segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Unidos pelo pote

Tinha artilhado um post onde apelava ao esclarecimento dos motivos que levam tanta gente a exultar com a vitória de uma coligação de extrema-esquerda, confessa admiradora de assassinos vários e ditadores sanguinários diversos, enquanto meia dúzia de votos em partidos da extrema-direita motivam reacções aparentadas com a histeria.
Tempo perdido, vejo agora. É que, afinal, os extremistas de direita e esquerda coligaram-se. Deve ser o cheiro do poder a unir as suas convicções. Aguardo com expectativa os tempos que se seguem. Mas, ainda que os meus dotes adivinhatórios não sejam nada de especial, já estou a imaginar as - até agora - mais improváveis coligações a governar por essa Europa fora. E, também, por cá. Um governo liderado por Paulo Portas e Catarina Martins afigura-se-me como algo perfeitamente normal...

2 comentários:

  1. Mas que foi uma volta de 360º dada pelo povo grego lá isso foi! Mas não foi na Grécia que tudo começou, basta ler a história! Todos sabemos porque sentimos que austeridade + austeridade + cortes + impostos + taxas e taxinhas...leva à miséria a todos os níveis. Alguém nos perguntou se queriamos aderir à moeda única (já nem falo na entrada da UE)? Como é possível uma moeda ser única em países tão diferentes em tudo ou quase tudo?

    Mas os gregos não brincam em serviço...agora "ao eventual governo que sugeres por cá" é comparar a água com o azeite...descubra as diferenças:):):):)

    Um abraço

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    1. Eu acho que os gregos brincam e muito em serviço...mas, enfim, isso são outras contas.

      Hesito quanto a isso da água e do azeite. Então na Grécia a coligação não é os extremistas de direita e esquerda?! A que sugiro até é mais natural porque, convenhamos, o CDS não é propriamente de extrema-direita e o BE é um partido claramente burguês. Não tão diferentes na sua base, se atentarmos bem...

      Ainda quanto à vitória do Siryza. Se bem entendi a ideia é deixar de pagar a divida mas continuar a pedir emprestado uma vez que a riqueza gerada internamente não chega para a despesa. Grande ideia! Nem sei como é que até agora ainda ninguém se tinha lembrado disso...

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