Mesmo não sendo nenhum
fanático da ecologia acredito que a reciclagem tem pés para andar. Embora a
generalidade dos cidadãos desconheçam – até porque ninguém lhes explica – de
cada vez que optamos por depositar no contentor de resíduos comuns um qualquer
objecto que pode ser reciclado, estamos a pagar por isso. Todo o lixo não
reciclável que produzimos é depositado em aterro e, por mais estranho que possa
parecer, os municípios ou as empresas que fazem a recolha têm de pagar, quase a
preço de ouro, tudo aquilo que recolhem. Preço esse que, em parte, suportamos directamente
na factura da água e, o resto, através dos impostos que financiam as autarquias.
Portanto, quando todos
reclamam de dinheiro mal gasto ou apenas da ausência de dinheiro para gastar,
era capaz de não ser má ideia começar a reformular certos hábitos. Não vou
sugerir que passemos a enterrar o lixo no quintal. Nem, ainda menos, a jogá-lo
para a beira da estrada. Basta depositá-lo no sítio certo. Quando assim não
procedemos estamos a engordar a factura que a autarquia - qualquer uma das
trezentas e oito - terá de pagar para se livrar dos “restos”. Que é como quem
diz, todos nós teremos de pagar. E se para alguns, trezentos ou quatrocentos
mil euros em lixo – isto em concelhos relativamente pequenos – será coisa
pouca, já a mim se afigura como uma fortuna. Ou, de outro ponto de vista, insustentável.
Subscrevo inteiramente...mas deixa-me que te diga que já por diversas vezes vi (e claro que denunciei depois de ter aprontado a manta in loco) que ao fazerem a recolha, tudo que era e estava nos contentores do papel, vidro e plástico foram levados pelo mesmo camião do lixo comum. Como é que é? Em que ficamos? e depois é o povo que não faz a reciclagem?
ResponderEliminarPois...infelizmente acontece com frequência. Consta até que haverá em certas instituições apesar da existência de recipientes diferenciados para cada tipo de lixo - e por norma as pessoas separarem - as senhoras da limpeza juntarão tudo e despejarão no contentor mais próximo.
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