Apraz-me constatar que há mais quem pense como eu quanto à forma como deve ser reorganizado o quadro autárquico do país. Se, coisa em que não acredito, essa parte do programa de governo que nos foi mandado cumprir chegar a ser executada. Propunha alguém, ligado ao Partido Socialista e responsável por uma entidade oficial responsável pela gestão territorial, que o caminho a seguir seria o da fusão de municípios, e dava como exemplo o caso de Gaia e Porto que deviam, na sua opinião, constituir apenas um concelho. Já quanto ao interior era de opinião que, a nível concelhio, seria de manter a actual estrutura pois, em seu entender, fundir ou extinguir municípios conduzirá a uma ainda mais acentuada desertificação.
Esta posição coincide exactamente com aquilo que venho escrevendo há anos e, não é para me gabar, mas a única que fará algum sentido. Não sendo totalmente ingénuo sei que tal ideia é absolutamente irrealista e, se extinguir Barrancos ou Monforte ia ser uma chatice, fazer fusões como a proposta seria a “guerra civil”. Temo, por isso, que se por um extraordinário acaso a medida da troika se concretizar e o futuro governo seja mesmo obrigado a mexer na divisão administrativa vigente, a opção recaia, por exemplo, em juntar num só os concelhos de Estremoz, Borba e Vila Viçosa. Tinha, concordarão, a sua piada. Negra, estarão igualmente de acordo.
Pois tens razão e ver vamos no que isto vai dar...se é que...vai dar em alguma coisa!
ResponderEliminarCom os provincianismos bacocos que existem pelo nosso Alentejo ia ser o bom e o bonito...
ResponderEliminarMas repito a minha convicção: há concelhos a mais na região.