A novela em torno do orçamento de Estado para o ano que vem tem-se revelado uma palhaçada. Desconfio, eu que não sou de acusar ninguém, que o autor do enredo será o palhaço-mor, o Zézito, tamanha tem sido a trapalhada armada em redor do documento que, ironia do destino, define as orientações da politica a seguir no próximo ano. A começar pela estranha e fantástica exigência que o seu autor – o governo – faz ao principal partido da oposição – o PSD - para que este, ainda antes de ter a proposta elaborada, diga se a aprova ou rejeita.
Também a forma escolhida para divulgar as medidas previstas no Orçamento é bastante sui generis. Seria normal que fossem os deputados na Assembleia da República – que, parecendo que não, é o orgão com legítimos poderes para se pronunciar sobre esta matéria – os primeiros a ter conhecimento do seu conteúdo, após apresentação do mesmo ao parlamento. Mas não. Foi-se sabendo aos poucos, pela comunicação social ou por uns bitaites que um ou outro actor secundário ia deixando escapar.
A história acabará, com toda a probabilidade, na aprovação da proposta do governo. Mais tesourada, menos remendo. Infelizmente para os portugueses. Isto porque, ao contrário da opinião dominante de gente tida como responsável e inteligente, não vejo que viesse grande mal ao mundo se o orçamento fosse chumbado. Pelo contrário. A acreditar que se concretizariam todas as previsões catastróficas que daí – dizem – resultariam, isso seria o que de melhor nos podia acontecer. Talvez assim muitos acreditassem finalmente que não podemos continuar a viver este faz-de-conta que somos ricos e se convencessem que não temos onde cair mortos. A começar pelo palhaço Primeiro.
Hoje nem consegui ouvir nada do debate na AR, e estive a ler apenas os produtos alimentares que sobem e descem, o aumento dos impostos e a redução de Institutos etc. e gestores públicos.
ResponderEliminar"O povo pá?" está dissolvido no pacote como serventes ou serventia a esta cambada de incompetentes e mentirosos. Sou gestora da minha casa...e continuo sem saber onde está e o que originou o BURACÃO nestes últimos 6 anos de governação do Primeiro. Alguém deve estar a rir mas a nadar em dinheiro...