sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A rentabilidade é uma coisa boa? Depende se nos prejudica ou não...

Compreendo que a prometida revolução no sector dos transportes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto suscite a indignação de muita gente. Nomeadamente dos que serão afectados pelas suas consequências. Ainda assim não é coisa que me inquiete por aí além ou que motive em mim o mais leve sentimento de solidariedade. Afinal são os residentes destas regiões quem, de um modo genérico, menos se apoquentam com as decisões governativas de encerrar serviços - por vezes tão ou mais essenciais do que os transportes - nas regiões do interior. Chegou, digo eu que nisto de ser solidário sou um apreciador da reciprocidade, a altura de também os moradores das duas grandes cidades e seus arrabaldes provarem, ainda que apenas ligeiramente, da receita que há muito é aplicada ao resto do país em nome de algo a que chamam rentabilidade, ou assim.
Não ter transporte público depois das vinte e três horas não constituirá nenhum drama. É tudo uma questão de mudança. De horário, de rotinas ou, até, de residência. O mercado – onde é que eu já ouvi isto – acabará por se ajustar. E, se não estiverem contentes, façam-se à vida e venham morar para o Alentejo, para a Beira ou para Trás-os-Montes. Curioso. Com as devidas adaptações esta sugestão também me soaria vagamente familiar…

3 comentários:

  1. Ora bem... até porque a qualidade de vida está no interior para onde eu tanto gosto de me evadir!

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  2. SE eu pudesse também ia:) e concordo com o que dizes, porque a partir das 23h os comboios se andarem com meia de pessoas é muito (excepto quando há bola e concertos)

    Há uns anos muitos dos autocarros daqui da zona foram suprimidos a partir das 21h, porque de facto não se justificava! Outros mantêem-se até muito mais tarde principalmente vindos das zonas de grandes superficies e ou foruns e ou praias!

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  3. Que drama!
    Imaginem aldeias no interior do País, que têm apenas um autocarro de manhã cedo e regresso á noite e só em tempo de aulas.
    Ainda não ouvi nenhuma voz gritar esta Injustiça; como estes serviços estão muito mais, nomeadamente na saúde.

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