quarta-feira, 20 de março de 2013

De pantanas


Isto de trabalhar para o Estado, ainda que nunca tenha sido grande coisa, já nem sequer é o que era. Os funcionário públicos são, de uma forma geral, mal-vistos e vitimas de uma inveja mal justificada promovida, principalmente nos últimos anos, pelos sucessivos governos. Nisto, tal como em muitas outras coisas, Passos não é diferente de Sócrates. E é bom que disso se tenha memória.
Para os agentes da forças de autoridade os tempos são ainda piores. Ao ódio governamental e aos invejosos dos seus privilégios – sejam lá eles quais forem – soma-se uma estranha doença que, de há uns anos a esta parte, se espalhou de forma pandémica na sociedade portuguesa: O politicamente correcto. De tal forma que hoje o policia ou militar da GNR que tenha o azar de pontapear um porco, sacudir as moscas das trombas de um meliante ou, sequer, tentar salvar a vida a um qualquer maluco que circule de mota sem capacete, está feito ao bife. Lixado, mesmo.
O país está de pantanas. E não é apenas no que diz respeito à economia ou às finanças. No plano moral não está melhor. Quando numa sociedade a palavra de um badameco – ou mesmo de dez badamecos - mais dado aos negócios pouco claros que ao trabalho, vale o mesmo que a palavra de um agente da autoridade é porque está tudo virado do avesso. O pior é que até expressar esta opinião, não tarda, há-de ser proibido.

2 comentários:

  1. Realmente retratas bem a actual situação do país em que é preso por ter cão e por não ter. Subscrevo

    Beijos

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  2. Efectivamente já esteve mais longe a expectativa da proibição da liberdade de expressão...
    Abraço
    Compadre Alentejano

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