Apesar
de sobejarem motivos de indignação perante o actual estado de
coisas, não vou fazer greve amanhã. Não estou disponível para
contribuir com um dia de ordenado para o governo - o que, admito,
levará o ministro das finanças a desejar uma significativa adesão
da parte da função pública – nem sou, como já escrevi por aqui
variadíssimas vezes, especial apreciador desta forma de luta.
Prefiro o boicote, a sabotagem e outras maneiras mais astutas –
mais sacanas, vá - de contrariar as intenções do governo e que não
envolvam a diminuição do meu pecúlio em favor do Estado, mas
exactamente o contrário.
Embora
isso não me cause especial incomodo, desconfio que entre os
grevistas de amanhã estarão muitos com responsabilidade – que
nisto, como noutras coisas, não há inocentes – por termos chegado
até aqui. Nomeadamente aqueles sindicalistas que, há dezenas de
anos, contribuíram para abarrotar os quadros da função pública. É
verdade que hoje faz-se o mesmo sem ouvir os sindicatos, mas isso não
branqueia a verdadeira mancha vermelha que, por exemplo, alastrou por
quase todas as Câmaras do Alentejo.
Não poderia estar mais de acordo, mas infelizmente por aqui serão muitos que ficarão sem o dia porque não há quase alternativas em termos de transportes públicos.
ResponderEliminarCá para mim, bastava que fossem os sindicalistas a fazer greve: são mais que as mães...
ResponderEliminarDe qualquer modo foi o dia em que a indignação saíu à rua!
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