Tirando a parte da cobrança de impostos estar a comprometer as
metas da execução orçamental – só um tolinho é que não percebia a inevitabilidade
da quebra das receitas fiscais – as coisas até não estarão a correr mal ao
governo. Não fora a chatice de ainda não se ter conseguido encontrar uma
maneira de cobrar IRS sobre rendimentos inexistentes, obrigar quem sai do país
a pagar cá os impostos ou fazer com que os mortos não se eximam das suas
responsabilidades fiscais e as contas até apresentariam um equilíbrio assinalável.
Mas, vá lá, nem tudo são más notícias. A emigração, uma das
grandes apostas do governo, continua a apresentar uma acentuada tendência de
crescimento. Os portugueses, principalmente os mais jovens e qualificados, estão
a procurar no estrangeiro o conforto que o seu país não lhes proporciona e, por
esta forma, a contribuir para que uma série de indicadores não apresentem
resultados ainda mais escandalosos. No sentido da miserabilidade, claro.
Mas a cooperação dos portugueses com o seu governo não se fica
apenas por dar de frosques para outras paragens. Muitos resolveram mesmo
falecer. Nas últimas semanas têm vindo a ser batidos todos os recordes daqueles
que foram desta para melhor. A continuar assim não tardarão a fazer-se sentir
os efeitos benéficos desta onda de mortandade. Nomeadamente nas contas da
segurança social, que deixa de pagar reformas e comparticipações às entidades
que cuidavam dos velhotes ou nas despesas com a saúde que toda esta malta já
não faz e que o Estado deixa de suportar.
Será, portanto, motivo para acreditar que os objectivos estarão a
ser cumpridos. O outro que está em França a estudar filosofia – por falar
nisso, como é que um funcionário autárquico arranja dinheiro para viver em
Paris sem trabalhar? - prometeu cento e cinquenta mil empregos e deixou
quinhentos mil desempregados. Este, que lá está agora, mesmo não tendo
prometido nada, é capaz de ser gajo para arranjar meio milhão de novos
emigrantes e outros tantos mortos. Ou, quem sabe, tornar-se um deles.
Dizes bem quando falas do deserto... este Governo ainda o vai conseguir!!
ResponderEliminarParabéns pelo blog.
ResponderEliminarJá antes, um primeiro ministro de cor laranja, disse que os problemas da Segurança Social se resolveriam com a MORTE dos reformados... Esse indivíduo dá pelo nome de Cavaco Silva...
ResponderEliminarQuanto ao actual é... merda!...
Compadre Alentejano