Costumam ser os pequenos partidos a apresentar as propostas eleitorais mais esquisitas. Até porque, sabem à partida, não terão a responsabilidade de cumprir tudo o que de anormalmente estranho prometerem durante a campanha eleitoral. Causa-me por isso alguma surpresa que seja a candidata do Partido Socialista à Câmara do Porto a prometer dar tripas - o típico e simultaneamente asqueroso prato da cidade – a quem visitar a Invicta caso venha a ser, como não se espera, eleita para a presidência daquela autarquia. A proposta, para além de ridícula, apenas é viável mediante uma interpretação deveras generosa do complicado processo legislativo que rege as autarquias.
A Elisa, que até parece ser simpática e acredito pudesse ser uma boa Presidente se tivesse sido eleita há vinte anos, não goza de grande popularidade entre os eleitores locais. A estratégia de colagem ao velhote badalhoco que preside aos destino do clube que joga no Estádio do Ladrão já provou noutras ocasiões ser errada e afasta mais potenciais votantes do que aqueles que poderá cativar. Estranho é que dentro do PS ninguém perceba que enquanto os seus candidatos tiverem o alto patrocínio do presidente do clube de futebol do Porto nunca ganharão eleições naquela cidade. É, aliás, esse distanciamento que tem dado e continuará a dar sucessivas vitórias a Rui Rio.
Ninguém, pelo menos fora do Porto e do PS, percebe do que estarão à espera os dirigentes locais e nacionais para promoverem de vez o afastamento entre o partido e o dito velhinho. A menos que ambos tenham tanto em comum que uma separação se torne mais difícil do que separar gémeos siameses.
Rui Rio tem todas as condições para assumir o terceiro mandato à frente dos destinos da Câmara Municipal do Porto.
ResponderEliminarVencerá, porque é inconcebível que a sua maior adversária à autarquia tenha já garantido um lugar como eurodeputada em Bruxelas, se eventualmente perder. Na sua cidade, a candidatura socialista associa-se ao clube de futebol mais representativo procurando apoios, fazendo lembrar a vergonhosa intimidade no passado entre a Câmara e o séquito portista. Corajosamente, Rio acabou com este feudo, com a promiscuidade entre a política e o desporto, e, claro, ganhou inimigos, muito deles dissimulados.
Cáustico, incisivo, não se deixando amedrontar, cultivou uma imagem de líder, sendo legítimo apontá-lo como o futuro presidente do partido do seu coração, actualmente moribundo. Com uma carreira política exemplar ao serviço da social democracia arrisca-se a ser o novo rosto de oposição ao Governo, porque a batalha na cidade, contra tudo e todos, está ganha há muito tempo.
http://dylans.blogs.sapopt/
A Elisa Ferreira está apenas a fazer um frete. Senão vejamos:
ResponderEliminarO Sócrates, com o pó que lhe tem, nunca autorizaria a sua candidatura ao Parlamento Europeu, então fez-lhe a proposta: também se candidatar à Câmara do Porto, sabendo de antemão que seria derrotada pelo Rui Rio.
Por outro lado, enquanto o PS estiver debaixo da alçada do "Padrinho", leia-se Pinto da Costa, não ganha a Câmara do Porto...
Compadre Alentejano
"Eles são brancos que se ententam!"
ResponderEliminarEles são políticos que se entendam!
São casamentos ou "uniões-de-facto", por conveniência e à medida da maré política...
Deixa-se às tripas e aos "B's" pelos "V's".
Porque como se diz no Brasil "Time que está a ganhar, não se mexe" e é isso que está a se passar na invicta.
Xau Elisa
MFCC