Diz que a execução orçamental, nomeadamente do lado da receita,
não está a correr lá muito bem. Nada que constitua motivo para admiração.
Excepto, talvez, para uns quantos brilhantes académicos com vasto conhecimento
teórico acerca de matérias orçamentais mas profundos desconhecedores de como
funcionam as coisas no mundo real. Uns rapazolas, ansiosos por colocar em
prática os ensinamentos adquiridos nos bancos da faculdade que chegaram aos
corredores do poder vindos directamente da jota. Seja ela laranja, agora, ou
rosa antes. Gente que, como dizia o outro, sabe lá o que é a vida. Por mais que
nos gabinetes, nos jornais ou nas televisões, se esforce por aparentar o
contrário.
Interessa, porém, não esquecer que os resultados divulgados estão
ser comparados com o período homólogo de 2011. Que foi, como toda a gente
certamente se recordará, marcado por uma execução orçamental espectacular. Isto
na opinião dos que faziam campanhas negras porque, na realidade, foi para lá de
sublime. Tanto que deu naquilo que se sabe. E que se sente, também.
Obviamente que a coisa ainda vai ficar pior. Muito pior. Nem vai
ser preciso chegar ao final do ano para perceber isso. Quando forem divulgados
os resultados de Julho perceber-se-á o tamanho da tragédia em que nos metemos. E
depois vai ter de acontecer um milagre. Assim tipo tirar mais um mês de
ordenado a uns quantos, lançar uma sobretaxa qualquer, inventar mais um imposto
ou, talvez, tudo em simultâneo. Por mim legalizava já a prostituição e a droga.
Sujeitas, naturalmente, a IVA à taxa máxima e os rendimentos obtidos tributados
em IRS. Pelo sim pelo não. Mas isso sou eu que tenho pouco cabelo.
Ninguém se taxa a si próprio, meu amigo!!!!!!
ResponderEliminarEsta malta estudou economia, mas não história.
ResponderEliminarTatcher e Reagan herdaram dois países em recessão e a primeira coisa que fizeram foi baixar impostos e liberalizar a economia. E não é que resultou?
Mas enfim, Portugal é mesmo um case study.