Não andarei muito longe da verdade quando penso que, por esta altura, a esmagadora maioria – para não ser peremptório e dizer a totalidade – dos que detém cargos públicos, com poder de decisão, já estarão a engendrar um qualquer esquema manhoso para contornar as medidas anunciadas pelo triunvirato e continuar com a vidinha que sempre fizeram atá agora. “Como é que vamos dar a volta a isto?!” será, tão certo como eu estar a escrever, a pergunta mais repetida perante o conjunto de intenções que nos foi imposto. Para a qual, não duvido, depressa surgirão respostas cada uma mais imaginativa do que a outra.
Já escrevi noutra ocasião que o pessoal do FMI e respectivos comparsas, não sabe com quem se meteu. Atrevem-se, coitados, a pensar que nos metem na ordem com um cardápio de regras que, supostamente, devemos seguir na sua ausência. Assim uma espécie de trabalho de casa. Um rol de ideias, espalhado por trinta e quatro longas páginas, que o mais atento dos nossos responsáveis políticos lerá na diagonal. Após o que, não me devo enganar muito, arrotará, convicto, um sonoro “tá bem abelha, mas quem manda aqui sou eu”. Isto enquanto manda todos esses alarves para uns quantos sítios pouco recomendáveis.
Excepção feita ao aumento de impostos, meia-dúzia de cortes que dependam apenas da aprovação de umas quantas leis mal-amanhadas e deverá ficar por aí o cumprimento do plano que nos tentam impor. Extinguir municípios é coisa que, aposto, não vai acontecer. Muito menos fundações, governos civis, institutos e outros albergues. Com sorte serão extintas uma ou duas dezenas de freguesias, despovoadas e no meio de nenhures. Reforma da justiça, essa, tá-se mesmo a ver que sim...e, finalmente, trazer o endividamento do Estado, regiões autónomas e autarquias locais, para níveis próximos daquilo que recomenda o bom senso e a razoável gestão, é algo mais improvável do que o Sporting ser campeão.
isto é tipo patrão fora, continua a bandalheira.
ResponderEliminarnão concordo com o sporting
Olha que talvez não, porque se assim for, o melhor é fugirmos do país e já em tempos disse as razões!!!
ResponderEliminarPor mim não havia eleições nenhumas, porque agora quem manda é o exterior e assim poupar-se-ia milhões de euros nesta palhaçada de almoços e jantaradas, discursos aparvalhados e ataques constantes.
Em todos os partidos há gente boa e bastante eficiente...que podem e conseguem mudar o rumo do país.
Não sei a tua idade nem pretendo saber, mas quem viveu a crise de 80 a 87, sabe as regras do FMI, agora FMI/UE/BCE e Mário Soares e o seu partido meteram a viola no saco, baixaram as armas e foi tudo cumprido à risca e saímos da crise em 86.
Sócrates é responsável por este descalabro...mas já tinha recebido parte da herança de Cavaco Silva como 1º ministro e o povo ainda vai em cantigas?
O povo quer é bola, e mais bola, andar à purrada por causa da bola, esperar até de madrugada para receber os da bola, mas se pedirem para fazer mais 1 de trabalho ou até ser pontual...aqui del-rei, gastar o que tem e não tem, cartões de crédito aos molhos...e depois logo se verá como se paga. Criaram os filhos em terem tudo e em demasia...e quando lhes dizem NÃO, estes juntam-se a um grupelho e toca a gamar!
Pois é KK estamos lixados com tanta coisa ruim...já nada me espanta porque já passei por coisas idênticas...a ganância política não tem barreiras e a culpa é do POVO que alinha na corrupção e outros "ãos", que está-se nas tintas porque lutar pela verdade dá uma certa dose de trabalho!
e é triste ver partir jovens e um pouco menos-jovens tão mal reconhecidos cá dentro e que lá fora abrem-se todas as portas...porque de facto são bons no que fazem!
e já lá vão 170.000...