sábado, 31 de maio de 2008

Vestidos para inaugurar

Os jovens vestidos de branco, com poses esquisitas que hoje deambulavam entre os frequentadores do mercado semanal não eram, ao contrário do que sugeriam alguns passeantes menos informados acerca da actualidade local, agentes da ASAE disfarçados de jovens vestidos de branco com poses esquisitas a deambular entre os frequentadores do mercado semanal. Afinal eram apenas jovens vestidos de branco com poses esquisitas e faziam parte da animação que envolveu a inauguração da “Casa de Estremoz”, obra que recuperou as antigas instalações da Rodoviária Nacional. E que está uma coisa porreira, pá.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Roulotes

À semelhança do que acontece um pouco por todo o país também em Estremoz se vão vendo as roulotes de comes e bebes que, durante a noite, servem de ponto de reabastecimento aos estômagos mais desaconchegados. Pena que a oferta gastronómica se fique pelos cachorros, hamburgueres e outros inventos recentes da moderna comida de plástico. Uma açorda era capaz de ser coisa para ter saída...

domingo, 25 de maio de 2008

Publicidade

Da apreciação deste placard publicitário a um artesão de Estremoz podemos concluir que o senhor(a) gosta de ratos e, provavelmente, detesta aranhas. Pelo menos a julgar pelo tratamento carinhoso que dedica aos primeiros e a denominação menos amigável que atribui às segundas. Isto caso “aranhões” signifique o marido da aranha, com quem esta vive em união de facto ou simplesmente com quem o aracnídeo fêmea dá umas quecas. É que também nestas coisas do mundo animal há que manter o espírito aberto às novas realidades sociais.

sábado, 24 de maio de 2008

A "barreca"

O que leva um cidadão, não sendo o Kadahfi, a escolher para si e para os seus residir numa barraca? E porque será que não deposita o lixo, que ele próprio faz, no contentor mais próximo, ainda que este fique a 50 metros? Queixa-se o mesmo cidadão da lama no Inverno, dos mosquitos no Verão e das cobras e ratazanas todo ano mas, no muito tempo livre de que dispõe dada a sua condição de reformado ou desempregado, nada faz para melhorar o ambiente do local onde está instalado. Queixa-se igualmente da falta de água e de electricidade que, coitado, se vê forçado a puxar do poste mais próximo. Uma chatice. Apesar de “alguém” pagar a conta da energia eléctrica que abastece o local e de uma torneira debitar, generosa e ininterruptamente, muitos metros cúbicos de água que, obviamente, também “alguém” paga.

Não se sabe se, no interior da aparentemente precária habitação, o cidadão em causa possui ou não jacuzzi, ar condicionado, ou um plasma onde sintonize os canais televisivos que a sua parabólica lhe permite captar. Isso é lá com ele. Mas, a julgar pela viatura topo de gama estacionada nas imediações da “barreca”, é bem capaz de se dar a esses pequenos luxos.

Assim sendo, o que leva um cidadão, não sendo o Kadahfi, a escolher para si e para os seus residir numa barraca? Talvez a tranquilidade e a segurança que o local lhe inspira. Pode ali receber as visitas dos parentes afastados e serão poucos, ou mesmo nenhuns, os abelhudos que vão meter o nariz nos negócios com que vai arredondando o “Rendimento”. Entretanto, muito de vez em quando, vai pedindo uma casinha. Mas bom, mas mesmo, mesmo bom, era arranjarem a estrada. Um carro de cinco mil contos não é para andar naqueles buracos.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Vinte anos depois...

A limpeza e os pequenos arranjos tem, quase sempre, mais significado para os moradores do local onde são feitas do que as grandes obras, por vezes também necessárias, onde se investem recursos muitíssimo mais avultados. O caso presente apenas captou a minha atenção por, ao fim de vinte anos, alguém ter finalmente feito alguma coisa por aquele espaço. Diga-se, no entanto, que não se trata de uma intervenção isolada e que na mesma zona outras acções do mesmo género foram efectuadas nos últimos tempos. O que se saúda.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Blogueadores

Fujo como o diabo da cruz, ou maomé do toucinho, de blogues carregados com toda a espécie de mariquice. Ele são contadores com dados para todos os gostos (desconfio que ainda vão inventar um que nos informe qual é a cor das cuecas dos últimos dez visitantes), templates com florzinhas ou bichinhos de ar apalermado e ainda mais umas quantas inutilidades que podem ir desde uma merda qualquer que transforma o dispositivo apontador vulgarmente conhecido como rato numa abelha, ou coisa ainda pior, até algo que faz uma irritante imitação de uma estação rádio. Tudo com a finalidade suprema de bloquear os computadores daqueles que tiveram a infeliz ideia de os visitar.

E se há coisa que eu não gosto é de ver o computador bloquear. Chateia-me, aborrece-me e dá-me vontade de escrever um post a manifestar a minha indignação.

sábado, 17 de maio de 2008

Visitas na sala

São muitos, parece que cada vez mais e com maior frequência, os caravanistas que escolhem a nossa sala de visitas para aparcar a sua caravana e passar por aqui algum tempo. Nada de mais quanto a isso, nem daí vem qualquer espécie de mal ao mundo ou à cidade. Pode, contudo, fazer-nos concluir que apesar de uma certa malandragem que anda por aí, o centro da cidade ainda é um local seguro para pernoitar. Quantas terras, mesmo de pequena dimensão como a nossa, se podem gabar disso?!

terça-feira, 13 de maio de 2008

O eco-ponto não morde

Consequência, quiçá, da estreita abertura dos eco-pontos ou de qualquer patologia indeterminada, há quem prefira deixar, armado em javardo, os sacos do lixo no chão.

Revela-se igualmente assaz difícil, do interior de uma viatura, introduzir o saco no contentor. Tal habilidade, por alguns tentada, requer um elevado grau de perícia, principalmente se o candidato a Michel Jordan do lançamento de resíduos for o condutor.

Vamos lá ter juizinho e colocar o lixo no sítio certo. Ai, ai, ai....

sábado, 10 de maio de 2008

Prestigiozinho

Num curto espaço de tempo foi este blog por três vezes citado na imprensa local. No Brados do Alentejo, que primeiro citou este post, mais tarde este e, recentemente, no jornal Ecos onde um habitual e conceituado colunista menciona a persistente luta que aqui se tem feito contra a merda de cão.

Nada mau, portanto. Principalmente se tivermos em conta que este é um espaço cinzento, sem graça e que eu próprio não hesitaria em adjectivar como qualquer coisa entre o relativamente idiota e o totalmente desinteressante. No entanto é sempre bom saber que alguém nos lê. Até porque, como dizia o outro (já repararam que o “outro” é o gajo que mais vezes é citado em Portugal?!) um blog sem leitores não passa de um acto de masturbação intelectual.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Conversas na via pública

Sempre me questionei acerca da necessidade de um condutor interromper a marcha para, em plena faixa de rodagem, ficar na conversa com um transeunte seu amigo, conhecido ou com outro grau de afinidade qualquer, impedindo a passagem dos veículos que seguem na sua retaguarda. É algo que me irrita e para que só encontro justificação na má formação cívica, falta de educação e ausência de respeito para com os outros utentes da via pública.

Este tipo de situação sucede em Estremoz a toda a hora. É ver curvas mais ou menos bem delineadas debruçadas para o interior de um automóvel, proeminentes barrigas encostadas à chapa ou, se a conversa se faz a uma distância um pouco maior, bocas e narizes fora dos vidros debitando esganiçados decibéis. Tudo para falar de coisas importantes, presumo.

Em locais como as ruas Brito Capelo e 31 de Janeiro a coisa chega a atingir níveis absurdos. Na primeira porque os comerciantes estão sempre à porta, o que potencia a possibilidade dos automobilistas terem qualquer coisa para lhes dizer e, sendo esta uma rua que apenas permite um sentido de trânsito provoca, no caso de alguém parar, o bloqueio da circulação.

Na 31 de Janeiro assisti hoje ao facto curioso de, em simultâneo e quase lado a lado, dois automobilistas terem tido a súbita necessidade de falar com peões. E, por azar, cada um com um peão diferente o que, obviamente, impediu o normal fluir do trânsito enquanto decorreu a animada conversa. Menos mal que, num dos casos, as curvas não eram más.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A osga

Está oficialmente aberta a caça à osga. Com a chegada dos dias quentes, ou apenas ligeiramente mais quentes, estes irritantes e asquerosos répteis deixam os seus refúgios de inverno e desatam a passear-se pelas paredes. Aparentemente estes bicharocos são inofensivos e, de alguma forma, úteis porque alimentam-se de insectos, nomeadamente mosquitos e melgas, esses sim prejudiciais para o ser humano.

No entanto a presença das osgas provoca um alarido e uma algazarra entre os circunstantes que, fatalmente, só termina com a certeza da morte do pequeno rastejante. Foi o que aconteceu ao primeiro exemplar desta espécie que uma destas noites teve a ousadia de percorrer desajeitadamente as paredes do meu quintal. Para igualar o record do ano passado só faltam quarenta e nove.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Estou indignado!

Desagradam-me as inscrições desta natureza. Principalmente na minha cidade. Desconheço as motivações que podem levar alguém a escrever este tipo de frase numa parede que, não se justificando em qualquer circunstância, ainda menos sentido faz numa cidade relativamente pacifica como é Estremoz onde a comunidade africana se resume a uma dúzia de jovens estudantes da Epral, oriundos de Cabo-Verde, cujo comportamento, relativamente aos que conheço, apenas tenho a elogiar. Enquanto estremocense estou indignado. Não apenas pela frase em si, mas também por ter conterrâneos capazes de a escrever.