É indisfarçável na maioria dos desabafos deixados nas caixas de comentários dos blogues, fóruns e sites onde estas coisas se discutem, uma certa frustração por entre as não medidas ontem anunciadas pelo alegado não constar o despedimento em massa, a redução de vencimento dos funcionários públicos ou, no mínimo, o anúncio que ficariam sem o subsídio de férias e de natal. O argumento para defender esta posição era tão simples quanto básico: “São os meus impostos que pagam o ordenado deles”. A isto pode contrapor-se algo igualmente simples e não menos básico: “É o meu ordenado que mantém o emprego deles”. Ou seja, todos precisamos uns dos outros.
Apesar da azia que possa provocar, num lado, ou da injustificada satisfação que pode causar no outro, não me parece que ninguém saia a ganhar. A inexistência de mais cortes nos vencimentos não se deverá, como sustentam alguns, ao facto do FMI ter aprendido com a Grécia e a Irlanda. As causas mais prováveis talvez se encontrem entre a proximidade das eleições, os baixos salários que por cá se praticam e as alternativas encontradas a obter o mesmo resultado mediante ao recurso a uma forma mais maquilhada.
Seja como for, a comunicação ao país feita ontem à noite pelo alegado tratou-se de mais uma encenação ridícula, despropositada e que dá mais uma vez um sinal completamente errado. Afinal, ficámos a saber, estamos no melhor dos mundos. Perto do paraíso, quase. Por mim fiquei tão optimista e confiante num futuro radioso que senti vontade de agarrar no cartão de crédito e desatar a endividar-me.
Não sou funcionária pública e jamais ficaria contente com o mal dos outros, embora reconheça que existem imensos funcionários públicos que há muito deveriam ter deixado de exercer o seu cargo pelo péssimo desempenho...tal como no privado e durante toda a minha vida de trabalho: não fazias o que te competia, faltavas, ficavas em casa de baixa por dá cá aquela palha...avaliação feita...fora ou ficavas! Não ouvi o discurso do "tótó".
ResponderEliminarA última noticia que li foi que agora o Passos Coelho e Sócrates querem ambos os louveres e beneces deste acordo. Brincamos? eh páaaaaaa sou optimista, acredito que vamos sair desta pessegada porque nada é eterno...mas pelo menos os mais penalizados de tudo serão os maiores, ou seja:
- como governantes os cortes seriam de baixo para cima
- Com a troika, para mim três, é o inverso...bemfeita, embora todos iremos sofrer.
Eu cá acho que a Troika devia tomar medidas e obrigar a Uefa a fazer uma final em Dublin só para o benfica...
ResponderEliminarPois...não sei. Dessas coisas não sei nada. Não desconfio o que se vai passar em Dublin e desconheço quem seja a Uefa. Mas, pelo nome, deve ser uma gaja foleira.
ResponderEliminarEmbora não venha ao caso sempre lhe digo que eu gosto é de golfe, isso sim, é que é um desporto sério.