Parece que um clube de
futebol que esta época se preparava para botar figura na segunda divisão B do
futebol indígena, foi forçado a desistir das competições profissionais e a
mandar os seus jogadores embora, por impossibilidade de cumprir o contrato que
com eles tinha assinado. A intenção
seria fazer um campeonato tranquilo, longe dos lugares de descida, e para isso
contaria com um orçamento de duzentos mil euros financiado em noventa por cento
(!!!) pela autarquia local lá do sitio. Cento e oitenta mil euros, portanto, saídos dos cofres municipais directamente para a agremiação do pontapé na bola e daí para a conta bancária dos seus funcionários. À semelhança do que vinha acontecendo ao longo dos últimos anos.
O que terá tramado a
marosca – chamemos-lhe, simpaticamente, assim – terá sido uma tal “lei dos
compromissos”, odiada visceralmente pelos autarcas e outros gastadores
habituados a esturrar dinheiro com se não houvesse amanhã, que a Câmara lá da terra
resolveu acatar. Provavelmente, digo eu, com fundado receio das consequências
criminais e outras, que em breve se irão começar a fazer sentir sobre os
incumpridores.
Financiamentos desta
grandeza aos clubes de futebol será, acredito, coisa que não faltará de norte a
sul. Presumo, por isso, que serão os
milhares de jogadores de futebol-funcionários públicos e
treinadores-funcionários públicos que os verdadeiros génios da táctica, os
mesmos que consideram inadmissível não haver despedimentos na função pública,
pretendem pôr no olho da rua.
Uma boa ideia seria aplicar este esquema a equipas de futebol de reformados...
ResponderEliminarSaudações.
Futebol, andebol, teatros e demais actividades para-municipalizadas que infestam o país de Norte a Sul. Será que é desta que o parasitismo leva uma talhada?
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