terça-feira, 12 de junho de 2012

Taxas, taxas e mais taxas!


Vamos, dentro de pouco tempo, pagar novas taxas e sofrer aumentos significativos das existentes. Garantidas estão já as taxas municipais. Pelo menos para quem elegeu autarcas gastadores. O que, diga-se, me parece uma medida acertadíssima. Sim, porque convenhamos, é justo que quem beneficiou do desenvolvimento proporcionado pelos milhões em divida contribua agora para o seu pagamento. Uma coisa assim a modos que o utilizador pagador mas a posteriori.
Especula-se também quanto à possibilidade de virmos a pagar, na factura do serviço de televisão, uma taxa destinada a financiar o cinema português. Aqui o caso afigura-se-me ligeiramente pior. É que, não sei porquê, fico com a sensação de estar a contribuir, à força, para uma actividade privada que devia subsistir por si própria graças à venda – a mim, por exemplo – dos produtos por ela produzidos e que eu estivesse na disposição de comprar. Não sei onde fui desencantar esta ideia mas, a ser assim, fico a pensar que a receita cobrada mais não servirá do que para sustentar umas quantas pessoas que não sabem ou não querem fazer produtos com a qualidade suficiente para colocar no mercado.
O pior é que isto é capaz de não ficar por aqui. Se financiamos quem anda a fazer fitas provavelmente também iremos financiar os que fazem cenas. A malta do teatro, se a do cinema conseguiu arranjar quem os continue a sustentar, também há-de querer que se arranje uma taxazinha qualquer para eles. E a das cantorias…e do bailado…e da opera…

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