sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Questões (que não se põem) da politica local

Tenho, ao longo dos cinco anos e meio de existência deste blogue, mantido afastado do Kruzes Kanhoto os temas e as polémicas relacionadas com a politica local. Assim continuará a acontecer. Isso não significa que não tenha por ela algum interesse, ou que me demita da condição de cidadão e eleitor relativamente aos problemas da minha terra. Há mesmo questões acerca das quais, se um dia se colocarem, não hesitarei em expressar a minha opinião. Por mais irrelevante ou pouco fundamentada que se revele. 
Vem isto a propósito de algumas opiniões expressas por leitores e/ou paineleiros do jornal “E” desta semana acerca dos habitantes do Bairro das Quintinhas. Nomeadamente quando alguém sugere a construção de bairros sociais pela Câmara Municipal, destinados a alojar essas pessoas. Vá lá que a autora da proposta – que termina perguntando se achamos boa ideia - não se esqueceu do pormenor de mencionar o pagamento de uma renda. 
A resposta é claramente não. Não acho boa ideia. Pelo contrário. Muitissimo bem tem estado todos os executivos camarários que, sem excepção, não embarcaram nessa aventura. Iguais experiências tem sido realizadas noutras localidades com as consequências sobejamente conhecidas e das quais, felizmente, apenas vamos tendo conhecimento pela comunicação social. De resto – e que ninguém tenha dúvidas quanto a isso – Presidente que “dê casinhas” nunca mais ganha eleições em Estremoz. 
Dispondo as agências imobiliárias de uma vasta carteira de imóveis, para venda e arrendamento, não se afigura que haja necessidade de investimento público na área habitacional. Principalmente se tivermos em linha de conta que alguns dos cidadãos em causa dispõem de um parque automóvel muito acima daquilo que é comum entre o cidadão médio, ou que praticam um nível de consumo muito pouco de acordo com as possibilidades de quem possui fracos recursos. Sinais mais do que evidentes que viver ali, naquelas condições, constituirá uma respeitável opção de vida. Nem todos, obviamente, terão o mesmo poder aquisitivo. Mas esses poderão sempre recorrer à segurança social que, como é sabido, também comparticipa nos apoios ao arrendamento. Quanto aos restantes, a solução passará pela construção do quartel da GNR e a conclusão da variante que liga a zona industrial à rotunda do Modelo.

4 comentários:

  1. Manuel Costa8:37 da tarde

    Onde é que eu assino?

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  2. Não conhecendo a realidade de Estremoz, não retiro uma virgula do que dizes porque conheço a realidade de outros bairos daqui e doutros locais. Os dos dois daqui bem perto foram alojadas todas as famílias inscritas, bem como mais algumas de outras freguesias e começaram de imediato a pagar "algo?" após a "reabilitação"(Não sei se será este termo) de imóveis que ficaram (por abandono dos construtores?) apenas em esqueleto. Pagam renda e há anos que corre tudo bem, embora por vezes surjam zaragatas "entre vizinhos" mas isso há em todo o lado. Já lá vão dez anos e mais não voltaram a fazer porque mal começam a construir uma "bararaca" é logo deitada por terra, para além da multa pesada!

    Mas o que presenciei foi que quando isto foi implementado, as barracas nasciam da noite para o dia e os bairros cada vez maiores...carrões, parabólicas, etc. era de bradar aos ceús...ou seja..."oportunismo" de muitos conforme dizes, mas a autarquia (que já teve várias cores políticas) não foi em conversas da treta, actuou, actua e continuará a actuar e só assim é que haverá fundos para arranjo das ruas, etc, etc, o que tem sido feito.

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  3. Tão lúcido! para ver e reflectir

    http://videos.sapo.pt/JoFz521LdtWURRpTF1YY

    Abraço

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  4. 100 % CORRECTO

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