domingo, 1 de julho de 2012

Não há sardinhas grátis


Num momento difícil como o que passamos é normal que todos aqueles que tenham disponibilidade para isso queiram ajudar os que sentem mais dificuldades. Na primeira linha dos que querem prestar ajuda estão, como lhes compete, os autarcas. Embora, também, porque daqui por um ano e picos teremos eleições. Mas isso são as más-línguas a sugerir. Por mim acho bem que se auxilie quem precisa. E, deste âmbito, não excluo os carenciados de votos.
Deve ter sido com a nobre intenção de ajudar os pobres fregueses, que um conjunto de freguesias de um determinado concelho entendeu por bem promover uma festarola em que a bela da sardinha assada era à borla e o panito para a acompanhar completamente grátis. Música a convidar a um pezinho de dança também não faltou. Tudo à pala, claro, para quem se quis associar ao evento.
Não há, como se sabe, almoços grátis. Nem, sequer, petiscos. E a menos que um padeiro benemérito ou algum pescador altruísta tenham oferecido os ingredientes da ementa, alguém os teve - ou terá um dia mais ou menos distante - de pagar. São uns heróis estes regedores, a quem o elevado preço da sardinha não fez recuar na intenção de animar a malta nem as dificuldades, resultantes do inqualificável ataque do governo ao poder local, impedem de organizar festarolas eleitoralmente socialmente relevantes.

1 comentário:

  1. Subscrevo inteiramente daí nunca ter ido a nenhuma dessas festarolas...uma sardinha e uma fatia de pão 3 euros? Tá louco, mas como ninguém dá nada a ninguém mais tarde teremos até os que não comeram irão pagar. é o país que temos

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