segunda-feira, 2 de maio de 2011

"Tablets"

Segundo as previsões dos especialistas na matéria, as vendas de tablets em Portugal deverão crescer oitocentos por cento. Por saber que os especialistas revelam uma estranha tendência para não acertar quando fazem palpites acerca das matérias nas quais são especialistas, confesso que fiquei de pé atrás com tão elevadas expectativas. Céptico, digamos. É que, mesmo não conhecendo os números, pareceu-me que isso daria muitos quilos de chocolate por habitante. 
Percebi depois que, lamentavelmente, afinal os tablets – ou as tablets, não sei se aquilo é gaja – não são coisa que se coma. Embora, ao que se me afigura, muita gente se coma por ter uma gigajoga daquelas nas unhas. Sei agora, houve quem tivesse a paciência de me explicar, que se trata de uma categoria de objectos muito úteis para fazer coisas. Algumas, até, importantes. Mas que justificam cada um dos muitos euros pelos quais são postos à venda. 
Apreciadores, como somos, dos prazeres da vida - ter um tablet entre mãos diz que dá muito prazer – é natural que procuremos investir o dinheiro que temos e o que pedimos emprestado em algo que nos dê gozo. Daí que o mercado destas traquitanas em Portugal vá crescer quase três vezes mais do que no resto do mundo. Não admira. Um aparelho destes é mesmo, mesmo, mesmo, o que nos está a fazer mais falta. Face a estes números arrisco-me a concluir que muitos estarão à rasca para ter um. Embora, mas isso sou eu a especular, alguns vão ficar à rasca por o terem.

2 comentários:

  1. Não faço a mínima ideia do que falas, sinceramente! As minhas desculpas, mas irei pesquisar:)

    olhando a foto...pobres fábricas de chocolate abriam falência se todos fossem como eu:):)

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  2. Tem razao, apesar de td, continuamos a ser um país de consumistas. Pessoalmente, nem estou à rasca para ter uma tablet, nem vou ficar por a ter. Há gagets que já sao como os medicamentos, os genericos servem perfeitamente.

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