Hoje
foi dia de greve na função pública. Presumo que a adesão, na
perspectiva dos sindicatos, ronde uns avassaladores cento e dezanove
por cento. Já na óptica do governo os funcionários que hoje
faltaram ao trabalho não foram mais que dois. Ou três, se
entretanto tiver morrido algum que ainda não tenha sido abatido ao
efectivo.
O
habitual, portanto. Embora os hábitos tenham mudado. E muito. As
greves de hoje nada têm a ver com as de outros tempos. Nos anos
seguintes ao vinte cinco do A e até aos anos noventa era
predominantemente no sul, em particular no Alentejo, que os seus
efeitos se faziam sentir. Agora, a julgar pelas noticias, é no
litoral e também a norte que as greves terão uma maior adesão. Por
cá não se dá por nada.
Entretanto
tudo vai continuar como antes. Mário Nogueira vai, daqui a pouco,
dizer coisas a que ninguém liga. Jerónimo de Sousa vai manifestar a
sua solidariedade com a luta heróica dos trabalhadores e, mais uma
vez, exigir a demissão do goverrrrrrrrno. Já António Costa
garantirá que não pode anunciar medidas mas que, quando governar,
vai satisfazer todas as pretensões de toda gente. Deve ser por isso
que os alentejanos já não fazem greve...
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