A iniciativa “Vamos limpar Portugal” está de volta. Aquela em que
uma quantidade de gente se junta para alegremente recolher o lixo que uns
quantos javardolas abandonam nos locais mais inapropriados. Nada de confusões
com a limpeza que uma certa maralha anda, já lá vão uns séculos, a fazer ao
país. Com uma eficiência notável, diga-se. Mas, escrevinhava eu, o pessoal bem-intencionado
que faz agora dois anos andou a recolher o lixo, que outros deliberadamente
espalharam, está de volta e tenciona recolher mais umas toneladas de resíduos de
toda a espécie.
Trata-se, como é fácil constatar de um trabalho inglório. Admito
que os muitos voluntários que no próximo sábado se vão dedicar a esta
actividade o façam imbuídos de um invulgar espírito de cidadania. Incontáveis furos
acima do meu, concedo facilmente. Ou, hipótese não negligenciável, não tem nada
de mais interessante para fazer. Nem menos, talvez. Trata-se, em qualquer dos
casos, de trabalhar para aquecer. Basta atentar como ficaram, pouco tempo
depois, os espaços que foram limpos na anterior edição desta iniciativa.
Criaturas que deviam ter vivido no tempo em que o homem ainda habitava
em cavernas e que, com o seu negligente estilo de vida, provocam autênticas
lixeiras como a que a imagem documenta e que pode ser observada junto às
muralhas da cidade, não merecem que outros sujem as mãos por eles. A menos que
a ideia passe por proporcionar aos que sujaram agradáveis momentos de diversão.
Ver uns quantos papalvos recolher o lixo que eles espalharam deve ser, cálculo,
motivo de divertimento.
O mesmo cenário desolador, no que diz respeito à profusão da mais
variada porcaria, pode ser encontrado
noutros locais. Como as Quintinhas, por exemplo. Embora aí a limpeza, ainda que
de outro género, apresente elevados índices de eficácia. Veja-se a vedação
metálica do terreno contíguo. Foi limpa num ápice…
há 2 anos as pessoas que andaram a limpar a zona que mostra a foto juntou o lixo de maior dimensão ali perto para o carro do lixo depois recolher! O que não não chegou a ser feito (porque segundo alguém disse na altura que "o carro não chegava lá")! No entanto sempre que os "moradores" das quintinhas refilam com um pouco mais de vigor,vai logo uma máquina do município fazer uma limpeza às expensas deste último!
ResponderEliminarDo meu tempo da tropa na casinha dos alivios: "Limpe já o que sujou, não suje o que não limpou".
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