Dizer
que as sucessivas greves nos transportes já aborrecem é,
manifestamente, pouco. Pelo menos quando comparado com a ausência de
medidas para combater a situação por parte da tutela. Que é como
quem diz, do governo. Talvez por isso surgiu agora – um destes
dias, não sei ao certo quando – um movimento de utentes do
metropolitano de Lisboa contestando a rebaldaria que se vive no
sector. Nomeadamente o facto de serem os utilizadores os únicos
prejudicados pelas inúmeras greves.
Obviamente
que os grevistas têm todo o direito de protestarem. Principalmente
quando entendam estar em causa aquilo que consideram ser os seus
direitos há muito adquiridos. Tal como os utentes de se manifestarem
contra o fraco – ou inexistente, em caso de greve – serviço pelo
qual pagaram antecipadamente. O governo, por sua vez, tem a obrigação
de assegurar o regular funcionamento da rede de transportes. Se não
está em condições de satisfazer as exigências de uns, nem de
indemnizar os prejuízos de outros, então que obrigue os primeiros a
trabalhar ou que arranje quem o queira fazer.
Não
é que me pareça boa ideia, mas, aproveitando esta onda de simpatia
póstuma para com Hugo Chavez, podiam copiar algumas das suas medidas
enquanto presidente da Venezuela. Como, por exemplo, aquela em que
ele despediu cerca de vinte mil grevistas da companhia de petróleos
lá do sitio. A julgar pela admiração que as redes sociais dedicam
ao falecido, seria coisa para recolher um aplauso quase unânime. E
com melhor resultado do que ir cantar a “Grândola” para as
estações de metro em dia de greve...
... entretanto
ResponderEliminarno Estado do Vaticano
estão todos
não a olhar para os céus
mas para uma chaminé