Outubro é tradicionalmente o mês em que o governo apresenta à nação o Orçamento de Estado para o ano seguinte. Neles são definidas as orientações politicas, económicas e fiscais que regularão a vida dos portugueses nos doze meses seguintes.
Nesta altura é ainda muito cedo para especular acerca do conteúdo da proposta governativa, nomeadamente para saber como conseguirá o executivo de José Sócrates conciliar medidas para combater a crise financeira com iniciativas que visem atenuar o descontentamento dos eleitores e evitem o descalabro do Partido Socialista nos actos eleitorais que decorrerão em 2009.
Deixemos essa análise para outra altura e centremo-nos por agora na forma do Orçamento. Coisa a que poucos tem prestado atenção mas sobre a qual urge reflectir. Como se sabe a sua entrega no parlamento constitui um dos momentos mais altos da actividade parlamentar e normalmente reveste-se de um cerimonial que, anualmente, motiva a curiosidade jornalística e cria alguma expectativa na generalidade dos portugueses. Pelo menos daqueles minimamente informados.
Durante muitos anos a proposta de Orçamento foi entregue em papel na Assembleia da República. Habituámo-nos a ver o Ministro das Finanças, acompanhado do seu séquito, carregando resmas de papel. Depois passou-se para o suporte digital. Disquetes, cd’s e mais recentemente dvd’s todos tiveram a sua época. No ano que passou Teixeira dos Santos fez gala em entregar pessoalmente ao Presidente da Assembleia da República, para posterior distribuição aos deputados, em pen’s. Acredito que este ano, fazendo jus ao choque tecnológico e à elevada apetência para a inovação demonstrada por este executivo, vai haver novidades. Daquelas mesmo à séria. Provavelmente será entregue num pintelho. Zipado.
Adorei o Post...Que oportunidade e que pontaria...Só mesmo vc. se ia lembrar do tema...Incrivel como faz politica com tão requitanda ironia...
ResponderEliminarEXCEPCIONAL!
ResponderEliminar