sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tugas originalidades

Portugal prepara-se para ser um dos poucos países da União Europeia, senão mesmo o único, a transpor uma directiva comunitária que permitirá aos comerciantes cobrar aos clientes uma taxa pela utilização do cartão multibanco no pagamento das compras efectuadas.
Ridícula, idiota, disparatada e perigosa tem sido alguns dos adjectivos mais simpáticos utilizados para qualificar esta opção do governo. Por mim discordo destas criticas e manifesto desde já a minha concordância com tão sábia decisão. Trata-se de uma justíssima medida no âmbito do apoio social aos “desfavorecidos” que têm visto os seus rendimentos, oriundos do produto do roubo de carteiras e outros assaltos, diminuírem drasticamente graças ao dinheiro de plástico – único que os portugueses trazem nas algibeiras – bem como constitui uma importante ajuda no âmbito do combate à crise que atravessa o comércio nacional.
Argumentarão alguns que não será bem assim porque os comerciantes já fazem reflectir no preço final os encargos que tem de suportar com os terminais de pagamento automático. Por isso mesmo é que esta ajuda extra é importante. A todos os títulos. Inclusive o fiscal, porque se mais compras passarem a ser pagas em dinheiro vivo maior será o benefício em termos de impostos a pagar pelo comerciante. O que, reafirmo, é óptimo para a economia nacional e para a promoção da justiça e igualdade social.
Claro que os do costume irão pagar um pouco mais, mas, convenhamos, é por uma boa causa. Ajudar quem mais necessita – tal como fazer compras – faz bem a alguns egos e portanto trata-se tão só de juntar o útil ao agradável. Ladrões, comerciantes e outros desprotegidos agradecem.

10 comentários:

  1. Bem... por este andar vou cada vez menos fazer compras de qualquer tipo.
    Vou reduzir ao mais básico... comprar só com €
    Vou passar a levantar todo e meter... não debaixo do colchão...
    Mas sim, nos seios e assim não vou precisar nem de push-up's nem de plásticas para os aumentar...
    Não vou sustentar mais vadios, nem engordar políticos...(!)
    MFCC

    ResponderEliminar
  2. Achei pertinente este artigo em relação a este post...
    Aqui vai!
    "As pessoas são cifras e cifrões, não há políticos há gestores. A lógica do lucro é insensivel ao sofrimento humano" (Batista Bastos)
    MFCC

    ResponderEliminar
  3. Este Canhoto trocou-me as voltas. Eu estava a ver se arranjava um pouquinho de tempo para escrever sobre isto. Agora, é tarde. Nunca conseguirei ser tão sarcástico...
    Infelizmente, este post está (aliás, como é hábito) bem escrito, pelo que não conseguirei fazer-lhe concorrência.
    Resta-me lavrar aqui o meu solene protesto.

    ResponderEliminar
  4. Só para dizer que Portugal nao é um dos poucos, mas é o unico que ainda nao cobra a taxa de serviço de SIBS, afinal parece que somos todos moradores de resorts, toca a usar e abusar de infra-estruturas, mas os outros que paguem, haja bom senso.....

    ResponderEliminar
  5. Sendo a SIBS uma empresa portuguesa a actuar preferencialmente em Portugal e em apenas mais meia dúzia de paises - Espanha, Malta, Polónia, Angola e Roménia - muito me espanta que esteja a cobrar comissões em TODOS os outros...não tendo lá negócios!!!!! Haja bom senso! E já agora um pouco de inteligência.

    ResponderEliminar
  6. Kanhoto, o que o anónimo estava a dizer é que as diversas instituições existentes nos outros paises e que equivalem á SIBS, em espanha é a VISA e a TeleCard ou uma cena assim já cobram taxas de utilização, de facto é verdade, nós somos o único país da UE em que a utlização dos cartões é gratuita, por isso é que somos o único que vai transpor esta lei...

    ResponderEliminar
  7. Lamento contestar mas em Espanha nunca ninguém me cobrou nenhuma taxa na utilização de qualquer cartão, seja em levantamentos seja em pagamentos de compras. A menos que tal esteja a ocorrer desde há dois ou três meses para cá...

    ResponderEliminar
  8. De certeza ? Já experimentas-te olhar para o teu extracto de conta após fazer um movimento do lado de lá da fronteira ? Olha que é sempre cobrado mais do que o montante exacto pago/levantado nos ATM's ;)

    ResponderEliminar
  9. Obrigado MIB por ter compreendido o que eu quiz dizer, e afinal parece que também esta bem informado, o que neste país onde vivemos estar informado e ter conhecimentos de causa é falta de inteligencia...quanto ao dono do blogue fique sabendo que pouco me importa que nao publique os meus comentarios, mas tal e qual como V.Exa faz, eu também dou sempre a minha opinião, e faço a minha critica

    ResponderEliminar
  10. Com o devido respeito, creio que o MIB e Anónimos associados estão assim, a modos que, "equivacuados".
    O exemplo dado de cobrança de taxas pela utilização do cartão de débito é mal escolhido, porquanto se referem à utilização de uma caixa ATM (Multibanco se quiserem aportuguesar a questão)e de uma consulta internacional pela rede de dados. Nesse caso, há efectivamente cobrança de taxas e, caso não saibam, é o banco português quem as as cobra.
    Aquilo que o Kruzes Canhoto referiu é algo de substancialmente diferente e reporta-se à cobrança de uma taxa pelos comerciantes como compensação dos encargos que as redes VISA, Mastercard e outras similares lhes cobram a eles pela adesão e utilização do serviço.
    Portanto, todo o teor do artigo do KK está integralmente correcto, assim como é perfeitamente justificado o sarcasmo de que faz uso, porque de facto, neste particular, somos originais pelas piores razões. Portugal já tinha sido pioneiro na cobrança de uma taxa de €0,50 nas gasolineiras, valor que nunca paguei em lado nenhum do mundo por onde passei. Agora volta a ser pioneiro pela negativa.
    Confirmo, portanto, a ignorância do MIB e Anónimos associados.

    ResponderEliminar