quarta-feira, 21 de março de 2012

Custe o que custar...


Diz que a execução orçamental, nomeadamente do lado da receita, não está a correr lá muito bem. Nada que constitua motivo para admiração. Excepto, talvez, para uns quantos brilhantes académicos com vasto conhecimento teórico acerca de matérias orçamentais mas profundos desconhecedores de como funcionam as coisas no mundo real. Uns rapazolas, ansiosos por colocar em prática os ensinamentos adquiridos nos bancos da faculdade que chegaram aos corredores do poder vindos directamente da jota. Seja ela laranja, agora, ou rosa antes. Gente que, como dizia o outro, sabe lá o que é a vida. Por mais que nos gabinetes, nos jornais ou nas televisões, se esforce por aparentar o contrário.
Interessa, porém, não esquecer que os resultados divulgados estão ser comparados com o período homólogo de 2011. Que foi, como toda a gente certamente se recordará, marcado por uma execução orçamental espectacular. Isto na opinião dos que faziam campanhas negras porque, na realidade, foi para lá de sublime. Tanto que deu naquilo que se sabe. E que se sente, também.
Obviamente que a coisa ainda vai ficar pior. Muito pior. Nem vai ser preciso chegar ao final do ano para perceber isso. Quando forem divulgados os resultados de Julho perceber-se-á o tamanho da tragédia em que nos metemos. E depois vai ter de acontecer um milagre. Assim tipo tirar mais um mês de ordenado a uns quantos, lançar uma sobretaxa qualquer, inventar mais um imposto ou, talvez, tudo em simultâneo. Por mim legalizava já a prostituição e a droga. Sujeitas, naturalmente, a IVA à taxa máxima e os rendimentos obtidos tributados em IRS. Pelo sim pelo não. Mas isso sou eu que tenho pouco cabelo.

2 comentários:

  1. Ninguém se taxa a si próprio, meu amigo!!!!!!

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  2. Esta malta estudou economia, mas não história.
    Tatcher e Reagan herdaram dois países em recessão e a primeira coisa que fizeram foi baixar impostos e liberalizar a economia. E não é que resultou?
    Mas enfim, Portugal é mesmo um case study.

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