Como a AOF4 sarl, por exemplo.
Convenhamos que, para iletrados financeiros, estão muito bem informados quanto às opções de mercado. Um conhecimento, em muitos casos, inversamente proporcional à vontade de pagar.

domingo, 29 de junho de 2014

Estacionamento tuga


Como se não bastassem as horríveis barracas de lata, que vá lá saber-se porquê uns quantos totós insistem em considerar típicas, tornou-se moda recente estacionar nesta zona pedonal. Como se num domingo, na buliçosa cidade de Estremoz, não houvesse lugar para estacionar o chaço. É por estas e por outras que me apetece dizer: Volta “Sandokan”, estás perdoado! 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

De uma ou outra forma será sempre uma espécie de matadouro...


Não gosto de touradas. Por nada de especial. Simplesmente não gosto. Mas detesto muito mais os anti-taurinos. E em relação a esses tenho muitos motivos para os detestar.
A juntar a todos as outras deram-me, por estes dias, mais uma razão para desprezar a actuação dessa gente. Não se cansaram, na época, de manifestar o seu gáudio pela decisão do parlamento catalão de proibir as touradas. Consideraram, até, estarmos perante um avanço civilizacional. Contudo, estranhamente, ninguém os ouve protestar contra a transformação da praça de touros de Barcelona numa mesquita. A maior da Europa, ao que se diz. Nem, provavelmente, encaram isso como um retrocesso da civilização ocidental. O mais certo é nem se importarem.
Vão ver, algumas activistas da causa anti-touradas, sempre tão preocupadas com o que acontece aos bois, até terão alguma compreensão pela forma como os islâmicos tratam as mulheres. Ou, pelo menos, olham para o tema com indiferença. Trata-se de algo que acontece lá longe e, portanto, acharão que não lhes diz respeito. Por enquanto. O pior é que eles estão aí. À nossa porta.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

E depois há crise, pá....


Por altura dos santos populares a sardinha – daquela fresca, acabada de pescar - chegou a ser transaccionada em lota a vinte cinco euros o quilo. Também a congelada atingiu valores dignos de peixe realmente bom. Presumo que esta súbita carestia tenha a ver com a inusitada procura ou a eventual escassez. Mas, seja um ou outro o motivo, isso traduziu-se na venda ao público, nos muitos arraiais populares, a valores médios de um euro e meio a unidade. Ainda assim vendeu-se tudo. O que quererá dizer, mas isso sou eu a especular, que se calhar a crise, a austeridade, a perda de poder de compra e, em suma, a desgraça, não são exactamente o que por aí se pinta...

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Crime, disserem eles. Uns quantos socialistas, no caso.

Numa tirada à “Capitão Obvious”, um grupo de notáveis socialistas, conhecidos pelas criticas que teceram ao governo de José Sócrates, divulgou um manifesto onde consideram que o regresso ao poder dos mesmos que conduziram Portugal para o desastre seria um crime contra a nação portuguesa.
Verdade que o criminoso volta sempre ao local do crime. Tão verdade como a tralha socrática e guterrista estar toda a posicionar-se para o assalto ao pote. Mas, se tal ocorrer como eu acredito que aconteça, os “criminosos” não serão apenas os que regressarem ao poder. Serão todos os que contribuírem para os eleger.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Querem "escala"?! Eu digo-lhes onde podem arranjá-la...

Considero-me um gajo tolerante relativamente ao disparate. Até porque, reconheço, sou um exímio praticante da arte de disparatar. Mas perante opiniões disparatadas de gente que tem a sua própria opinião em grande conta – como se fosse a detentora da verdade e todos os outros uma cambada de parvos – os meus níveis de intolerância disparam para valores que se aproximam perigosamente da vontade de ver o opinador falecer.
Vem isto a propósito de umas quantas criaturas que defendem a extinção dos municípios com reduzido número de habitantes. A quantidade de habitantes, abaixo da qual não se justifica a existência desta unidade administrativa, vai variando de acordo com a forma, mais ou menos radical, que o defensor da ideia olha para o assunto. Dez mil parece ser um número vagamente consensual.
Admito que, num ou noutro caso, até podem ter razão. Haverá, concedo, vários municípios com tão pouca população que podiam perfeitamente ser agregados ao concelho vizinho. Embora a poupança daí resultante fosse meramente residual. Se essa gentinha quisesse poupar à séria tratava era de propor a fusão, por exemplo, do Porto e Gaia, ou Porto e Matosinhos, ou Amadora, Odivelas e Loures, ou Barreiro, Montijo, Seixal e Alcochete ou Cascais, Oeiras e Sintra. Isso é que, sem prejuízo absolutamente nenhum para as respectivas populações, gerava essa coisa da escala ou lá o que é. Lixava era “tachos” como o caraças. O que seria uma chatice. Até para certos opinadores.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Estacionamento tuga


Tuga que se preza estaciona onde muito bem lhe apetece. Incomode ou não os outros. Nem isso do transtorno que possa causar é coisa que suscite no tuga qualquer preocupação. Desde que fique mais perto do local de destino, por ele, tudo bem. Claro que, para manter a boa forma, é gajo para vestir o fato de treino e caminhar sem destino que nem um maluco. Mas isso é quando não tem que ir ali despachar umas sardinhas ou uns coiratos e emborcar umas “mines”. Nesse caso o carrinho fica onde mais dê jeito. Ao tuga, claro. Porque eu, se quiser sair com o meu popó, que me desenrasque!

domingo, 22 de junho de 2014

Carnaval? Verão? Gajas? Humm... hesito.

Reconheço com facilidade a minha ignorância em assuntos carnavalescos. Daí que não consiga entender o conceito de “Carnaval de Verão”. Mas isso, admito, talvez se deva ao fraco entendimento que manifesto em relação a Carnavais de uma maneira geral.
Ainda assim levantei o rabo do sofá e, feito alarve, fui dar uma olhadela ao alegado corso que ontem desfilou pelo Rossio cá do sitio. Com a secreta esperança que desta vez é que havia gajas nuas. Mas não. Nada de moçoilas desnudadas. No meio da escuridão, a minha falta de vista apenas me permitiu descortinar uns vultos fantasmagóricos – pareciam uns pássaros, de tantas penas que ostentavam - com umas vestes, digamos, mais ligeiras. E nem posso garantir que todos eram gajas...

sábado, 21 de junho de 2014

quinta-feira, 19 de junho de 2014

E os juniores, ficam à porta?!

A ideia de um ginásio municipal parece, já de si, suficientemente parva. O negócio dos ginásios é coisa de privados e as autarquias não têm de meter aí o bedelho. A menos que pretendam entrar pelo caminho da concorrência desleal e rebentar com a iniciativa daqueles que procuram fazer pela vida.
Mais parvo que a ideia anterior só criar um ginásio sénior municipal. Destinado apenas, suponho, a uma determinada faixa etária. Pago provavelmente, que isto não há almoços grátis, com o dinheiro de todos. Satisfazer os eleitores é uma coisa muito bonita. Dar graxa aos velhinhos, também. Eles são muitos e se tiverem passeios, almoçaradas, festas e – a iniciativa que faltava – ginásios para tratar do esqueleto, vão ficar muito contentes. E continuar a votar na malta, claro.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Temos homem! Ai temos, temos.

António Costa proclamou ontem que o país não está condenado à austeridade. Há, garante o próximo primeiro ministro, outra via. Aumentar a riqueza. Não sei como é que até agora, tantos e tantos bitaites mandados ao ar sobre a melhor maneira de sair da crise, ainda ninguém se tinha lembrado disso. Lembrou-se ele. Que é, para o caso, o que importa.
Assim de repente não sei ao certo – pior, nem ao incerto – o que significa, no contexto de solução para o actual estado de coisas, isso de aumentar a riqueza. Não sei nem me interessa muito. Mas gosto. Bastante, até. Posso afiançar que estou quase, quase, convencido que a ideia – repito, seja lá o que for que ela represente – está prestes a tornar-me num indefectível apoiante do homem. Essa coisa de me aumentar a riqueza está mesmo a entusiasmar-me, o que é que querem...

terça-feira, 17 de junho de 2014

O rebanho está à espreita


A existência de um saldo de gerência próximo do zero ou de vários milhões, no final de um exercício orçamental, não significa grande coisa acerca do que foi a gestão de um município durante o período em questão. Tanto pode ter sido excelente como péssima. Mas, tratando-se de Rui Rio, inclino-me mais para a primeira hipótese. Embora sem grandes certezas, dado que a maneira como muitas autarquias – e também a do Porto - publicam as contas nos respectivos sites, não permite o acesso fácil e intuitivo às mesmas. Até parece que têm algo a esconder. Ou então sou eu que não tenho jeito para procurar este tipo de informação.
Já a reacção do PS aos números do saldo da gerência da Câmara do Porto - não do “resultado” como aparece na noticia, por que isso é outra coisa – nada tem de surpreendente. Toda a gente conhece a veia gastadora do Partido Socialista. Estamos todos a pagá-la. Mesmo ao nível das autarquias, se alguém tiver dúvidas, basta ver a lista de municípios alegadamente em dificuldades financeiras, recordar quem esteve no poder nos últimos anos nessas câmaras municipais e depressa deixará de acreditar em coincidências.
Não são precisos grandes dotes adivinhatórios para prever qual vai ser o nosso futuro assim que o Costa de Lisboa chegar a primeiro-ministro. O rebanho, que tem andado meio escondido, começa a espreitar. Está ansioso por se chegar à gamela dos milhões e desatar a esturrá-los. Façamos-lhes a vontade. Assim como assim já rebentámos a vida dos nossos filhos, por que não rebentar também com a dos nossos netos?

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Caça ao proprietário. Não devia ser ao incendiário?!

Chegou o calor a sério e, com ele, a época de incêndios. O que suscita, como habitualmente, o costumeiro rol de acusações contra os malvados proprietários que não limpam os seu terrenos. Uns malandros, esses campónios, que deviam ser severamente punidos, garante a malta das cidades.
Ora aí, nisso da punição, é que bate o ponto. Era competências das Câmaras Municipais aplicar a multazinha a quem não procedesse à limpeza dos terrenos de sua propriedade. Era, mas já não é. E deixou de ser porque – diz – nunca ninguém foi multado. Por causa disso – a inoperância municipal - vai agora ser outra entidade qualquer a apresentar a conta a quem não tiver o mato devidamente cortado.
Por mais diligente que a nova autoridade se revele, é capaz de ser problemático encontrar a quem apresentar a multa. Muito me engano eu se, num número astronómico de casos, os proprietários não tiverem já quinado. E, bem assim, os herdeiros. E, às tantas, até os herdeiros dos herdeiros já se lhes juntaram. “Ah, e tal, multa-se a herança”. Pois, Deve ser, deve... Mas, ainda que assim seja, cobrar a “respectiva” é capaz de constituir outra dor de cabeça. O melhor para todos, parece-me, seria nessas circunstâncias o Estado ficar com o terreno. Assim uma espécie de reforma agrária. Era um alivio para os actuais “donos” e passava a andar tudo num “brinquinho”. Era um gosto ver. Aposto.

sábado, 14 de junho de 2014

Coisas aparentemente não relacionadas




Entre este dois acontecimentos decorreram trinta e nove anos. Daí que nada os ligue um ao outro. Nada. A não ser o calor. E terem acontecido no Verão. Ah, e envolver despedimentos e isso. Mas no primeiro caso foi completamente diferente. Estava lá o coiso do nobel, nomeado para chefe daquilo pelo primeiro ministro do melhor governo de todos os tempos. E único verdadeiramente democrático, já ouvi dizer. Portanto foi uma coisa bem feita. 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

A vida de deputado é lixada. A sério.

Ao contrário do que não raras vezes somos levados a acreditar, a vida de deputado não deve ser fácil. Nem estou a pensar nas inúmeras secas que, coitados, têm de aturar aos seus pares mais palradores. Ou, tão pouco, da sua incapacidade de tocar em supostos interesses instalados sem que, como muito bem lembrava um cavalheiro que já terá exercido a função de representante do povo, alguém venha tornar públicos aspectos da vida privada de quem se atrever a afrontá-los.
Estou, quando reconheço a dificuldade do cargo, a lembrar-me das coisas que ninguém – ainda que deputado – devia ter de aturar. Como esta petição, por exemplo, que pretende instituir o “Dia nacional dos sonhos”, esta outra que pretende restringir a realização de obras entre as as dez e as dezassete horas ou, ainda, esta que pretende tornar impenhoráveis os bens de família.
Não sei, assim a bem escrever, por que raio dizemos dos nossos representantes o que Maomé não se atreveu a dizer do toucinho. Afinal eles representam na perfeição um povo sonhador, apreciador do sossego e exímio em encontrar razões para se escapar ao pagamento das dividas que contraiu. 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Encerramento de escolas. Ou como o interesse das crianças não interessa nada.

Quando leio as preocupações que vão sendo manifestadas acerca do encerramento, por falta de alunos, de escolas do ensino básico, não consigo evitar uma gargalhada. Não que o fecho de serviços públicos, nomeadamente no interior do país, constitua motivo para risota. Ou que a desertificação, de que o fechar da escola é apenas uma consequência, me dê vontade de rir. Pelo contrário. São assunto sérios. A gargalhada que solto é de escárnio pela falta de seriedade com que são tratados.
Usa-se, quase sempre, como argumento contra o encerramento das escolas das pequenas localidades do interior a distância que, no futuro, as crianças vão ter de percorrer até à escola mais próxima. Normalmente na sede do concelho. Omite-se - provavelmente porque pensam que somos todos parvos e que toda a gente come o que lhe põem na gamela – que em vários pontos do país, nomeadamente onde existem escolas em risco de encerramento, é feito o transporte escolar em sentido inverso. Isto é, os municípios estarão a transportar alunos residentes nas sedes de concelho para as escolas das aldeias apenas para as manter abertas. Não vou sugerir que quem o faz está a delapidar recursos públicos. Nada disso. Mas já quanto ao argumento do alegado transtorno provocado às criancinhas... sou capaz de o achar um bocado parvo.
Há, depois, outras questões relacionadas com os recursos humanos afectos a esta área. Ao que parece – embora não tenha confirmação e me custe a acreditar na veracidade da coisa – existirão escolas onde serão, entre professores e auxiliares, quase tantos os funcionários como os alunos. Mas isso já será outra história. Quase tão misteriosa como aquela onde se conta que, apesar de já terem encerrado um número imenso de estabelecimentos de ensino, o número de trabalhadores afecto a este sector terá continuado a aumentar. Alegadamente, claro. Se calhar são apenas histórias da carochinha.
Não estou com isto a defender o encerramento de coisa nenhuma. Gostava apenas que se falasse verdade aos eleitores contribuintes portugueses. Manias.



quarta-feira, 11 de junho de 2014

Eleições ou reciclagem?

Acho um piadão à malta que anda por aí a berrar por eleições antecipadas. Aos do PS ainda percebo. Sentem falta dos “lugares” e estão desejosos de voltar a meter a mão no pote. Já quanto aos outros - os cidadãos anónimos que revelam essa vontade seja em manifestações, à mesa do café, nos blogues, no fuçasbook ou nos mais variados espaços onde podem exprimir opinião – tenho, confesso, manifesta dificuldade em perceber esse desejo. Querem eleições para quê? Para se abster violentamente? Para voltar a colocar no poder aqueles que antes era maus, não serviam para governar, que queriam pôr na rua, mas que agora já são bons e que desta vez é que vão governar mesmo, mas mesmo, muito bem? Sim, por que outros, que não os que estiveram lá antes e nos conduziram a esta estratégia, não estou a ver que possam ir para o governo. Os mesmos que já reafirmaram estar orgulhosos do que fizeram antes e que, portanto, irão fazer o mesmo. De novo.
Esta foto foi obtida em Évora. Num dia em que o Sócrates e um batalhão de ministros do seu governo ali se deslocou. Não me recordo se António Costa, aquele que agora parece ser uma espécie de D. Sebastião, fazia ou não parte da comitiva. Tem, portanto, já uns anitos. Mas podia ter sido tirada ontem. E daqui por mais um tempo, após as tão ansiadas eleições, continuará a estar actual. Tão certo como, também nessa altura, não faltar quem continue a reclamar por eleições antecipadas.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Gozar com as doenças dos outros é coisa de gente mal-educada. Pelo menos era, dantes, quando éramos todos umas bestas.


A propósito do desfalecimento do Presidente da República não tardaram a surgir piadolas e frases mais ou menos ordinárias acerca da ocorrência. Apeteceu-me seleccionar uma. Que nem é das piores, diga-se. Mas que ainda assim fica mal a quem a escreve. Militante do partido comunista e, pelo menos era até há pouco tempo, dirigente regional daquela agremiação. Não é verdade senhor ex-presidente da câmara? Ou devo dizer ex-múmia?

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Um país de borboletas

Receio não ter ouvido bem. Algures neste país uma aldeia esteve sem uma estrada que encurtasse em treze quilómetros a distância até à sede do concelho por causa de uma espécie de borboleta?! Ainda sim, agora que finalmente se vai fazer a dita via de comunicação, a mesma apenas vai poder ser utilizada pelos moradores?! E a obra apenas avançou, após anos de vetos por parte de associações ambientalistas, porque se dignaram a ceder com a condição de por lá apenas circularem os residentes na aldeia?!
Está tudo parvo. Só pode. Como é que um país que deposita na mão de alegadas associações de defesa do ambiente a possibilidade de chumbarem a realização de obras que claramente beneficiam as pessoas se pode admirar que um Tribunal chumbe normas que as prejudicam?! Já estou como diz o outro. Há que escolher melhor as pessoas que vão para essas associações ambientalistas. Ou, talvez, mudar a lei. 

domingo, 8 de junho de 2014

Uma chatice isso de pedir factura e dar dinheiro a esses malandros...

Quando ouço, ou leio, alguém a lamentar-se dos impostos elevados que somos obrigados a pagar e, logo a seguir, menosprezar - e mesmo criticar - quem exige a factura nos serviços de restauração, constitui motivo para, de imediato, lhe reconhecer um elevado grau de indigência mental. O beneficio fiscal atribuído por pedir factura com NIF é, de facto, muito limitado. Ainda assim não dá trabalho nenhum a obter ou se paga mais por isso. Nem, sequer, é preciso guardar os papeis.
Para mim, que ainda continuo a ter a noção do valor do dinheiro, um euro é um euro. Duzentos escudos, para os mais desatentos. Foi assim que no ano passado, à conta da minha insistência em pedir factura, paguei menos nove euros e noventa e três cêntimos de IRS. Quase dois contos, portanto. Isto apesar de, confesso com alguma vergonha, apenas ter começado a exigir – literalmente, em alguns sítios – a facturazinha apenas na parte final do ano.

sábado, 7 de junho de 2014

Via canina


A imagem acima foi obtida na suposta ciclovia. Que é como quem diz, zona reservada a quem se desloca de bicicleta na avenida Rainha Santa Isabel. Cá no burgo, para quem não saiba. Ou seja: a quase totalidade dos leitores do Kruzes, porque os de cá preferem o facecoiso. Mas isso, para o caso, não interessa nada. O que importa agora é referir que a alegada ciclovia serve para tudo menos para os ciclistas. Por tudo entenda-se gente a correr, a caminhar, estacionada a conversar ou a passear os cães. E também para gente a olhar embevecida enquanto os seus canitos arreiam o calhau. Já isso das bicicletas que vão pelo passeio ou pelo alcatrão. Mai nada. 

Selfies...


Gosto de selfies. De algumas. De outras nem tanto. Esta, se tivesse de a classificar, classificá-la-ia como inquietante. Não pelo facto de o auto-fotografado ter escolhido um cenário envolvendo um cadáver. Quanto a isso nada de estranho. Está sempre a acontecer as pessoas tirarem selfies em funerais. Agora perturbador, mas perturbador mesmo a sério, é a morta estar de óculos...

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A mutualização da queca. Perdão, da dívida.

Foi hoje aprovado pelo Conselho de Ministros o tal FAM – Fundo de Apoio Municipal – ansiosamente esperado por uns quantos municípios em notórias dificuldades para continuar a fazer a vidinha de sempre. Segundo o comunicado divulgado o O fundo terá uma dotação inicial de 650 milhões de euros, capital que deverá ser realizado pelo Estado e pelos municípios ao longo de cinco anos, a partir de 2015. Garante-se assim a solidariedade entre Estado e municípios e de todos eles entre si”.
Quer isto dizer que todos os portugueses vão ser chamados a pagar as maluqueiras, de toda a espécie, que se andaram por aí a fazer. Mais aquelas que ainda, apesar de não terem um cêntimo furado, insistem em continuar a praticar. Significa, igualmente, que mesmo os municípios bem geridos irão ficar privados de receitas próprias que serão transferidas para aqueles que estariam à beira da falência caso pudessem falir. Na prática o IMI que pagamos pelas nossas casas vai servir para algumas Câmaras, entre outras coisas igualmente parvas, pagarem as quecas que, alegadamente, os autarcas de outros concelhos terão andado a dar pelo país e por esse mundo fora. Bonito! E de constitucionalidade duvidosa, talvez.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

E viva o nosso "Presedente" que nos leva a passear e nos enche a "barreguinha"!


Diz que há por aí uma espécie de crise. Gritam os autarcas que não têm dinheiro e que, mais dia menos dia, não vão conseguir pagar salários. Acusa-se o governo de asfixiar financeiramente as autarquias locais em consequência das sucessivas diminuições das transferências do Orçamento do Estado. Dinheiro, contudo, parece não ser problema quando em causa estão os reformados e os idosos. Atente-se o caso da imagem que acompanha esta publicação. Se necessário for até se freta um autocarro para levar os eleitores a passear. E depois há crise... e há passeios, sardinhas e porco no espeto!

terça-feira, 3 de junho de 2014

Ah, ganda Xico!

Sou pouco dado aos mistérios da fé. Não sei rezar, raramente entro numa igreja e se sou católico é apenas para efeitos estatísticos. No entanto gramo à brava este novo Papa. O Xico. Por muitas razões. Nomeadamente por ter a coragem de ser politicamente incorrecto. E sabe-se o quanto isso é difícil a uma figura pública.
Não vão faltar criticas às declarações que hoje proferiu relativamente à necessidade de os casais terem filhos em lugar de cães e gatos. Nem interpretações manhosas de gente com comportamentos desviantes. Mas, por mais argumentos que se procurem, toda a gente de bom senso reconhecerá facilmente que o homem tem razão. Nem o que disse constitui qualquer espécie de novidade. Até eu estou farto de o dizer!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Na DGES não há nada para fazer?!



Funcionários públicos sem fazerem a ponta de um corno são aos pontapés. Gente inútil que, em lugar de cortes de vencimentos que apanham todos por tabela, devia ser despedida. É o caso de um visitante assíduo deste blogue. Tão assíduo quanto impertinente. A criatura trabalha – bom, trabalha é uma maneira de dizer – na Direcção-Geral do Ensino Superior e passa grande parte do seu dia, em horário de serviço, a visitar e a comentar nos blogues.
Por estranho que possa parecer não são os temas relacionados com a função pública que o preocupam. Nada disso. Para o zeloso funcionário o que importa são as criticas aos donos dos cães. Presumo que seja um deles. Dono, talvez. Porco, quase de certeza.
Palhaços como este vão aparecendo por aqui de vez em quando à procura de protagonismo. Escolheram o gajo errado. Não dou palco a imbecis armados em espertos que pensam que “fazem acontecer”. Seja lá o que for que querem dizer com isso. Claro que este parvo e outros que ciclicamente me visitam são sempre bem-vindos, mas as polémicas em que me envolvo sou eu que as escolho. Portanto, pá, trata mas é de trabalhar e de justificar minimamente o ordenado que os portugueses te pagam!

Finalmente alguém de acordo!

Quando dos primeiros cortes de vencimentos – ainda no tempo do Sócrates, só para recordar os mais esquecidos e os manifestamente eufóricos com a perspectiva do regresso dos socialistas ao poder – argumentei vezes sem conta que o produto liquido das reduções salariais seria meramente residual. Isto porque, como era óbvio, a menor vencimento corresponderiam menos impostos. Provenientes do consumo e, sobretudo, dos descontos. Daí que, apesar dos cortes, os impostos e os descontos não tenham parado de aumentado. Porque seria?!
Este meu argumento foi, entre os que se dignaram retorquir, quase sem excepção liminarmente recusado. Alguns interlocutores fizeram mesmo questão de mostrar, quase fazendo um desenho, que a minha posição estava profundamente errada. Outros limitaram-se a chamar-me asno. Houve até um brilhante blogueiro - escreve num dos blogues mais lidos da blogosfera nacional - que me alertou para um facto deveras perturbador: “Os funcionários públicos não pagam impostos!”. Proclamou, então, a besta.
A questão dos cortes dos vencimentos na função pública nada tem a ver com o défice, com o equilíbrio orçamental nem com a redução da despesa pública. É, apenas e só, uma questão ideológica. Daí que, tal como argumentei para a redução o inverso também é verdadeiro, a agora decretada reposição salarial em muito pouco vá beneficiar os trabalhadores atingidos pelo roubo. Vai ser como o Benfica do outro ano. Perde-se tudo nos descontos...

domingo, 1 de junho de 2014

O que é que este gajo anda a fumar?!


Eu cá não sou de intrigas mas, ocorreu-me agora se o descalabro financeiro da Câmara de Gaia também será culpa do Tribunal Constitucional. Eu, reitero, não sou de intrigas. Mas não consigo levar a sério um ex-vice presidente daquela autarquia – uma das mais endividadas do país – quando este se pronuncia sobre o rigor das contas públicas. Principalmente quando o faz sem se rir. 

Taxa sobre os animais de companhia em estudo no Parlamento Europeu


Querem uma alternativa ao chumbo do Constitucional? Aqui têm uma. E mais do que justa, parece-me.