Esta crise, bem como as soluções preconizadas, evidenciam contornos que me são difíceis de entender. Deve ser, penso, problema meu e da minha fraca capacidade para perceber os magos da economia, os génios da ciência politica e os gurus das estratégias anti-crise.
A solução, garantem, é avançar com investimento público. As empresas terão obras para fazer, irão adquirir matéria-prima a outras empresas e – umas e outras – vão gerar ou pelo menos manter postos de trabalho que de outra forma se perderiam. Bem pensado. O problema é que estamos todos endividados. A começar pelo Estado que, ao que se sabe, terá dividas astronómicas às empresas em resultado de obras que ainda não pagou. Ou seja, assim mal comparado, seria como se eu não tendo dinheiro para pagar a minha casa chamasse o mesmo construtor para me construir outra, quando ainda não lhe tinha pago a primeira. A mim, que tal como Jesus Cristo não percebo nada de economia, dá-me assim a ideia que o melhor era capaz de ser pagar as dívidas às empresas e com esse dinheiro elas pagavam aos trabalhadores, aos fornecedores e aos outros credores. Mas isso sou eu que me preocupo em ter as contas em dias. Parvo.
Pois, mas para esses gajos há sempre créditos bancários e fianças. Agora aqui para nós, mesmo que faltem 5 centimos para pagar a conta da mercearia, temos de deixar lá todo para que possamos vir a casa encontrar a tal moeda que teima em se esconder por detrás dos sofás.
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