terça-feira, 10 de julho de 2012

O que faz falta é animar a malta (pelo menos alguma, porque a que está a "arder" não deve achar piada nenhuma)


O país está em festa. De norte a sul – ou de sul a norte para quem vai em sentido contrário – abundam os cartazes a anunciar artistas consagrados, populares e de reconhecidos méritos. Pelo menos na opinião de quem os promove e procura cativar a putativa audiência. Quase sempre com o alto patrocínio da autarquia lá do sítio. Às vezes a mesma que se lamenta de, por força dos cortes do governo, não ter dinheiro para as despesas com os transportes escolares e que ameaça deixar as criancinhas a pé.
Plásticos pendurados em árvores, postes e tudo o que sirva para pendurar, a anunciar todo o tipo de festas e festivais também é coisa que não falta. Principalmente, por esta altura do ano, os dedicados à juventude. Mesmo em terras onde quase não existem jovens. Sempre com os artistas preferidos da malta nova, como está bem de ver, pagos a peso de ouro. Invariavelmente, neste ramo, a organização está a cargo do município lá da terrinha. Até daquelas onde o respectivo presidente garante estar proibido, por uma lei manhosa qualquer, de comprar um prego e que, portanto, não pode assegurar o pagamento das refeições escolares das criancinhas culpando os malandros do governo caso os petizes se queixem de larica.
Acho muitíssimo bem que o país festeje. Seja lá o que for que haja para festejar. Tristezas não pagam dividas e andar macambúzio também não ajuda a pagar calotes. Agora esturrar o dinheiro que devia servir para pagar dívidas e calotes, em festas, festarolas e festivais, é que já não parece atitude digna de festejo.

3 comentários:

  1. Haja esperança nos desígnios da cadeira
    que ofereceram ao Cavaco

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  2. Agora esturrar o dinheiro que devia servir para pagar dívidas e calotes, em festas, festarolas e festivais, é que já não parece atitude digna de festejo.
    ...........
    daí nunca ter ido em festarolas...mas fazem-nas encapotando sempre o que habitualmente gamam sem qualquer impunidade!!!

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  3. Também me faz confusão tanta festa, festividade e festejo quando as preocupações deviam ser outras. E, da mesma forma, a aplicação dos fundos.

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