segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Jardim iluminado

As luzinhas da Madeira, aquelas que vão alumiar a vaidade de Alberto João, estarão prestes a acender. Diz que é próprio do natal e que sem elas a época não terá tanta piada. Estará, portanto, desculpado aos olhos de muitos que acharão esta despesa das menos más quando comparadas com outras que o mesmo personagem tem protagonizado. Não partilho, obviamente, desta opinião. Os enfeites natalícios de ruas, praças e largos – pelo menos com a exuberância e ostentação que se conhecem – são relativamente recentes, servindo essencialmente para alimentar os egos – quando não outras coisas – dos seus mentores. Á custa, como é fácil de calcular, dos bolsos de todos. E, por mais que me tentem convencer do contrário, em pouco contribuem para a dinamização seja do que for. A menos, talvez, da carteira do gajo que vende as lâmpadas.
No actual contexto uma iniciativa deste género mais parece uma provocação. Queimar largos milhões de euros e não pagar as dividas, não direi que seja inédito. É, no entanto, uma irresponsabilidade própria de um nababo que há muito tempo devia ter sido afastado da proximidade de qualquer local onde exista dinheiro público. Também por isto sinto-me cada vez mais satisfeito por não ter colaborado nem com um cêntimo para a campanha de angariação de donativos organizada na sequência do temporal na Madeira. Verifico agora que o meu contributo não era necessário. Afinal dinheiro é coisa que não falta por lá.

3 comentários:

  1. Enquanto o "contnente" permitir o regabofe dinheiro é "cousa que num falta na Madaira".

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  2. Eles até são do mesmo partido, o que querias?

    Concordo contigo e tive imensa pena quem se viu envolvido naquela catástrofe e para onde foi tanto dinheiro se ainda há tanto que recuperar? Pois Funchal para turista ver...o resto o Sr. Alberto Garden está-se nas tintas!

    Em termos de iluminação, por aqui foi um corte grande o que eu acho bem, por mim deveria ser tudo!

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  3. Isto das luzes é uma autêntica moda aberrante que faria corar de ira o tal J. Cristo. Com esse dinheirinho alimentavam-se milhares de pessoas necessitadas e ajudavam-se outros tantos milhares em cuidados de saúde e higiéne, por exemplo.
    O espírito natalício (se existe) nada tem a ver com luzes, mas com solidariedade.

    Saudações.

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