sexta-feira, 13 de março de 2015

Diz que foi uma espécie de greve

Hoje foi dia de greve na função pública. Presumo que a adesão, na perspectiva dos sindicatos, ronde uns avassaladores cento e dezanove por cento. Já na óptica do governo os funcionários que hoje faltaram ao trabalho não foram mais que dois. Ou três, se entretanto tiver morrido algum que ainda não tenha sido abatido ao efectivo.
O habitual, portanto. Embora os hábitos tenham mudado. E muito. As greves de hoje nada têm a ver com as de outros tempos. Nos anos seguintes ao vinte cinco do A e até aos anos noventa era predominantemente no sul, em particular no Alentejo, que os seus efeitos se faziam sentir. Agora, a julgar pelas noticias, é no litoral e também a norte que as greves terão uma maior adesão. Por cá não se dá por nada.
Entretanto tudo vai continuar como antes. Mário Nogueira vai, daqui a pouco, dizer coisas a que ninguém liga. Jerónimo de Sousa vai manifestar a sua solidariedade com a luta heróica dos trabalhadores e, mais uma vez, exigir a demissão do goverrrrrrrrno. Já António Costa garantirá que não pode anunciar medidas mas que, quando governar, vai satisfazer todas as pretensões de toda gente. Deve ser por isso que os alentejanos já não fazem greve...



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