Vamos, dentro de pouco
tempo, pagar novas taxas e sofrer aumentos significativos das existentes. Garantidas
estão já as taxas municipais. Pelo menos para quem elegeu autarcas gastadores. O
que, diga-se, me parece uma medida acertadíssima. Sim, porque convenhamos, é justo
que quem beneficiou do desenvolvimento proporcionado pelos milhões em divida
contribua agora para o seu pagamento. Uma coisa assim a modos que o utilizador
pagador mas a posteriori.
Especula-se também quanto
à possibilidade de virmos a pagar, na factura do serviço de televisão, uma taxa
destinada a financiar o cinema português. Aqui o caso afigura-se-me
ligeiramente pior. É que, não sei porquê, fico com a sensação de estar a
contribuir, à força, para uma actividade privada que devia subsistir por si
própria graças à venda – a mim, por exemplo – dos produtos por ela produzidos e
que eu estivesse na disposição de comprar. Não sei onde fui desencantar esta
ideia mas, a ser assim, fico a pensar que a receita cobrada mais não servirá do
que para sustentar umas quantas pessoas que não sabem ou não querem fazer
produtos com a qualidade suficiente para colocar no mercado.
O pior é que isto é capaz
de não ficar por aqui. Se financiamos quem anda a fazer fitas provavelmente
também iremos financiar os que fazem cenas. A malta do teatro, se a do cinema
conseguiu arranjar quem os continue a sustentar, também há-de querer que se
arranje uma taxazinha qualquer para eles. E a das cantorias…e do bailado…e da
opera…
A sério? SE sim subscrevo inteiramente o que dizes!
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