terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Com um pingo de inveja - e alguma amargura - por não poder fazer o mesmo.


Não partilho da indignação que por aí vai contra a mudança para a Holanda do local onde a empresa proprietária do Pingo Doce passará a pagar impostos. Tenho, até, alguma dificuldade em perceber a causa de tanta irritabilidade. Afinal todos, ou quase, fazemos o mesmo. Cada um à sua escala, claro. O que significa que, ao contrário daquilo que insistem em garantir, o tamanho importa.
Repare-se, por exemplo, nas romarias a Espanha para atestar o deposito do carrinho. Se fossemos tão patriotas como exigimos que seja o merceeiro em causa, tratávamos de abastecer a viatura cá pela terrinha e, consequentemente, pagar bastante mais imposto ao ministro Gaspar. Argumentar-se-à que estas actividades transfronteiriças são absolutamente irrelevantes e não terão impacto digno de registo na cobrança fiscal. Pode ser. Se calhar não passam de uma minúscula gota. Mas fica a intenção. E, quase sempre o lamento que o depósito não tenha uma capacidade maior.

2 comentários:

  1. O problema, vou discordar, não está na fraude legal, mas na legalização da fraude!
    E depois sempre são menos uns troquinhos para distribuir por quem preecisa naquela tão esquecida função do Estado: a fun ção redistributiva!

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  2. O teu título diz tudo o que penso deste descalabro em que nos estão a meter!

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