Não falta quem ache o ministro da economia um verdadeiro totó.
Talvez seja. Ou então será apenas um académico com pouca noção do que é a vida
real. Um teórico, portanto. Daí que hoje tenha teorizado acerca da forma como
deverão ser, de ora em diante, aplicados os fundos comunitários do QREN. Para
combater o desemprego e gerar riqueza, acha ele, em lugar de servirem para
construir rotundas, acrescentou.
Em tese não se afigura como uma ideia despropositada. É, até, algo
que devia ter acontecido desde que o primeiro euro – ou, à época, outra unidade
monetária qualquer – chegou a Portugal vinda dos cofres europeus. O pior é que
não é disso que o povo gosta. E o povo, pelo menos até que o Otelo promova
outra Abrilada, é que vota e escolhe quem quer ver no poleiro. Por norma aqueles
que fazem mais rotundas e outras obras que não se sabe ao certo para o que
servem.
Esta intenção governativa demonstra que o ministro Álvaro conhece
mal os portugueses. Se o dinheiro não for repartido – coisa em que não acredito
– por inúmeras obras inúteis, bacocas e de rentabilidade rigorosamente nula,
voltará direitinho para Bruxelas sem ser utilizado. O que, diga-se, seria preferível
a esturrá-lo ingloriamente a endividar ainda mais o país. Assim como assim
começo a pensar que, se calhar, a ideia de fazer espectáculos musicais e outras
palhaçadas com financiamento comunitário nem será das piores. Pelo menos sempre
contribui para diminuir o desemprego entre os “artistas”. Ou lá o que lhes queiram
chamar.
Este ministro não conhece de facto a realidade portuguesa, talvez por ter estado tantos anos fora do país, acho-o uma carta fora do baralho.
ResponderEliminarMas espera, estes fundos não passaram para a alçada de Vitor Gaspar?
Na volta ficarão na gaveta, como estiveram os da agricultura, à espera que alguém os desvie sabe-se lá para onde!
"Ou então será apenas um académico com pouca noção do que é a vida real."
ResponderEliminaracho que esta frase "anula" toda e qualquer outra coisa que possa ser dita acerca desse senhor!
Ele que volte para o Canadá pois que cá-na-dá!
ResponderEliminarconsegue a habilidade de ser muito ridículo...
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