Disse uma vez um jornalista, em pleno período revolucionário, que “por maior que fosse a fita de um gravador nela não caberia a sabedoria do povo”. Provavelmente teria ouvido expressões como a proferida, um destes dias, por uma velhota que garantia para os microfones e câmaras de televisão que lhe faziam pontaria, que “eles lá no Palramento palram, palram…Só o que sabem é palrar!”
É nestas alturas que sinto uma inveja danada – é feio ter inveja, eu sei, mas não consigo evitar – de não ter jeito para fazer uns trocadalhos do carilho, como o que a idosa senhora proferiu naquele brilhante improviso, e que constituiu o seu momento de glória.
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