segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Costa, por que não te calas?!

Se bem que a mudança de governo – dada, há muito, como certa - pouco vá alterar a vida dos portugueses, começo a duvidar que venha realmente a acontecer. O PS não dispara nas intenções de voto, o distanciamento da direcção em relação Sócrates se foi o mais sensato também foi o pior para a mobilização dos socialistas e, por último, de cada vez que António Costa fala a coisa não parece melhorar.
Agora deu-lhe para repescar o tema da regionalização. Que, recorde-se, foi rejeitado em refendo já lá vão uns anitos. É, poucos são os que não vêem, a pior altura para relançar o tema. Para além das escassas vantagens que tal processo traria parece-me que ainda menos seriam os que estariam na disposição de a pagar. Sim, por que regionalizar iria sair-nos muito, mas mesmo muito caro. E, ao contrário do que afirmam os seus defensores, as poupanças existiriam somente no domínio da fantasia.
Regionalizar significa criar mais um enorme número de lugares políticos, de assessoria e de administração. Será um alagar do campo de acção de interesses que todos, uns mais que outros, conhecemos ou, pelo menos, suspeitamos. Daí que, acredito, seja uma medida que desagrada à imensa maioria dos eleitores. Mais um tiro no pé, portanto. 

4 comentários:

  1. Costra sabe o que faz. Goste-se ou não do homem, a verdade é que ele sabe como 'conquistar' à direita.

    Regionalizar não significa, necessariamente, aumentar o número de lugares políticos. É uma questão de descentralizar mais ou menos. De criar ou de ajustar. Será mais por aqui. E Rui Rio concorda.

    Longe de ser um tiro no pé, foi antes um tiro no porta aviões.

    Boa semana, Carpe.

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    1. Não tenho, nem de longe, essa visão cor de rosa da coisa. Regionalizar criar no país mais cinco ou seis "Madeiras". Teríamos uma corrida às nomeações e assistiríamos à criação de mais uns milhares de lugares. É assim que funciona a politica.

      Quanto ao Costa, repõe os feriados e volta às 35 horas para função pública. O resto são tretas eleitorais. Basta ver o caso do Hollande...

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  2. Para mim Costa é mais um que promete tudo e não irá fazer rigorosamente nada. Aliás algumas bacoradas que tem feito na câmara de Lisboa são prova disso.

    A ver vamos e até lá não me doa a cabeça!

    Um abraço

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    1. Costa, o socrático de quem o povo gosta, significa o regresso aos gloriosos anos do esbanjamento de todos os recursos presentes e futuros. E é disso que o pagode parece ter saudade...

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