sábado, 14 de julho de 2012

Funcionários públicos há muitos. Alguns até jogam à bola.


Parece que um clube de futebol que esta época se preparava para botar figura na segunda divisão B do futebol indígena, foi forçado a desistir das competições profissionais e a mandar os seus jogadores embora, por impossibilidade de cumprir o contrato que com eles tinha assinado.  A intenção seria fazer um campeonato tranquilo, longe dos lugares de descida, e para isso contaria com um orçamento de duzentos mil euros financiado em noventa por cento (!!!) pela autarquia local lá do sitio. Cento e oitenta mil euros, portanto, saídos dos cofres municipais directamente para a agremiação do pontapé na bola e daí para a conta bancária dos seus funcionários. À semelhança do que vinha acontecendo ao longo dos últimos anos.
O que terá tramado a marosca – chamemos-lhe, simpaticamente, assim – terá sido uma tal “lei dos compromissos”, odiada visceralmente pelos autarcas e outros gastadores habituados a esturrar dinheiro com se não houvesse amanhã, que a Câmara lá da terra resolveu acatar. Provavelmente, digo eu, com fundado receio das consequências criminais e outras, que em breve se irão começar a fazer sentir sobre os incumpridores.
Financiamentos desta grandeza aos clubes de futebol será, acredito, coisa que não faltará de norte a sul.  Presumo, por isso, que serão os milhares de jogadores de futebol-funcionários públicos e treinadores-funcionários públicos que os verdadeiros génios da táctica, os mesmos que consideram inadmissível não haver despedimentos na função pública, pretendem pôr no olho da rua.

2 comentários:

  1. Uma boa ideia seria aplicar este esquema a equipas de futebol de reformados...

    Saudações.

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  2. Futebol, andebol, teatros e demais actividades para-municipalizadas que infestam o país de Norte a Sul. Será que é desta que o parasitismo leva uma talhada?

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