Os economistas gostam de dizer que a economia é feita com base nas expectativas. Provavelmente terão razão. E talvez por isso as medidas anunciadas pelo poder, seja central ou autárquico, para ajudar as famílias e as empresas têm, pelo menos para já, o condão de nos deixar expectantes.
Da parte do governo anuncia-se a redução do IRC e o alargamento do 13º mês do subsídio a crianças e jovens a todos os escalões. São, sem dúvida, duas medidas simpáticas. A primeira deixará satisfeitas as empresas que apresentam lucros e a segunda relativamente contentes os pais que em Setembro de 2009 receberão mais uns trocos, coisa que dá sempre jeito e provoca expectativas animadoras, em vésperas de eleições ou do início do ano lectivo.
Não querendo ficar atrás, também o poder local entrou nesta onda solidária para com as empresas e empresários, embora por vezes a coisa assuma dimensões que simpaticamente podíamos classificar de ridículas. Ou demagógicas se formos mauzinhos. Conta-se até o caso de um município que, argumentando com as dificuldades que as empresas estão a sofrer por força da actual conjuntura, terá resolvido isentar as empresas de pagarem a derrama, poupando-lhes assim cerca de setenta ou oitenta mil euros, mas que terá uma divida, quase na totalidade ao sector empresarial, a rondar os vinte milhões de euros… Ou seja, quase o equivalente a duzentos e cinquenta anos de isenção!
A economia real... não é especulativa!
ResponderEliminarÉ de facto engraçado...para não dizer hilariante...ou pensando melhor, talvez ridiculo seja o adjectivo que mais se adequa!!!
ResponderEliminarÉ lamentável o estado em que estão as coisas e o pior é que não se avizinha nenhum Munidal ou Europeu de Futebol para distrair os mais apáticos, que se formos a ver bem devem ser o quê????90% dos portugueses????