Um deputado do Partido Socialista – de que outro podia ser?! - terá solicitado a abertura da cantina do parlamento à noite para permitir que os representantes da nação lá possam jantar. Queixa-se o senhor que o vencimento – três mil e setecentos euros, recorde-se – não dá para tudo e que a classe que integra tem sido a principal vitima das medidas de austeridade promovidas pelo governo. Provavelmente sonha com a possibilidade de engolir uma sopinha e degustar um croquete - que à noite convém não encher o bandulho - a preços mais em conta, enquanto se debruça sobre os importantes assuntos da nação. O que só lhe fica bem, pois o exemplo tem de vir de cima e a prestação de mais umas quantas horas de trabalho aliadas à poupança de uns quantos euros na refeição pode contribuir para incentivar outros, deputados ou não, a fazer o mesmo.
Pena que o homem esteja apenas a ser irónico. Quase tão irónico como Almeida Santos quando, há poucos anos, garantia que sempre que um deputado estendia a mão para chamar um táxi alguém lhe dava uma moeda. Isto para defender a necessidade de aumentar significativamente o vencimento dos políticos. Felizmente desde que se começou a falar de crise este tipo de discurso, que nos pretendia fazer crer na necessidade de termos uma classe politica bem remunerada de forma a atrair os melhores para dirigir os destinos do país, saiu de cena. Os seus protagonistas eram os mesmos, curiosamente ou talvez não, que agora nos pretendem convencer que é inevitável esta politica miserável que nos conduzirá – oxalá esteja errado - à tragédia social e económica. É por estas, e também por outras, que nutro um profundo desprezo por políticos, comentadores e outros analistas da treta que não se cansam de estar errados e que ao contrário de qualquer outra besta tropeçam sempre na mesma pedra.
E aquelas pessoas que recebem 400 euros de reforma e passam a pagar IRS, por sua culpa e do seu partido?
ResponderEliminarEste gajo, já sabia que não regulava bem, mas assim tanto, é um abuso!...
Compadre Alentejano
Subscrevo totalmente e o último parágrafo é o retrato de muitos do povo que dizem e agem como sentem e não dão...uma no cravo e outra na ferradura, porque basta saberem que vem lá o político X para irem como cordeirinhos e ficaram bem na imagem...sobretudo televisiva!
ResponderEliminarHoje é dia da República e nem acendo a televisão para ver o desfilar de tanta hipócrisia, veneno, e sobretudo arrogância de "anafados".
Tem um bom dia!