quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

É malha-los!

Episódios como a apreensão de exemplares de um livro em Braga ou a proibição judicial da exibição de imagens de mulheres nuas no Carnaval de Torres Vedras, em ambos os casos por supostamente serem atentatórias da moral e bons costumes, não são novidade. Assim de repente e sem fazer um grande esforço de memória, recordo-me quando, em pleno cavaquismo, o então Subsecretário de Estado da Cultura, Sousa Lara, resolveu cortar da lista de concorrentes ao Prémio Literário Europeu o romance de José Saramago “Evangelho segundo Jesus Cristo” porque, segundo ele, a obra atacava princípios que têm a ver com o património religioso dos portugueses.
Igualmente os casos que a comunicação social tem relatado envolvendo a DREN e a sua inenarrável directora ou declarações como as do pigmeu político – na sua própria definição – Santos Silva, também não constituem nada de novo na vida social e politica portuguesa. Sem necessidade de recuar a tempos mais antigos, recordem-se as intenções de um certo general que ponderava a hipótese de meter uns quantos cidadãos numa conhecida praça de touros – e não, não era para assistir a nenhuma tourada – ou da estória do despedimento de um segurança, em serviço num hospital público, que pediu a identificação a um conhecido político quando este pretendia visitar o pai fora do horário estabelecido para as visitas.
Nada disto, acho eu, constitui qualquer drama. Antes pelo contrário. São estas coisas que nos proporcionam a ocasião para os malhar. Porque os autores destas traquinices, além de fazerem figuras de parvo e se cobrirem de um ridículo que os acompanhará até ao fim dos seus dias, também levam. Eles que se habituem.

4 comentários:

  1. Eu acho que eles fazem de propósito para a gente ter assunto.

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  2. Deve querer referir-se à DREN e não à sua homóloga alentejana (DREA).
    Não é?

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  3. Tem toda a razão. Obrigado pelo alerta.

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  4. Dizia Santana Lopes (sobre os políticos, para um seu comparsa) "se não falarem bem de nós ao menos que falem mal, se não falarem nada é que é mau sinal"

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