terça-feira, 12 de março de 2013

Privatize-se, porra!


Dizer que as sucessivas greves nos transportes já aborrecem é, manifestamente, pouco. Pelo menos quando comparado com a ausência de medidas para combater a situação por parte da tutela. Que é como quem diz, do governo. Talvez por isso surgiu agora – um destes dias, não sei ao certo quando – um movimento de utentes do metropolitano de Lisboa contestando a rebaldaria que se vive no sector. Nomeadamente o facto de serem os utilizadores os únicos prejudicados pelas inúmeras greves.
Obviamente que os grevistas têm todo o direito de protestarem. Principalmente quando entendam estar em causa aquilo que consideram ser os seus direitos há muito adquiridos. Tal como os utentes de se manifestarem contra o fraco – ou inexistente, em caso de greve – serviço pelo qual pagaram antecipadamente. O governo, por sua vez, tem a obrigação de assegurar o regular funcionamento da rede de transportes. Se não está em condições de satisfazer as exigências de uns, nem de indemnizar os prejuízos de outros, então que obrigue os primeiros a trabalhar ou que arranje quem o queira fazer.
Não é que me pareça boa ideia, mas, aproveitando esta onda de simpatia póstuma para com Hugo Chavez, podiam copiar algumas das suas medidas enquanto presidente da Venezuela. Como, por exemplo, aquela em que ele despediu cerca de vinte mil grevistas da companhia de petróleos lá do sitio. A julgar pela admiração que as redes sociais dedicam ao falecido, seria coisa para recolher um aplauso quase unânime. E com melhor resultado do que ir cantar a “Grândola” para as estações de metro em dia de greve... 

1 comentário:

  1. ... entretanto
    no Estado do Vaticano

    estão todos
    não a olhar para os céus
    mas para uma chaminé

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