Numa
loja de electrodomésticos de uma conhecida cadeia de hiper-mercados, enquanto
aguardava a minha vez de pagar, decorria na caixa ao lado um dos mais
interessantes negócios a que já tive a oportunidade de assistir. Um casal tinha
acabado de adquirir uma arca congeladora e, como medida de protecção adicional
à garantia, o vendedor propunha-lhe a subscrição de um seguro que, durante
cinco anos, cobriria toda a espécie de azares que pudessem acontecer ao aparelho.
Pela módica quantia de três euros e sessenta por mês. Uma insignificância quando
comparada com a tranquilidade proporcionada, acrescentava. Qualquer coisa como
duzentos e dezasseis euros no final dos sessenta meses, se nos dermos ao trabalho
de fazer a conta.
Ao contrário do que seria de esperar, o casal – aparentemente de condição humilde, mas com idade
para ter juízo - não demorou muito tempo a concluir pela aceitação da proposta
do vendedor e, assim de repente, levar um electrodoméstico para casa e assumir
o compromisso de pagar outro. Perante um cenário como o descrito anteriormente não
é difícil concluir que os portugueses se deixam convencer com facilidade,
manifestam uma confrangedora iliteracia financeira e uma preocupante
inabilidade para fazer contas. Assim não vamos lá. Contudo ajuda a explicar
porque chegámos até aqui.
Kruzes, selo para ti no meu blo
ResponderEliminarhttp://arrifanasea.blogspot.com/2011/07/marcianices-award-2011.html
Agora percebo bem a complacência com a Troika!
ResponderEliminartão real, mas tão real que por vezes dá vontade de enfiar um bofetão e logo com seguros. Pago o do carro e porque sou obrigada.
ResponderEliminarDigo o mesmo que Mfc...