A polémica do momento, para lá do Estatuto dos Açores que mais parece uma zanga de comadres entre o Presidente da República e o Partido Socialista, centra-se em torno do anúncio do primeiro-ministro no sentido do valor do salário mínimo nacional para 2009 ser fixado em quatrocentos e cinquenta euros. Este valor foi acordado em concertação social no ano transacto e visa garantir que em 2011 o seu montante seja de quinhentos euros.
As mais recentes reacções a esta proposta não podem deixar de espantar quem segue estas coisas com alguma atenção. Afinal o governo, quase sempre acusado de não cumprir o que promete, pretende apenas pôr em prática aquilo que foi já objecto de acordo entre os diversos parceiros sociais. Estranhamente, são agora alguns desses parceiros que não se mostram interessados em cumprir o que ainda há um ano assinaram.
As entidades patronais, secundadas pela líder do maior partido da oposição, estão desagradadas com o valor adiantado por José Sócrates porque, argumentam, tal porá em causa a sobrevivência de muitas empresas e, garantem, contribuirá para um aumento acentuado do desemprego. Não sei se assim será. Mas se for, o melhor que têm a fazer é mudar a empresa para a China enquanto por lá ainda trabalham por esse valor. Ou, em alternativa, que cortem noutros gastos. Nas idas às putas, por exemplo.
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