Em
tese será muito defensável a ideia de que uma redução
significativa da Taxa Social Única, paga pelas empresas sobre a
remuneração dos trabalhadores ao seu serviço, contribuirá para
aumentar a competitividade da economia portuguesa. Supõem os
defensores desta ideia que a diminuição de encargos com o factor
trabalho terá reflexos nos custos finais dos produtos ou serviços
comercializados o que, por consequência, se traduzirá por preços
mais baixos. O que significa, ainda para quem defende esta tese, que
as empresas exportadoras ficarão em melhores condições de
concorrer no mercado externo. Internamente os benefícios também se
farão sentir porque, garantem os apoiantes da ideia, será possível
produzir a preços mais competitivos para o mercado interno e, assim,
diminuir as importações.
Só
vantagens, portanto. Estamos em presença de um plano quase perfeito.
Engendrado, talvez, por um génio da táctica. Assim a modos que uma
espécie de Mourinho da economia. Confesso que até o meu aguçado
espírito critico se depara com inesperadas dificuldades em
encontrar pontos fracos, ou criticáveis, em ideia tão brilhante.
Digamos que apenas um pequeno pormenor me inquieta. Muito
ligeiramente, é certo, mas ainda assim não me deixa inteiramente
descansado. Que é o facto de em Portugal os patrões – o que
raramente é sinónimo de empresário – serem, na sua imensa
maioria, portugueses. Trata-se de uma classe constituída, em grande
parte, por aldrabões, broncos e semi-analfabetos, sempre prontos a
enganar tudo e todos. Seja o Estado, os trabalhadores ou os clientes.
Daí que não me espantaria se, a verificar-se a prometida redução
da TSU, ela fosse encaminhada, ao contrário do pretendido, para o
aumento da importação. De Ferraris, uísque, brasileiras e tudo o
mais que ocorra à fértil imaginação do patronato nacional.
Mais os que vao esquiar para os sitios do costume sem pagarem o SN aos trabalhadores e ainda os outros que têm dinheiro em offshores e demais locais qu'eles lá sabem para fugirem ao fisco, mais os outros que declaram o ordenado minimo e cujos bens exteriores de riqueza nao sao verificados pelas finanças.
ResponderEliminarQuem se lixa é sempre quem tem os rendimentos declarados e nao pode tugir nem mugir com o fisco.
Kruzes, ahahahahahahahaahah... adorei este post!!!
ResponderEliminarÉ que cá para mim também tenho na ideia de que se eles já têm dividas de meses e meses dos descontos dos funcionários, não vai ser com a redução da TSU que subitamente se vão tornar bons pagadores!
E eu também sempre disse que os patrões nacionais não são nada sinónimo de empresários!
infelizmente o kruzes tem razão.
ResponderEliminare com este corte na TSU no futuro as reformas continuarão a ser de miséria como são agora as de quem fez poucos descontos
Parece que desta vez o Kruzes disse uma verdade!...
ResponderEliminarSerá que vai continuar?