Segundo
relatos que refuto de absolutamente credíveis, um dia destes um conhecido
meliante teria demonstrado toda a sua mágoa e desencanto com o actual sistema
de segurança social. Tê-lo-á feito em plena via pública, em voz perfeitamente audível,
junto de outros não menos conhecidos meliantes. Ou jovens, que parece ser agora
a palavra mais adequada quando nos queremos referir a vadios e escumalha
diversa.
Garantia a
criatura que a vida estava difícil. A assistente social, segundo o seu relato,
apenas teria entrado com cem euros. Ora isso soava-lhe quase a ofensa. O “rendimento”
há muito que tinha sido gasto e para chegar novo cheque de oitocentos “eróis”
ainda faltava uma eternidade. Menos mal que da renda de casa, da conta da luz e
do avio da despensa já lhe tinham tratado. Mas, porra, isso não justificava
tamanha avareza e, afinal, o que é que se faz com cem euros?! Nada, pois claro.
Adiantava, tão convicto como irritado, que no dia seguinte lá estaria de novo. E
no outro se calhar também.
Compreendo o
desencanto desta malta. É, de facto, lamentável que a Segurança Social não lhes
possa dar tudo o que eles querem. Até porque não querem muito. A exigência
deles não vai além de pretenderem ter alguém que os governe sem terem de
desenvolver qualquer tipo de esforço. Assim do tipo cama, mesa, roupa lavada e
um dinheirito para droga e cervejolas, durante a vida inteira. Parece-me justo.
E razoável, também. Até porque, dirão alguns, o custo disso é capaz de não
chegar a um BPN. E quem paga um BPN, paga dois. Ou mais.
Aqui foi um corte radical e à máquina zero e os poucos recebem, como há dias ouvi que trabalhavam no duro e que não dava para ir buscar a "encomenda" . Que tristeza e pobres famílias!
ResponderEliminarÉ BNP ou BPN...é que o BNP é o Parabis ou qualquer coisa do género...tu não me baralhes. Estou certa ou errada?
O calor deve estar a afectar-me a molécula. Claro que é BPN. Obrigado!
ResponderEliminarEm cheio, mesmo no alvo. Subscrevo e assino por baixo.
ResponderEliminar