Compreendo que
a prometida revolução no sector dos transportes das áreas metropolitanas de
Lisboa e Porto suscite a indignação de muita gente. Nomeadamente dos que serão
afectados pelas suas consequências. Ainda assim não é coisa que me inquiete por
aí além ou que motive em mim o mais leve sentimento de solidariedade. Afinal
são os residentes destas regiões quem, de um modo genérico, menos se apoquentam com as
decisões governativas de encerrar serviços - por vezes tão ou mais essenciais
do que os transportes - nas regiões do interior. Chegou, digo eu que nisto de
ser solidário sou um apreciador da reciprocidade, a altura de também os
moradores das duas grandes cidades e seus arrabaldes provarem, ainda que apenas
ligeiramente, da receita que há muito é aplicada ao resto do país em nome de algo
a que chamam rentabilidade, ou assim.
Não ter transporte
público depois das vinte e três horas não constituirá nenhum drama. É tudo uma
questão de mudança. De horário, de rotinas ou, até, de residência. O mercado –
onde é que eu já ouvi isto – acabará por se ajustar. E, se não estiverem
contentes, façam-se à vida e venham morar para o Alentejo, para a Beira ou para
Trás-os-Montes. Curioso. Com as devidas adaptações esta sugestão também me soaria
vagamente familiar…
Ora bem... até porque a qualidade de vida está no interior para onde eu tanto gosto de me evadir!
ResponderEliminarSE eu pudesse também ia:) e concordo com o que dizes, porque a partir das 23h os comboios se andarem com meia de pessoas é muito (excepto quando há bola e concertos)
ResponderEliminarHá uns anos muitos dos autocarros daqui da zona foram suprimidos a partir das 21h, porque de facto não se justificava! Outros mantêem-se até muito mais tarde principalmente vindos das zonas de grandes superficies e ou foruns e ou praias!
Que drama!
ResponderEliminarImaginem aldeias no interior do País, que têm apenas um autocarro de manhã cedo e regresso á noite e só em tempo de aulas.
Ainda não ouvi nenhuma voz gritar esta Injustiça; como estes serviços estão muito mais, nomeadamente na saúde.